Repórter comenta momento em que se emocionou ao relembrar morte da mãe

Ele disse, ainda, que o pai, o irmão e a cunhada dele também contraíram o novo coronavírus

Estadão Conteúdo 26/12/2020 16:54
Reprodução/Globo News
Repórter se emocionou quando noticiava morte de Nicette Bruno e lembrou da mãe (foto: Reprodução/Globo News)

O repórter Pedro Neville, que no último domingo, 20, se emocionou ao vivo na GloboNews ao relembrar a morte da mãe por COVID-19, disse que o objetivo do relato era conscientizar a população. Até então, o jornalista não tinha falado sobre o caso na emissora.

Neste sábado, 26, em entrevista ao programa É de Casa, Neville falou sobre o momento, quando estava noticiando a morte da atriz Nicette Bruno, que também morreu em decorrência do novo coronavírus.


"Achei que era um bom momento porque ali eu estava fazendo uma cobertura da morte da Nicette Bruno que é uma atriz tão carismática, tão querida, simpática e a gente tem a Nicette Bruno como um pouquinho mãe, um pouquinho vó de todo mundo, uma amiga, uma tia querida. Então, achei que ali era o momento de falar da minha mãe também porque ela se foi já tem um pouco mais de dois meses e eu nunca tinha comentado sobre isso na GloboNews", afirmou Neville.

Segundo ele, aquele momento era uma "boa oportunidade para, mais uma vez, já que está todo mundo sensibilizado com aquele momento prestarem atenção sobre a doença". Para o jornalista, valeu muito a pena ter feito aquele relato ao vivo.

Ele disse, ainda, que o pai, o irmão e a cunhada dele também contraíram o novo coronavírus, mas tiveram apenas perda de paladar. Ao responder sobre a importância de continuar noticiando os casos de covid-19, Neville disse que é uma forma de colaborar com a sociedade.

"Minha mãe evoluiu para um quadro grave e, depois que ela se foi eu continuei dando notícias sobre covid, entrevistas para esclarecer. E nem que seja naquele momento que eu só dou o número [de mortos e infectados] eu sinto, nesse papel de jornalista, que a gente está colaborando um pouquinho para que mais informações vão até a população. É o nosso papel."

"A gente está acostumado a não misturar o pessoal com o trabalho mas eu achei que ali valeria a pena para as pessoas repensarem sobre como é difícil ter um parente no hospistal", disse o repórter. Ele falou que a mãe ficou cerca de um mês internada e só recebia notícias dela uma vez por dia. "Foi mais uma forma de fazer com que as pessoas reflitam."

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