Justiça não vê quebra de contrato entre Alok e Itaipava

Acordo entre DJ e Grupo Petrópolis segue válido após produtor musical ir ao camarote Brahma

Reprodução/Instagram
DJ Alok (foto: Reprodução/Instagram)

A parceria entre o Grupo Petrópolis e Alok permanece válido em todas as suas cláusulas. A suposta acusação de que o produtor musical e o DJ havia ferido um dos acordos da dona da cerveja Itaipava foi rejeitada pela Justiça.

 

Em nota enviada ao Portal UAI, a assessoria do artista esclareceu que a decisão inicial judicial, entendeu que não existi gravidade suficiente para a alegação.

 

"A presença do corréu Alok em camarote patrocinado por marca concorrente, ainda que vestido com 'abadá', não tem gravidade suficiente para caracterizar a alegada quebra de contrato, pois não o vincula de maneira direta e definitiva a outra marca. Estava no local, aparentemente, a trabalho, e não ostenta qualquer cerveja, energético ou bebida com foco em performance da concorrente", assinou o juiz Cesar Augusto Vieira Macedo, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

 

Ainda de acordo com a equipe de comunicação do dono do hit Hear me now, Alok e Grupo Petrópolis firmaram uma parceria comercial em junho de 2021. Nesse período, todos os compromissos contratuais assumidos foram cumpridos.

 

"Durante toda a construção do instrumento que rege a relação entre as parte, foi informado à contratante a existência de eventos e festivais onde o anuente já exercia e continuaria a exercer sua principal atividade artística - que é a de DJ -, patrocinados por outras marcas, como por exemplo: o Rodeio de Jaguariúna, a Festa do Peão de Barretos, o Camarote N1, Rock in Rio e o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula1, sendo anuído pela contratante e apenas estabelecido que nestes casos o anuente estaria proibido de participar de ações publicitárias de produtos ou marcas concorrentes. O que, evidentemente, nunca aconteceu", diz o comunicado.

Entenda o caso

O Grupo Petrópolis, a dona da Itaipaiva, abriu uma ação judicial contra Alok, pedindo cerca de R$ 17 milhões do DJ e de empresas envolvidas.

 

De acordo com as informações exclusivas do colunista Leo Dias, do jornal Metrópoles, isso aconteceu por conta de Alok ser garoto propaganda da cerveja Black Princess, que pertence ao conglomerado da companhia, e mesmo assim foi contratado para tocar no Camarote N1, no Carnaval da Marquês de Sapucaí deste ano, que é patrocinado pela Brahma.

 

Alok até tirou a marca da cervejaria Ambev da parte da frente de sua camiseta, mas permaneceu com o logotipo da concorrente em suas costas. O produtor musical chegou a ser advertido pelo Grupo Petrópolis por compartilhar fotos em suas redes sociais com o logo da Brahma, porém, ele se recusou a deletar a publicação.

 

Segundo à publicação, após o 'puxão de orelha', ele teria tentado uma troca de contrato, deixando de ser garoto propaganda da Black Princess e passando a representar apenas a marca de energéticos da companhia, o que não foi aceito.

 

O vínculo estabelecido entre Alok e a empresa é de R$ 20 milhões, com duração de cinco anos. Os resultados dessa parceria seriam a criação de músicas, produção de conteúdo exclusivo e desenvolver produtos em conjunto com a marca. Metade do valor já foi pago. Agora, o Grupo Petrópolis pede a quantia de volta, além de multa.

 

Além do DJ, outras empresas também foram incluídas no processo: A-Branding LTDA e Alive LTDA. O Grupo Petrópolis também busca a condenação das empresas Lopes Oliva LTDA e Cross Networking LTDA. Ao total, a empresa pede R$ 17.290.000 das partes envolvidas.