Desde que a atual gestão assumiu a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), a Avenida Getúlio Vargas virou um dos pontos prediletos para crianças e familiares curtirem o domingo, por meio do Programa BH é da Gente. Ontem, contudo, aquela que é uma das principais vias da capital mineira teve seu canteiro central totalmente destruído, principalmente nas proximidades do encontramento com a Avenida Afonso Pena, no Bairro Funcionários. Justamente o trecho escolhido para a passagem do Filhos da PUC, formado por alunos e ex-alunos da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
O jardim que era formado predominantemente por gramíneas se tornou lama e lixo. O ponto foi um dos que o Executivo municipal optou por não cercar, o que resultou em muito trabalho para os garis, fora o que ainda ficou por fazer para as equipes da própria prefeitura que ficarão a cargo da recuperação do gramado.
Em conversa com a reportagem, um gari da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), que trabalhava na Savassi, disse que havia recolhido cerca de 150 sacos de lixo só na noite de ontem. A maioria do conteúdo na Avenida Getúlio Vargas: no asfalto, no passeio e no canteiro central.
Mesmo com os banheiros químicos e lixeiras espalhadas pelo trecho, foliões preferiam urinar e jogar garrafas e copos nos jardins da via. O resultado foi um lamaçal, que se tornou armadilha para a própria multidão. Uma adolescente chegou a escorregar e cair em meio ao barro. Mais uma vez, a festa que tem cada vez mais abraçado a diversidade se tornou razão para que a falta de educação das pessoas se aflore.
Um jovem enterrou uma bicicleta alugada na lama, somente para chamar a atenção dos amigos. Momentos depois, descartou uma garrafa de cerveja no canteiro da Getúlio Vargas.
Segundo números da prefeitura, entre sábado e a madrugada de ontem, os garis recolheram 813 toneladas de resíduos. Todo esse lixo encheu 116.184 sacos plásticos.