O bloco Quem Ama não mata leva amanhã (23) para seu desfile na Savassi, a partir das 11h, o debate sobre a importância do combate à violência contra a mulher. A ideia de aproveitar o carnaval de rua de BH para protestar contra o feminicídio, o estupro, o assédio e outros tipos de violência contra a mulher partiu das integrantes do movimento. “O bloco e a marchinha 'Quem ama não mata' visam dar maior visibilidade ao movimento e alertar para relacionamentos agressivos e para que denunciem os casos de agressão”, explica a jornalista Mônica Santos, autora da letra e uma das participantes do coletivo Quem ama não mata.
O ponto de encontro do desfile é a esquina entre as ruas Fernandes Tourinho e Pernambuco, na Savassi. Para as integrantes do movimento, ao mesmo tempo em que o carnaval é época de diversão e alegria, também é tempo de conscientização e de engajamento. “É mais uma forma de chamar atenção dos homens, para que eles respeitem as mulheres. O machismo é muito forte na nossa sociedade e os homens também têm de se conscientizar que o respeito é fundamental nos relacionamentos e que as mulheres têm os mesmos direitos em todos os sentidos”, reforça Mônica.
Além disso, o carnaval é um espaço onde casos de violência contra as mulheres são recorrentes na festa de rua. Desta forma, o bloco do Quem ama não mata vem para reforçar o combate à violência contra a mulher, como a própria letra da marchinha diz: “Violência não / Assédio também não / Paz, alegria e amor no coração”.
HISTÓRIA
(*) Estagiária sob supervisão do subeditor Rafael Alves