Para criançada, a presença dele ainda é festejada durante toda esta quinta-feira, 25. Mas como os papais noéis também têm o direito a festejar a data com a família, alguns já não serão encontrados com tanta facilidade por aí. Fred Mozart, que há quase 30 anos faz a alegria de crianças e adultos, troca a roupa vermelha, o gorro e os acessórios usados em rotina espartana nos últimos 50 dias para comemorar a data com a mãe, Maria Aparecida de Abreu Rodrigues, de 85 anos, e o irmão Carlos, de 60 anos. "É dia de estar com a família", diz o ator, o Papai Noel mais versátil da temporada, que tem agora o merecido descanso.
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Até ontem, ele podia ser visto pedalando um triciclo pelas ruas do entorno da praça, parando para selfies, cantando e apresentando atividades no palco montado pela TIM. "Mesmo com tanto trabalho, sinto-me muito realizado, muito feliz por alegrar as pessoas", comenta ele, que, para fechar a temporada natalina, também visitou casas de amigos divertindo a garotada. Ontem, a expectativa dele era de só terminar a função no início da madrugada.
Fred conta que mesmo se divertindo e curtindo a ideia de incorporar Papai Noel, sem o apoio da mãe não teria sido tão fácil. "Ela sempre brinca dizendo que Papai Noel tem que ser forte e sempre prepara uma comida especial", conta o ator. Maria Aparecida tem razão em garantir energia para o filho mais novo. "Com tanta correria, alguns dias durmo muito pouco. Domingo e segunda-feira, por exemplo, acordei às 5h30 e fui a Vespasiano distribuir presentes a pedido de um empresário. Voltei e dei continuidade aos meus compromissos", conta.
Cuidadoso com o visual, Fred descolore o cabelo e deixa a barba crescer. Sempre tem à mão um hidrante para “o cabelo não ficar aquela coisa horrorosa". Por onde passou, levou seu guarda-roupa em uma mala de rodinhas. Lá dentro, lenços umedecidos e toalhas, além de seis a oito pares de luvas, quatro camisas brancas, uma vermelha, duas xadrezes. Figurino criado com o maior carinho por Fred, que só lamenta muitas vezes não poder realizar os sonhos de algumas crianças. "Nessas horas me sinto impotente. Mesmo assim, é prazeroso ser Papai Noel". Com tanto trabalho, pelo menos ele não tem do que se queixar quando o assunto é compensação financeira. Sem revelar números, Fred garante que vale a pena. Reconhecimento merecido para quem leva alegria para crianças e adultos. Com sol ou chuva.