Sai Wagner Tiso, entra Túlio Mourão. Depois de substituir o violonista Jaime Álem pelo pianista Wagner Tiso, antes da estreia de 'Carta de amor', que está lançando agora nos formatos CD (dois) e DVD (um), gravados ao vivo, Maria Bethânia troca o diretor musical e maestro do show com o qual deverá encerrar a turnê em fevereiro.
Verdade que o espetáculo, que Belo Horizonte assistiu em dezembro de 2012, no Palácio das Artes, não ganhou nada de novo na gravação em CD/DVD, ainda com o maestro Tiso. Trata-se do registro ao vivo, na íntegra, de uma apresentação em abril na Vivo Rio, com direito, inclusive, a falha técnica da própria intérprete, que não sofreu corte no DVD.
Ao entrar em cena, no segundo ato, Bethânia se esquece de botar o fone de ouvido. “Posso parar?”, interroga-se, atribuindo a falha ao esquecimento. “Desculpe, maestro. Desculpe m... Finge que está começando certo...”, acrescenta ao voltar a cantar 'Festa', de Gonzaguinha, já refeita do susto.
Com roteiro da cantora e do recém-falecido diretor Fauzi Arap, 'Carta de amor' traz Maria Bethânia cantando o amor em suas mais diferentes formas: desde o maduro ao alegre, passando pelo triste, passageiro, eterno, traído e inconstante, segundo diz a própria cantora.
De 'Canções e momentos', de Milton Nascimento e Fernando Brant, com a qual abre e encerra o show, a clássicos como 'Calúnia' (Marino Porto e Paulo Soledade), 'Negue' (Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos), 'Dora' (Dorival Caymmi), 'Lua branca' (Chiquinha Gonzaga) e 'Guacyra' (Heckel Tavares e Juracy Camargo), ela esbanja carisma e emoção. Por mais que seja imitada por discípulas, Bethânia continua sendo a matriz.
Nos CDs ('Ato 1' e 'Ato 2') e DVD ela passa ainda por sucessos do irmão Caetano Veloso ('Não enche',' Fera ferida', 'Reconvexo' e 'Escândalo') e do já citado Gonzaguinha ('Não dá mais pra segurar'/'Explode coração' e 'O que é, o que é', ambas no bis). Ineditas na voz dela, raríssimas como A casa é sua, de Arnaldo Antunes e Ortinho, e 'Estado de poesia', de Chico César, além da própria música-título, que ela assina com Paulo César Pinheiro, em recado direto aos que a expuseram publicamente por causa do projeto de poesia de uma produtora, candidato a patrocínio via Lei Rouanet, do qual acabou desistindo. A fonte da turnê foi o disco de estúdio, 'Oásis de Bethânia', de 2012.
A substituição, em novembro, do maestro Wagner Tiso por Túlio Mourão foi motivada pelos compromissos assumidos pelo primeiro com a turnê do grupo Som Imaginário. Antigo amigo da cantora, Túlio diz ter sido o maestro originalmente convidado para fazer 'Carta de amor', mas acabou recusando por causa de turnê de Missa dos quilombos a Portugal. Já sem compromissos, ao visitar o camarim da cantora, em Belo Horizonte, eles acabaram acertando a substituição de Wagner, cuja presença Bethânia faz questão de agradecer em público desde então.
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Ao entrar em cena, no segundo ato, Bethânia se esquece de botar o fone de ouvido. “Posso parar?”, interroga-se, atribuindo a falha ao esquecimento. “Desculpe, maestro. Desculpe m... Finge que está começando certo...”, acrescenta ao voltar a cantar 'Festa', de Gonzaguinha, já refeita do susto.
Com roteiro da cantora e do recém-falecido diretor Fauzi Arap, 'Carta de amor' traz Maria Bethânia cantando o amor em suas mais diferentes formas: desde o maduro ao alegre, passando pelo triste, passageiro, eterno, traído e inconstante, segundo diz a própria cantora.
De 'Canções e momentos', de Milton Nascimento e Fernando Brant, com a qual abre e encerra o show, a clássicos como 'Calúnia' (Marino Porto e Paulo Soledade), 'Negue' (Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos), 'Dora' (Dorival Caymmi), 'Lua branca' (Chiquinha Gonzaga) e 'Guacyra' (Heckel Tavares e Juracy Camargo), ela esbanja carisma e emoção. Por mais que seja imitada por discípulas, Bethânia continua sendo a matriz.
Nos CDs ('Ato 1' e 'Ato 2') e DVD ela passa ainda por sucessos do irmão Caetano Veloso ('Não enche',' Fera ferida', 'Reconvexo' e 'Escândalo') e do já citado Gonzaguinha ('Não dá mais pra segurar'/'Explode coração' e 'O que é, o que é', ambas no bis). Ineditas na voz dela, raríssimas como A casa é sua, de Arnaldo Antunes e Ortinho, e 'Estado de poesia', de Chico César, além da própria música-título, que ela assina com Paulo César Pinheiro, em recado direto aos que a expuseram publicamente por causa do projeto de poesia de uma produtora, candidato a patrocínio via Lei Rouanet, do qual acabou desistindo. A fonte da turnê foi o disco de estúdio, 'Oásis de Bethânia', de 2012.
A substituição, em novembro, do maestro Wagner Tiso por Túlio Mourão foi motivada pelos compromissos assumidos pelo primeiro com a turnê do grupo Som Imaginário. Antigo amigo da cantora, Túlio diz ter sido o maestro originalmente convidado para fazer 'Carta de amor', mas acabou recusando por causa de turnê de Missa dos quilombos a Portugal. Já sem compromissos, ao visitar o camarim da cantora, em Belo Horizonte, eles acabaram acertando a substituição de Wagner, cuja presença Bethânia faz questão de agradecer em público desde então.