Pepita comenta sobre sua maternidade e desejo de ter mais filhos

Cantora é mãe de Lucca Antônio, hoje com sete meses de vida, e comenta sobre curiosidade de outras travestis que também desejam formar famílias

Reprodução/Instagram
Pepita, Kayque Nogueira e Lucca Antônio (foto: Reprodução/Instagram)
 

A cantora Pepita vem mostrando nas redes sociais a rotina da maternidade. Ela e o marido, Kayque Nogueira, são pais de Lucca Antônio, hoje com sete meses. Em pleno mês do orgulho LGBTQIAP+, Pepita, que é travesti, falou um pouco sobre os desafios de se criar um filho e como isso impactou a maneira como ela é tratada pelo público.

 

O desejo de ser mãe sempre esteve presente, como a própria relatou durante a entrevista: “É desde a época de escola, e o tempo só foi amadurecendo esse desejo. Mas não tem como estudar [se preparar] para ser mãe, tem que deixar vir do coração. E todo dia para mim vem do coração”, afirmou a artista. O maridão Kayque tem sido um grande pai, segundo ela, que faz questão de enfatizar.

 

“Meu marido é um paizão. Acorda às 3h acorda às 6h, faz mamar. É muito meu amigo, sabe? É maravilhoso quando um casal quis ter uma família, construir uma família”, disse a cantora. A entrevista foi dada à Revista Quem, durante São João da Thay, evento organizado por Thaynara OG no Maranhão.

 

O público respeita mais as mães?

Durante a entrevista, Pepita relatou que se sente mais respeitada no âmbito virtual, agora que é mãe. Mas também alerta que nunca tolerou haters em suas redes: “Nunca alimentei isso, nunca quis que fizesse parte da minha vida. Falou merda, era bloqueado, acabou”, disse a artista.

 

O dia a dia da maternidade e o crescimento do pequeno vem atraindo, sim, novos seguidores para os perfis de Pepita, sobretudo outras travestis. “Quando eu me casei, me perguntaram muito como era, e agora, como mãe, também me perguntam demais. E isso é maravilhoso. Eu não quero ser a única. Quero outras manas tendo essa oportunidade [de serem mães]”, contou.

Ela ainda deu mais detalhes do processo de adoção, que durou cinco meses, ao todo. Pepita temia que pudesse sofrer preconceito durante as etapas que levam até a guarda definitiva da criança, mas celebrou que foi amparada por pessoas sensatas e que lhe acolheram da maneira correta.

 

“É um processo doloroso, mas não sofri preconceito porque que Deus é tão bom que botou pessoas que têm uma visão ‘normal’ de me ver como uma ‘pessoa normal’. Só isso sabe. Não teve assim ‘Quem é? Como eu vou tratar?' Não. Era a Priscila e acabou”, relatou.