Téo Azevedo faz apresentação em Belo Horizonte

Músico mineiro apresenta discos e um livro em show no Teatro Bradesco

por Ailton Magioli 24/07/2015 10:39

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Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 7/12/12
(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 7/12/12)
Cultura caipira não dá voto e o sucesso repentino de artistas e movimentos ligados ao universo sertanejo, como ocorre agora com o chamado sertanejo universitário, passa feito um carnaval, atesta Teófilo de Azevedo Filho, o Téo Azevedo, conhecido como Rei da Viola Caipira.


Mineiro de Alto Belo, distrito de Bocaiuva, na Região Norte do estado, ele está de volta à capital para fazer show e lançar os CDs Cantos de folia de reis, Canto regional e Guimarães Rosa – Mineirada roseana, além do livro A folia de reis no Norte de Minas, vales do Jequitinhonha e Mucuri (Letras e Letras). A Orquestra Minas e Viola, de BH, participará do show.

Único artista a conseguir autorização junto à família para musicar textos do consagrado escritor Guimarães Rosa, Téo diz que modismos nunca prejudicaram o seu trabalho, “pois eles são como fogo de palha, passageiros”. “Mais complicado é conseguir apoio das autoridades para a cultura caipira, que não dá voto”, reforça, salientando que a permissão para musicar poemas do autor de Grande sertão: veredas provavelmente se deve ao fato de ele seguir o caminho da simplicidade.

Amanhã à noite, Teo abre o show, no Teatro Bradesco, com sua famosa viola, que já passeou pelo extenso repertório de cerca de 2,5 mil composições feitas em 50 anos de carreira. Algumas foram gravadas por gente famosa como Tonico e Tinoco, Zé Ramalho, Sérgio Reis, Luiz Gonzaga, Genival Lacerda, Jair Rodrigues, Inezita Barroso e Zeca Pagodinho.

O cantor, compositor e violeiro afirma que, por questão de ética, jamais falou mal de colega ou movimento musical. “Os modismos nunca me prejudicaram”, justifica Teo Azevedo, que promete tocar com a Orquestra Minas e Viola no final da apresentação. “Será o nosso primeiro encontro, mas tenho boas referências”, avisa, lembrando que grupos do gênero são comuns no Rio Grande do Sul, mais chegado à gaita (acordeom), e no Nordeste, onde a viola nordestina predominava.

Vencedor do Grammy Latino 2014 por Salve Gonzagão – 100 anos, na categoria disco de raiz, Téo reuniu um time de convidados para cantar clássicos do Rei do Baião – de Jackson Antunes ao sanfoneiro Dominguinhos, em uma de suas últimas gravações.


De raiz

Com 10 integrantes, a Orquestra Minas e Viola (foto) se especializou em clássicos de moda de raiz, além de trazer à tona sucessos como Chico Mineiro e Menino da porteira. O repertório autoral também se sobressai nos concertos do grupo, cujo mais novo integrante é Raimundo Mendes, o Patriota, natural de Brasília de Minas. Criada em 1998, a orquestra gravou três discos e um DVD. “O trabalho de Téo Azevedo é espetacular, com destaque para a música caipira, além do regional do Norte e Nordeste mineiros”, elogia Patriota.

 

TÉO AZEVEDO E ORQUESTRA MINAS E VIOLA
Amanhã, às 20h30. Teatro Bradesco, Rua da Bahia, 2.244, Lourdes. Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia). Informações: (31) 3516-1360.

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