Banda mineira Uganga registra turnê na Europa em DVD

'Eurocaos ao vivo' mostra performance bem-sucedida do grupo que comemora 20 anos de trajetória

por Arthur G. Couto Duarte 23/10/2013 08:15

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Eddie Shumway/Divulgação
(foto: Eddie Shumway/Divulgação)
No vácuo deixado pela passagem das bandas mineiras Sepultura, Sarcófago, Overdose, Diesel, Eminence, Carahter e Krow pelo exterior ao longo de quase três décadas, o veterano quinteto Uganga – que há três meses encerrou a 'Cross Over Chaos', sua segunda e muito bem-sucedida turnê pela Europa – vai gradativamente submetendo os tímpanos do Velho Mundo com seu impiedoso thrashcore. Em sincronia com tal expansão territorial, chega ao mercado nacional 'Eurocaos ao vivo', documento multimídia que registrou em áudio e vídeo os mais impactantes momentos da excursão de 2010, que levou os integrantes do grupo da mineiríssima Araguari a tocar pela primeira vez para seus fãs na Bélgica, Espanha, Polônia, República Tcheca, Áustria, França, Portugal, Suíça e Alemanha.

Gravação que vem consolidar de forma admirável os 20 anos de carreira do Uganga, 'Eurocaos ao vivo' ganhou uma arte gráfica extremamente bem cuidada. A apresentação em slip case de luxo merece destaque à parte, ainda mais quando verificamos a natureza independente do CD. No belíssimo e elucidativo encarte, foram incluídas fotos dos shows, detalhes técnicos, um improvisado “diário de bordo” e a relação completa das datas, cidades e palcos em que ocorreram os 18 shows. Vale ainda destacar a qualidade sônica das releituras para 'Fronteiras da tolerância', 'Troops of doom', 'Asas negras', '3XC' e 'Kaly Yuga' – canções há tempos alçadas a um status totêmico no repertório ao vivo do sempre ascendente Uganga.

Na estrada

Também com 20 anos de estrada e igualmente investindo suas fichas no mercado europeu desde 2009, a banda paulista Hellish War arrancou elogios de blogs, revistas e sites especializados gringos a partir da edição internacional do seu segundo e hoje antológico CD 'Heroes of tomorrow'. Naquela ocasião, a gravação acabou por engendrar oito concertos na Bélgica, Alemanha e Suíça, além da escalação em eventos coletivos como o concorrido Sword Brothers Festival, realizado anualmente há mais de uma década nas cercanias da cidade alemã de Andernach.

Uma escalada transcontinental que agora vem elevar a banda de Campinas a um inédito patamar via Keep it Hellish. Impregnado no assim chamado true metal – no caso, uma bem-urdida fusão de variantes do rock pesado antecipadas no início da década de 1980 como o speed, o thrash e o power-metal – e vertido em estado bruto, sem adereços ou overdubs, o quarto trabalho do Hellish War soa como uma retomada do estilo associado a Iron Maiden, Running Wild, Accept, Manowar e Grave Digger. Virtuosismo instrumental e entrega animal que irrompem nas aclimatações épicas que cercaram coisas intimidantes como Fire and killing, Darkness ride e The quest. Em resumo, um disco fidedigno aos parâmetros iniciais estabelecidos nos primórdios do heavy metal.

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