Arlindo Cruz lança o DVD Batuques do meu lugar neste sábado, em Belo Horizonte

Com quatro décadas de carreira, o sambista irá se apresentar na Serraria Souza Pinto

por Walter Sebastião 30/08/2013 12:23

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(foto: IMAGE FINISHING/ Divulgação)
O carioca Arlindo Cruz inventou um gênero musical: o samba popular brasileiro. Caminho que tem  raízes na mistura de cordas e percussão, criando belas melodias, o que é histórico no samba, mas que nas mãos dele renasce contemporâneo. Amanhã, às 21h, na Serraria Souza Pinto, Arlindo Cruz faz show de lançamento do DVD ‘Batuques do meu lugar’. O nome do espetáculo remete às fontes da arte do cantor e compositor: batuques sagrados e profanos, afirmando fé na vida, no amor e na música.

Está no show, conta Arlindo,o samba ‘O bem’. “Não importa a religião, o importante é buscar o bem. Chega de preconceitos, violência e guerra, vamos entender o ser humano como gostaríamos de ser entendidos. Foi essa a lição do papa Francisco e o motivo da empatia do povocomele”, afirma. Celebração do Brasil é ‘Batuques do meu lugar’: “Temos xote, baião, congada, cantigas de umbanda. Pode-se brincar com todos os ritmos e voltar, enriquecido com outras levadas, ao samba”, ensina. “’Vai embora tristeza’ é para quem perdeu um grande amor, mas não perdeu a esperança no amor, procura viver porque a vida é boa”, conta.

Arlindo Cruz faz 55 anos em 15 de setembro. São 50 anos de música – ele começou a tocar aos 5 –, 42 de carreira, 33 como compositor e cantor e 10 de carreira solo. O berço da arte do músico foi o pagode do Cacique de Ramos (RJ), ponto de encontro de Jorge Aragão, Almir Guineto – “nossos ídolos”–, com a nova geração, entre outros, Zeca Pagodinho. “O que procurávamos era compor harmonias diferentes, mais elaboradas, que lembravam o velho partido alto, com levada que aprendemos com o chorinho e a bossa nova”, explica.

“Mérito de todos nós é  que a maioria dos compositores são músicos e entendem bem de harmonia”, acrescenta Arlindo. “O cuidado com o espetáculo, cenário e iluminação prendemos com quem veio depois, como o Raça Negra, Negritude Júnior e SPC. Foi aula importante. É respeito como samba. Chegávamos para tocar e tudo era meio gambiarra, mais para roda de samba do que para show”, recorda. Vê com satisfação os jovens se dedicarem hoje a todos os tipos de samba, “inclusive o de enredo, que era coisa dos mais velhos”. O exemplo, aponta, é o filho, Arlindo Neto, de 20 anos, autor de sambas para União da Ilha e Império Serrano.

“O modo de agradar todos os públicos é se manter fiel a sua linha, sem ficar tentando agradar A ou B. A pessoa pode gostar ou não, mas é você. E, graças a Deus, ganho atenção de gente da MPB, do pessoal do rock que me chama para fazer som junto, do Caetano, da Maria Rita, do Gil, do Seu Jorge”, observa. Em tempo: Arlindo Cruz é avô. A primeira neta chama-se Maria Helena e
Tem sete meses.

BATUQUES DA MINHA VIDA
Show de Arlindo Cruz, com a bertura de Fabinho do Terreiro e Grupo Tradição.
Sábado , às 21h, na Serraria Souza Pinto, Avenida Assis Chateaubriand, 809, Floresta. Ingressos: pista R$ 50 (3º lote); camarote open bar (3º lote), R$ 90 (fem.) R$ 110 (masc.)
Informações: www.centraldoseventos.com.br e (31) 3209-0505.



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