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Apoiadores do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro levantaram a hashtag Boicote a Lázaro Ramos no X, antigo Twitter
Lázaro Ramos se tornou alvo de um boicote na noite desta sexta-feira (03/11). Os apoiadores do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) levantaram a hashtag Boicote a Lázaro Ramos no X, antigo Twitter.
O motivo do boicote é que ator foi crítico ao governo do ex-presidente, afirmando que estava "difícil ser brasileiro". Diversos perfis ligados à direita pediram às pessoas que não assistam a Ó Pai Ó 2, que chega aos cinemas no dia 23 de novembro. A hashtag ficou entre os assuntos mais comentados da rede social de Elon Musk.
Além de Lázaro, retornam também para a sequência Dira Paes, Luciana Souza, Érico Brás e Valdineia Soriano. O longa foi dirigido por Ramos e conta com uma participação de Margareth Menezes - a qual assumiu o Ministério da Cultura, recriado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Vale destacar, que apesar das críticas, o artista também recebeu o apoio nas redes sociais. "Bolsonaristas boicotando Lázaro Ramos. Desde quando esse gado assiste alguma coisa brasileira? Eles amam os Estados Unidos, odeiam a cultura nacional e não entendem nada dela", disse uma internauta."E a galera da direita que está fazendo boicote a Ó Pai Ó 2, falando que vai ficar em casa e que não vai assistir ao filme de Lázaro Ramos? A pergunta quem me vem à cabeça é: Quando o povo saiu de casa para consumir cultura?", questionou outra. "Mas a direita assiste filmes ou outras manifestações artísticas brasileiras desde quando? Essa galera tem aula de arte com Mário Notas Frias", ironizou uma terceira. "Fico imaginando a quantidade de fascistas que iriam ao cinema pra ver filme brasileiro estrelado pelo Lázaro Ramos. Ou seja, a hashtag serve apenas como uma ótima divulgação para o filme, que eu nem sabia que existia. Valeu fascistada, por divulgar o cinema nacional", disparou uma seguidora. "Quase pensei que o Lázaro tinha feito ou falado alguma merda, e fui na tag com muita dúvida e até já preparando meu pano. Mas aí vi que é só os bolsominons dando piti mesmo. Ser odiado por bolsonarista é elogio. Sinal de que a pessoa é sensata", afirmou mais uma.
Não é segredo pra ninguém, que boa parte da classe artística sempre se posicionou contra Jair Bolsonaro, que chegou a extinguir o Ministério da Cultura. O órgão foi reduzido a uma secretaria, que foi comandada por Mário Frias e Regina Duarte.
Durante o lançamento de Medida Provisória (2022), Lázaro Ramos disse que estava difícil ser brasileiro sob o governo Bolsonaro. "Olha o preço do combustível e dos alimentos. Não posso falar só sobre a dificuldade de ser artista neste momento, não se trata disso", destacou, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
Na obra, o também diretor filmou um Brasil distópico no qual o governo decide enviar a população negra para países africanos, num ato que camufla como sendo reparação histórica. No centro da trama está um casal que consegue fugir da brutalidade policial para tentar se manter no país.