Musical A garota do biquíni vermelho, estrelado por Monique Alfradique, conta a história da atriz Sônia Mamede

Com seus personagens engraçados, atriz fez sucesso nos palcos e nas telas

por Walter Sebastião 04/08/2012 08:13

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Guga Melgar/ Divulgação
(foto: Guga Melgar/ Divulgação)
“Eu só abro a boca quando tenho certeza!”. Com esse bordão, a atriz Sônia Mamede (1936-1990) ficou famosa no Brasil. Mas ela era mais que Ofélia, a burralda do programa humorístico da TV. Ótima atriz, bela mulher, carismática e corpo perfeito, foi uma estrela, resume o produtor Eduardo Barata. Ele idealizou o espetáculo A garota do biquíni vermelho, inspirado na vida da atriz, que será apresentado nesta sábado, às 19h e às 21h30, no Teatro Sesiminas, em Belo Horizonte. A montagem resgatou a estética do teatro de revista: cenas curtas, humor, vedetes e belos figurinos pontuados por muita música. “É teatro com humor para contar a história de uma artista importante do rádio, da TV e do cinema”, explica Barata. Ele evitou deliberadamente mostrar a atriz de forma caricata, a marca de seus personagens. A garota do biquíni vermelho tem texto do jornalista Artur Xexéo, que compôs duas músicas para o espetáculo, e direção de Jacqueline Laurence. Quem faz o papel de Sônia Mamede – escolhida pelo próprio Eduardo Barata – é Monique Alfradique. “Ela é uma jovem talentosa. Quando Monique fez a primeira leitura do texto, tive a certeza de que era adequada para o papel”, conta o produtor. O conflito entre vedete e atriz representou um drama para Sônia Mamede. “Ela queria ser respeitada como artista, apesar da fama de vedete. E conseguiu”, lembre Barata. O último personagem de Sônia foi como Graúna em espetáculo baseado na obra do cartunista Henfil. O papel deu o Prêmio Mambembe à atriz. Eduardo Barata diz que ela integra o time de grandes intérpretes caricatas. Por fazer os tipos que interpretavam com grande humanidade, elas conseguiram grande comunicação com o público. A garota do biquíni vermelho é parte da trilogia que levará para o palco outras artistas com esse perfil: Zezé Macedo (1916-1999) e Consuelo Leandro (1932-1999). “Elas foram o tropicalismo no teatro”, afirma Barata, citando também a importância de Renata Fronzi e Ilka Soares. O público gostava do trabalho delas, mas “a classe teatral e a aristocracia” o consideravam menor, critica o produtor. A vingança do espelho, espetáculo sobre Zezé Macedo, chegará a Belo Horizonte ainda este ano. O texto é de Flávio Marinho, com direção de Amir Haddad e Betty Goifmann no papel principal. A peça sobre Consuelo Leandro, escrita por Noemi Marinho, será dirigida por Elias Andreatto e terá Bia Nunes como protagonista. A GAROTA DO BIQUÍNI VERMELHO Texto: Artur Xexéo. Direção: Jacqueline Laurence. Com Monique Alfradique. Teatro Sesiminas, Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia, (31) 3241-7181. Nesta sábado, 19h e 21h30. R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). MEMÓRIA Menina pródígio Sônia Mamede estreou nos palcos aos 16 anos, na revista Carrossel de 53. Chamou a atenção no musical Ok, baby! e foi lançada como atriz cômica por Renata Fronzi em Brasil 3.000, encenado no famoso Teatro Serrador. Em 1958, fez muito sucesso em Bom mesmo é mulher, no Teatro Recreio. Sônia se destacou no cinema, depois de ser descoberta pelo diretor Carlos Manga. Era presença constante em chanchadas da Atlântida ao lado de Oscarito. Na TV, brilhou como Ofélia, a divertida ricaça ignorante, contracenando com Lúcio Mauro.

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