

Em 1999 foi lançado American pie. Na época, um sucesso de bilheteria que, no Brasil, arrastou milhões de adolescentes ao cinema. Havia mesmo, naquele primeiro filme, um pouco de novidade e umas piadas engraçadas para o pessoal daquela idade. A maioria envolvendo questões sexuais e uma galera, prestes a entrar na faculdade, metendo-se em várias confusões.
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A própria sinopse dos filmes da série anuncia: são longas no melhor estilo sessão da tarde. E isso se confirmou na obra de estreia, American pie – A primeira vez é inesquecível; na sequência, em 2001, American pie – A segunda vez é ainda melhor; e no terceiro filme da série, de 2003, American pie – O casamento.

Agora, quando imaginava-se que o estoque de piadas (tolas) havia acabado, os caras voltaram com força total em American pie – O reencontro. De volta também as costumeiras dezenas de cópias espalhadas pela cidade (o país e o mundo). O filme é exatamente o que se pode esperar do gênero: comédia bem feita, ao estilo americano (com recursos fartos). Certamente, rirão das piadas os eternos fãs da série. E os mais saudosos ficarão até felizes em ver todos reunidos outra vez. Afinal, são exatamente os mesmos atores, 13 anos depois.
O problema: quem não viu as outras edições não vai entender nada. A piada recorrente sobre Jim Levenstein (personagem de Jason Biggs) se parecer com Adam Sandler, ou o fato de a intercambista apaixonada por ele retornar, passarão simplesmente batidos. Novatos em American pie também não entenderão, mas os antigos fãs ficarão felizes ao ver Michelle ainda casada com Jim; Steve Stifler continuar bobo; e voltarem à cena Chris 'Oz' Ostreiche, Kevin Myers, Paul Finch. Além, claro, o pai de Jim e a mãe de Stifler.
Não são apenas os personagens que continuam os mesmos. A ausência de foco (tema) e o roteiro também. São as mesmas piadas e as mesmas encrencas. Quem não gostava vai continuar não gostando. Quem nunca fez questão de assistir, também não precisa se dar ao trabalho. E quem gostava, vai continuar gostando. Tudo como dantes no quartel d'Abrantes.
Só não pode ser cometida a injustiça de dizer que eles não tentaram ou não conseguiram. Em relação ao que se propõe (ser um besteirol) American pie pode se orgulhar: missão cumprida.
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