É para se acabar! Quem ainda não superou o fim do carnaval, neste sábado pôde aproveitar uma grande ressaca da folia. A Praça da Estação, na Região Central de BH, foi tomada por cores e hinos de dezenas de blocos de rua da capital mineira no tradicional Vira o Santo.
Realizado desde meados de 2009, o evento reúne os foliões para fazer uma despedida à altura do carnaval de rua. Na ocasião, o público pode rever algumas atrações como Baião de Rua, Mientras Dura, Garotas Solteiras, Manjericão, Filhos de Tcha Tcha, Então, Brilha! e Alô Abacaxi. Eles se uniram em uma bateria unificada.
O jardineiro José Thomaz Silva, de 56 anos, saiu de Nova Lima (Grande BH) para pular com os blocos. “Foi lindo demais, emocionante de ver todos os grupos cantando e tocando juntos. Mas, acho que muita gente ficou em casa por causa da chuva”, disse ele.
Thiago Loyola, de 33, também marca presença todos os anos. Ele, que se vestiu de Lunga – personagem do filme Bacurau, de Kleber Mendonça Filho – ainda se mostrou com pique para investir em fantasia no sábado pós-carnaval. “Venho todos os anos no Vira o Santo. É o meu momento”, disse.
E, não é só batuque. Todos os blocos mantiveram o forte engajamento político. O carnaval de Belo Horizonte tem sua história marcada por atos políticos. Seu ressurgimento, em 2009, veio depois da ocupação justamente na Praça da Estação em protesto contra o então prefeito Márcio Lacerda, e, desde então, a festa chega sempre com crítica à política. Este ano, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), foi alvo de manifestações durante toda folia.
A faixa com os dizeres "carnaval não é caso de polícia. Fora Zema" ganhou destaque na comemoração. Policiais observaram o protesto no entorno da praça.
A cena é muito similar ao que ocorreu em 2018 no desfile do Vira o Santo quando os blocos estenderam uma faixa com os mesmos dizeres. Naquele ano, os integrantes das baterias se abaixaram para que os foliões pudessem ler o recado. Um dos motivos da manifestação foi a prisão de duas pessoas no bloco Filhos de Tcha Tcha, que desfilou pelo Vale das Ocupações do Barreiro. Além desse episódio, grupos criticaram ações consideradas “exageradas". "O carnaval é um movimento político. A faixa é a mesma, mas em contextos diferentes", disse Thiago.
Outro destaque do dia foi o bloco Ziriggydum Stardust – que desfila sempre no fim de semana pós-carnaval, levando para às ruas de Belo Horizonte as canções do então considerado o camaleão do rock/pop David Bowie em ritmo de carnavalesco – e o bloco É o Amô – que surgiu em 2018 para celebrar o sertanejo retrô. .
Luísa Jacques, de 32 anos, passou por três blocos ontem. Ela, que nasceu em BH, mas mora em São Paulo, não perde um carnaval de rua da capital mineira: “é o melhor de todo o planeta. E não acabou. Enquanto tiver bloco, eu vou”, disse.
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O jardineiro José Thomaz Silva, de 56 anos, saiu de Nova Lima (Grande BH) para pular com os blocos. “Foi lindo demais, emocionante de ver todos os grupos cantando e tocando juntos. Mas, acho que muita gente ficou em casa por causa da chuva”, disse ele.
Thiago Loyola, de 33, também marca presença todos os anos. Ele, que se vestiu de Lunga – personagem do filme Bacurau, de Kleber Mendonça Filho – ainda se mostrou com pique para investir em fantasia no sábado pós-carnaval. “Venho todos os anos no Vira o Santo. É o meu momento”, disse.
E, não é só batuque. Todos os blocos mantiveram o forte engajamento político. O carnaval de Belo Horizonte tem sua história marcada por atos políticos. Seu ressurgimento, em 2009, veio depois da ocupação justamente na Praça da Estação em protesto contra o então prefeito Márcio Lacerda, e, desde então, a festa chega sempre com crítica à política. Este ano, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), foi alvo de manifestações durante toda folia.
A faixa com os dizeres "carnaval não é caso de polícia. Fora Zema" ganhou destaque na comemoração. Policiais observaram o protesto no entorno da praça.
A cena é muito similar ao que ocorreu em 2018 no desfile do Vira o Santo quando os blocos estenderam uma faixa com os mesmos dizeres. Naquele ano, os integrantes das baterias se abaixaram para que os foliões pudessem ler o recado. Um dos motivos da manifestação foi a prisão de duas pessoas no bloco Filhos de Tcha Tcha, que desfilou pelo Vale das Ocupações do Barreiro. Além desse episódio, grupos criticaram ações consideradas “exageradas". "O carnaval é um movimento político. A faixa é a mesma, mas em contextos diferentes", disse Thiago.
Outro destaque do dia foi o bloco Ziriggydum Stardust – que desfila sempre no fim de semana pós-carnaval, levando para às ruas de Belo Horizonte as canções do então considerado o camaleão do rock/pop David Bowie em ritmo de carnavalesco – e o bloco É o Amô – que surgiu em 2018 para celebrar o sertanejo retrô. .
Luísa Jacques, de 32 anos, passou por três blocos ontem. Ela, que nasceu em BH, mas mora em São Paulo, não perde um carnaval de rua da capital mineira: “é o melhor de todo o planeta. E não acabou. Enquanto tiver bloco, eu vou”, disse.