Matheus Brant lança no Sesiminas disco de pagode 'Cola comigo'

Segundo trabalho do criador do bloco Me beija que eu sou pagodeiro integra trilogia dedicada ao gênero

por Mariana Peixoto 27/06/2019 09:59
Jorge Bispo/Divulgação
(foto: Jorge Bispo/Divulgação)
Lançada em 2002 no álbum Valeu esperar, Supera ganhou na versão de Belo a popularidade que não teve com seu grupo original, o carioca Alô Som. Uma introdução orquestral marca o registro que o ex-vocalista do Soweto fez para a canção, recuperada agora em uma gravação intimista, marcada por percussão e piano, do mineiro Matheus Brant.
 
Cantor, compositor, criador de bloco de carnaval (na ativa desde 2014, o Me beija que eu sou pagodeiro arrebanhou 30 mil foliões neste ano), Brant, 34 anos, lança nesta quinta (27), no Teatro Sesiminas, sua nova incursão no pagode. Cola comigo, segundo trabalho da trilogia iniciada em 2016 com Assume que gosta, vem reafirmar sua intenção de renovar o gênero.
 
Sofisticar, mas sem perder o foco no público. Supera é a única regravação do álbum, que reúne oito faixas autorais de Brant com diferentes parceiros (Vinicius Ribeiro o mais constante deles). O disco traz ainda Majestade, parceria de César Lacerda (diretor musical do disco) e Rômulo Fróes. 
 
Nesta noite, Cola comigo será visto no palco na íntegra. Gravado em São Paulo com músicos daquela cidade, o trabalho, em show, terá uma banda com mineiros: Matheus Rocha (baixo e cavaco), Marcelo Ricardo (bateria), Robson Batata (percussão), Gabriel Matos (teclados), Danusa Rosa (flauta) e Fernanda Vasconcelos (violão de sete cordas) – as duas instrumentistas integram o grupo Pagode das Minas.
 
“O bloco foi o primeiro da série”, comenta Brant que com o Me beija que eu sou pagodeiro pôde “testar na prática até que ponto o pagode poderia alcançar as pessoas”. “Identifiquei (na resposta do público) uma memória afetiva, uma abertura do público para um gênero popular tido como pejorativo na época”, comenta ele, referindo-se ao pagode que explodiu na década de 1990.
 
Após Assume que gosta, Brant intensificou a produção de canções. “Na verdade queria que o segundo disco fosse dedicado à cumbia e ao reggaeton, mas como as músicas no gênero pagode tinham mais volume, o César Lacerda identificou uma identidade”, comenta ele, que sofreu influências por uma linha mais melodiosa.
 
Ainda que o amor seja o grande tema do pagode, na interpretação de Brant ele ganha diferentes nuances. “As letras são mais literárias, com metáforas e rimas um pouco diferentes”, comenta ele, que canta o romantismo em A minha maneira de te amar, Preta e Chamego gostoso. Ao atualizar o estilo, Brant busca também estender seu universo: fala de feminismo em Juntos e de igualdade de gênero em Tudo no menu. 
 
MATHEUS BRANT
Show de lançamento do álbum Cola comigo. Nesta quinta (27), às 21h, no Teatro Sesiminas, Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia).
 
Veja o clipe de 'Cola comigo'
 

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