Curador das duas últimas edições da Festa Literária Internacional de Paraty, Paulo Werneck continuará à frente da programação do evento em 2016 e já anuncia duas novidades.
Paraty tem estado mais vazia nas últimas edições da Flip. Este ano, surpreendentemente e pela primeira vez, havia ingressos para diversas mesas às vésperas do festival - que teve um balanço positivo apesar da ausência de grandes nomes, como historicamente tem. Já passaram por lá, entre outros, Eric Hobsbawm, Amos Oz, David Grossman, Orhan Pamuk, J. M. Coetzee, Lobo Antunes e Nadine Gordimer.
Mas a Flip é, também, espaço de descoberta de novos autores, como ocorreu este ano com a poeta portuguesa Matilde Campilho, a best-seller do evento. E, se por um lado ela tem essa característica de apresentar escritores, por outro ela quer conhecer a vontade do público e quer ouvir mais as sugestões dos editores. A segunda novidade, então, diz respeito a uma curadoria mais colaborativa.
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"Muitos editores que vão são pequenos e às vezes nem sabem o caminho das pedras - e acabam achando que a Flip é só para os grandes. Não é", diz Werneck, que reitera que já existia um canal entre organização e editoras, mas a ideia agora é ampliar o acesso a ele. "Queremos mostrar que a Flip não é uma torre de marfim", comenta.
É possível que as mesas boêmias de 2015 continuem, diz o curador. O autor homenageado deve ser anunciado logo.