Casa Outono, no Carmo, é café, bar e também palco para músicos de BH

Espaço é comandado pela cantora Celinha Braga, que promove shows nos fins de semana e espalha livros pelas mesas

João Pedro Junqueira* 20/09/2019 06:00
Fotos: Ramon Lisboa/EM/D.A Press
Celinha Braga prioriza produtos artesanais em seu cardápio (foto: Fotos: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

O amor de Celinha Braga pela arte fez com que ela abrisse a Casa Outono, no Bairro do Carmo. Há cinco meses a cantora e o ator João Melo comandam o espaço, que funciona como café durante a tarde e vira bar à noite, recebendo apresentações artísticas.

O cliente encontra até livros espalhados pelas mesas. “Eles estão ali para a pessoa levar e trazer de volta. Queremos estimular a vontade de ler”, diz Celinha. Nos fundos, há um palco, onde há shows, musicais e leitura de textos.

De acordo com a proprietária, a Casa Outono prioriza produtos que causem o menor impacto ambiental possível. “Minha ideia é fazer tudo de forma harmônica e sustentável, com boa qualidade e muito amor”, explica.
Os grãos do café espresso vêm da Fazenda Cambraia. Os chás (quentes e gelados) são todos naturais. O cardápio de broas, bolos e pães artesanais muda de acordo com a disponibilidade de ingredientes, mas o pão de queijo canastra (R$ 5) sai do forno diariamente.

À noite, o cliente encontra pratos e porções preparados pela cozinheira Noemi. A estrela é a carne de panela (R$ 30), que dá para três pessoas. “Quem come quer até levar para casa”, diz Celinha Braga. A porção com seis bolinhos de arroz (R$ 20) também faz sucesso, além do pastel de angu (R$ 20, quatro unidades), que pode ser recheado de carne, frango ou queijo.

None
Pastel de angu e a cerveja vêm do interior

Os antepastos (R$ 15) – com grão-de-bico, tomate e berinjela – vêm em pequenos potes de vidro, acompanhados de pãezinhos ou chips. Tanto eles quanto as massas do pastel e do pão de queijo são preparados lá mesmo.

Por sua vez, a cerveja e o chope artesanal (R$ 8) vêm de Acuruí, distrito de Itabirito. “É um povoado perto da Estrada Real, de onde trazemos também o pastel de angu”, informa Celinha. Entre as opções de drinques estão o aperol spritz (R$ 25) e caipirinhas (R$ 20).

LUZ


None
Antepastos em potinhos de vidro

Quando há show, todas as atenções se voltam para o artista. “A gente diminui a luz da plateia para atrair a atenção do público para o palco”, explica Celinha. Recentemente, a Casa Outono recebeu o multi-instrumentista Célio Balona e as cantoras Marina Machado e Patricia Ahmaral.

Neste sábado (21), a própria Celinha Braga vai se apresentar com a irmã, a cantora Lu, e o violonista Cláudio Moraleida.

Com capacidade para 80 pessoas, o espaço abre de segunda-feira a sábado. Além do café, funcionam lá um escritório de fotografia e outro de decoração. Há também aulas de canto e interpretação ministradas por Celinha e João Melo.

Por muito tempo, a cantora manteve um café-escola de música na Pampulha. Ela decidiu se mudar para o Bairro do Carmo para ficar mais perto dos polos culturais da cidade. “Outono é a estação da transformação. A Casa Outono veio no momento em que eu queria transformar as coisas”, revela Celinha.

* Estagiário sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria

CASA OUTONO
Rua Outono, 571, Bairro do Carmo, (31) 99906-0624. Abre de segunda-feira a sábado, das 14h às 22h. 

MAIS SOBRE GASTRONOMIA