'Mad Max' faz barulho em Cannes

Sequência do sucesso dos anos 1970, filme tem Tom Hardy no Lugar de Mel Gibson como protagonista

por AFP 13/05/2015 15:17

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KEVIN WINTER / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP
Elenco de 'Mad Max' na estreia do filme, na última semana. Filme foi exibido nesta quarta no festival de Cannes (foto: KEVIN WINTER / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP)
Cannes, França - "Um homem sozinho e reduzido a um único instinto: sobreviver". O diretor George Miller volta ao cinema com 'Mad Max: Estrada da Fúria', sequência da saga pós-apocalíptica, exibida no Festival de Cannes fora de competição.

Quarenta e cinco anos depois do fim do mundo, nada resta sobre a Terra: lei, energia elétrica ou água potável. Os alimentos estão em falta e o ar está poluído.

Neste cenário, aparecem um líder de guerra violento (Immortan Joe), à frente de hordas de guerreiros (os War Boys), que espalham o terror em um território árido.

O tema do filme, que entra em cartaz no Brasil na quinta-feira, pode ser reduzido a apenas uma pergunta: o que estaríamos dispostos a fazer se faltasse no mundo aquilo que nos mantêm vivos?

"Sempre fui fascinado pela maneira como as sociedades evoluem, às vezes para o progresso e outras para o caos", explica o cineasta australiano de 70 anos.

Miller conta que imaginou a história, que virou cult, quando era estudante de Medicina em Sydney, ao observar uma sala de emergência de acidentes de trânsito com várias pessoas com ferimentos terríveis, como em um "sacrifício ritual" dos deuses do asfalto.

Miller também se inspirou no antropólogo americano Joseph Campbell (1904-1987), criador da tese do "mito único", segundo a qual todos os mitos contam basicamente a mesma história.

Trinta anos depois do terceiro filme, ele retoma o personagem de Max Rockatanski, um ex-policial que vira um justiceiro do deserto depois que sua família é assassinada.

Enquanto o orçamento do primeiro filme, de 1979, foi de apenas 400.000 dólares, as filmagens de 'Estrada da Fúria' no deserto da Namíbia com 350 veículos e 1.700 técnicos custou quase US$ 100 milhões.

Mel Gibson, protagonista dos três primeiros filmes da saga, agora dá lugar ao britânico Tom Hardy.

"O Max de Mel Gibson foi lendário, mas quando George (Miller) me pediu para representar este personagem, comecei a trabalhar com ele para que correspondesse aos acontecimentos do filme", revela Tom Hardy, mais lembrado como o vilão Bane de 'Batman: O Cavaleiro da Trevas Ressurge' (2012).

O ator, de 37 anos, se destaca por cenas de ação espetaculares, mais que pelos diálogos.

Ao seu lado está a personagem imperatriz Furiosa (Charlize Theron), uma rebelde convencida de que a única forma de sobreviver passa pelo deserto que a levará até a Terra Verde.

Inicialmente fiel ao líder de guerra, ela o trai para fugir ao lado das cinco esposas "reprodutoras", que devem garantir uma descendência imperial. Immortan Joe sai em uma caçada implacável do que considera que lhe pertence.

De cabeça raspada, rosto manchado com óleo, Charlize Theron tampouco brilha por sua eloquência no papel de 'amazona futurista'.

"Em uma situação tão desesperadora, as palavras são um luxo", resume a sul-africana, vencedora do Oscar por 'Monster' (2003).

A bordo de um veículo improvável, híbrido entre blindado e caminhão de 30 toneladas, ela e Max unem forças para combater Immortan Joe, interpretado pelo australiano Hugh Keays-Byrne, que já estava no elenco do primeiro 'Mad Max'.

 

Assista ao trailer de 'Mad Max: Estrada da fúria':

 

 

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