Pianista venezuelana Gabriela Montero é solista e compositora em concerto com a Filarmônica de Minas Gerais

DATA

  • 05/04/2018 à 06/04/2018

LOCAL / INFO

PREÇOS

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PIANISTA VENEZUELANA GABRIELA MONTERO É SOLISTA E COMPOSITORA

EM CONCERTO COM A FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS

 

Apresentação com regência de Fabio Mechetti terá em seu repertório o Concerto Latino, de autoria da própria solista, e duas obras de Alberto Nepomuceno, compositor primordial do nacionalismo musical brasileiro

 

 

Nos dias 5 e 6 de abril, às 20h30, na Sala Minas Gerais, a Filarmônica de Minas Gerais recebe a pianista venezuelana Gabriela Montero, artista de destaque na música latino-americana atual. Desta vez, além de seu incrível talento e domínio técnico como pianista, o público vai apreciar seu trabalho como compositora e ouvir o seu Concerto Latino. Sob regência do maestro Fabio Mechetti, a Orquestra interpretará também duas obras essenciais de Alberto Nepomuceno: Sinfonia em sol menor e Série Brasileira. Ambas integram as gravações que a Filarmônica fará em parceria com o Itamaraty para divulgação internacional de compositores eruditos brasileiros. Ingressos entre R$ 44 (inteira) e R$116 (inteira).

 

Na série de palestras sobre obras, compositores e solistas, promovidas pela Filarmônica promove antes das apresentações, entre 19h30 e 20h, o público poderá assistir aos comentários da pianista Heloísa Feichas, professora da Escola de Música da UFMG. As palestras são gravadas em áudio e ficam disponíveis no site da Orquestra.

 

Estes concertos são apresentados pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais e contam com o Apoio Cultural da Companhia Energética Chapecó e BMPI através da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).

 

Repertório

 

Sobre a Sinfonia em sol menor

 

Alberto Nepomuceno (Fortaleza, Brasil, 1864 &ndash Rio De Janeiro, Brasil, 1920) e a Sinfonia em sol menor (1893/1896)

A Sinfonia em sol menor de Alberto Nepomuceno é, ao lado da Sinfonia op. 43 de Henrique Oswald, a única obra do gênero no Romantismo brasileiro. Foi escrita em Berlim e revela a importância direta de Brahms (principalmente no primeiro movimento), Wagner e Tchaikovsky na linguagem de Nepomuceno. Essas influências mostram um compositor atento à música de seus ídolos e sintonizado com sua época. Entretanto, a Sinfonia é bastante original e deveria figurar habitualmente entre as obras-primas do sinfonismo romântico. Conceituados compositores e críticos a consideram a partitura do gênero mais importante escrita por um músico das américas no século XIX. Apresentada pela primeira vez em agosto de 1897, a obra reflete a maestria técnica adquirida por Nepomuceno em longos anos de aprendizado europeu. Em seus estudos em Roma, o brasileiro pôde se aperfeiçoar no piano e órgão com grandes mestres alemães, franceses, austríacos e noruegueses. Dois dos nomes mais influentes em seu legado são o já citado Johannes Brahms, a quem Nepomuceno pôde assistir em concertos na capital austríaca, e Edvard Grieg, representante máximo do nacionalismo romântico nórdico, que reavivou os interesses do músico cearense pelos estudos folclóricos.

 

Sobre a Série Brasileira

 

Alberto Nepomuceno (Fortaleza, Brasil, 1864 &ndash Rio De Janeiro, Brasil, 1920) e a Série Brasileira (1891)

Em 1897 Alberto Nepomuceno apresentou, em primeira audição no Brasil, a Sinfonia em sol menor e a Série Brasileira. As peças sinalizavam dois aspectos primordiais de sua produção: a Sinfonia refletia a maestria técnica adquirida pelo compositor em longos anos de aprendizado europeu. Já a Série tornou-se um marco inicial para a orientação nacionalista da música brasileira &ndash no Batuque final a percussão inclui um reco-reco, o que enfureceu a crítica mais ortodoxa da época. Aos 24 anos, Nepomuceno mudou-se para a Europa. Em Roma, no Liceu Musical Santa Cecília, estudou piano com Giovanni Sgambati e harmonia com Cesare de Sanctis. Ainda aperfeiçoou-se na Alemanha, Áustria e Noruega &ndash foi amigo muito próximo de Grieg. A Série Brasileira, em quatro partes, foi escrita em Berlim, aos 27 anos. A primeira parte, Alvorada na serra, inicia-se com o tema folclórico Sapo Cururu e, na parte central, apresenta um solo de harpa. A segunda, Intermédio, é a orquestração do Allegretto do Quarteto nº 3 do compositor, com vivacidade de um scherzo e o ritmo do maxixe. A terceira parte, Sesta na rede, verdadeiro acalanto cearense, faz contraste com as partes rítmicas de toda a obra, que termina com o polêmico Batuque.

 

Sobre o Concerto Latino

 

Gabriela Montero (Caracas, Venezuela, 1970) e o Concerto Latino (2016)

Conhecida principalmente por sua brilhante carreira como intérprete e por reinserir e promover a prática da improvisação no ambiente da música de concerto, a venezuelana Gabriela Montero entende ser esta prática uma forma única de se conectar com seu público e de permitir que ele também se conecte com ela. Para Gabriela, a improvisação é &ldquoa mais pura forma de criatividade musical&rdquo, mas ela tem consciência de que a interpretação e a composição também são elementos inseparáveis de seu fazer musical. A artista oficializou sua carreira como compositora em 2011, quando estreou Ex Patria, poema sinfônico para piano e orquestra em que expressa seu desconforto diante da atual situação política de seu país natal. Já seu Concerto Latino foi estreado em 20 de março de 2016, na Gewandhaus, em Leipzig, pela Orquestra Sinfônica MDR regida por Kristjan Järvi, tendo a compositora como solista. A obra é uma homenagem ao espírito latino-americano e, em especial, às singularidades musicais caribenhas. O Concerto apresenta um exuberante primeiro movimento que explora elementos de conga e de son, um estilo de canto e dança originário de Cuba. Seu segundo movimento dá vazão às livre associações entre o repertório musical europeu e elementos líricos da cultura popular latino-americana. O movimento final faz ouvir com energia elementos tradicionais do joropo, gênero musical e de dança característico da cultura llanera que floresceu na bacia do rio Orinoco.

 

 

Maestro Fabio Mechetti

 

Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008, Fabio Mechetti posicionou a orquestra mineira no cenário mundial da música erudita. Além dos prêmios conquistados, levou a Filarmônica a quinze capitais brasileiras, a uma turnê pela Argentina e Uruguai e realizou a gravação de oito álbuns, sendo três para o selo internacional Naxos. Natural de São Paulo, Mechetti serviu recentemente como Regente Principal da Filarmônica da Malásia, tornando-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática.

 

Nos Estados Unidos, Mechetti esteve quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville e, atualmente, é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular das sinfônicas de Syracuse e de Spokane, da qual hoje é seu Regente Emérito. Regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington, com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio. Da Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Sinfônica de Nova Jersey. Continua dirigindo inúmeras orquestras norte-americanas e é convidado frequente dos festivais de verão norte-americanos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

 

Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmem, Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème, Madame Butterfly, O barbeiro de Sevilha, La Traviata e Otello.

 

Suas apresentações se estendem ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca, Escandinávia, Escócia, Espanha, Finlândia, Itália, Japão, México, Nova Zelândia, Suécia e Venezuela. No Brasil, regeu todas as importantes orquestras brasileiras.

 

Fabio Mechetti é Mestre em Regência e em Composição pela Juilliard School de Nova York e vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, da Dinamarca.

 

 

Gabriela Montero, piano

 

Com suas interpretações visionárias e dom único para a improvisação, a pianista venezuelana Gabriela é celebrada em todo o mundo. Já se apresentou com muitas orquestras de renome internacional, como as filarmônicas de Los Angeles e Nova York as sinfônicas de Viena, Sydney e Chicago a Gewandhaus de Leipzig e as orquestras de Cleveland e Philharmonia. Colaborou com os maestros Claudio Abbado, Sir Roger Norrington, Andrés Orozco-Estrada, Yannick Nézet-Séguin, Vassily Petrenko, entre outros. Com uma carreira de intérprete consagrada, estreou na composição em 2011. É vencedora do Grammy Latino e, com o álbum Bach and Beyond, esteve em primeiro lugar na Billboard Classical por vários meses e foi nomeada ao Grammy 2008. Firme defensora dos direitos humanos, Gabriela foi recentemente nomeada cônsul honorária pela Anistia Internacional. Esta é a segunda vez que Gabriela Montero é solista com a Orquestra Filarmônica. Em 2016 em se apresentou na Sala Minas Gerais sob regência do maestro Fabio Mechetti.

 

Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

 

Criada pelo Governo do Estado e gerida pela sociedade civil, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais fez seu primeiro concerto em 2008, há dez anos. Diante de seu compromisso de ser uma orquestra de excelência, cujo planejamento envolve concertos de série, programas educacionais, circulação e produção de conteúdos para a disseminação do repertório sinfônico brasileiro e universal, a Filarmônica chega a 2018 como um dos mais bem-sucedidos programas continuados no campo da música erudita, tanto em Minas Gerais como no Brasil. Reconhecida com prêmios culturais e de desenvolvimento econômico, a nossa Orquestra, como é carinhosamente chamada pelo público, inicia sua segunda década com a mesma capacidade inaugural de sonhar, de projetar e executar programas valiosos para a comunidade e sua conexão com o mundo.

 

Números da Filarmônica de Minas Gerais em 10 anos (até dezembro de 2017)

950 mil espectadores 

731 concertos realizados

975 obras interpretadas

102 concertos em turnês estaduais   

38 concertos em turnês nacionais

5 concertos em turnê internacional

90 músicos

527 notas de programa publicadas no site

164 webfilmes (13 com audiodescrição)

1 coleção com 3 livros e 1 DVD sobre o universo orquestral

4 exposições itinerantes e multimeios sobre música clássica

3 CDs pelo selo internacional Naxos (Villa-Lobos)

1 CD pelo selo nacional Sesc (Guarnieri e Nepomuceno) 

3 CDs independentes (Brahms&List, Villa-lobos e Schubert)

1 trilha para balé com o Grupo Corpo

1 adaptação de Pedro e o Lobo, de Prokofiev, para orquestra e bonecos com o Grupo Giramundo

 

SERVIÇO

 

Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

 

Série Presto

5 de abril &ndash 20h30

Sala Minas Gerais

 

Série Veloce

6 de abril &ndash 20h30

Sala Minas Gerais

 

Fabio Mechetti, regente

Gabriela Montero, piano

 

NEPOMUCENO       Sinfonia em sol menor

NEPOMUCENO      Série Brasileira

MONTERO             Concerto Latino

 

Ingressos: R$ 44 (Coro) R$ 50 (Balcão Palco) R$ 50 (Mezanino), R$ 68 (Balcão Lateral), R$ 92 (Plateia Central) e R$ 116 (Balcão Principal).

 

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

 

Ingressos  para o setor Coro serão comercializados somente após a venda dos demais setores. 

 

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

 

Funcionamento da bilheteria:

Sala Minas Gerais &ndash Rua Tenente Brito Melo, 1090 &ndash Bairro Barro Preto

De terça-feira a sexta-feira, das 12h às 20h.

Aos sábados, das 12h às 18h.

Em quintas e sextas de concerto, das 12h às 22h

Em sábados de concerto, das 12h às 21h.

Em domingos de concerto, das 9h às 13h.

 

São aceitos cartões com as bandeiras Amex, Aura, Redecard, Diners, Elo, Hipercard, Mastercard, Redeshop, Visa e Visa Electron.

https://www.filarmonica.art.br/

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