Saiba como é o remake de 'Robocop' dirigido por José Padilha, que estreia em 21 de fevereiro no Brasil

Cineasta brasileiro conduz nova versão do policial robô, em superprodução estrelada por Alex Murphy

por AFP 07/02/2014 19:07

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Sony Pictures/Divulgação
Alex Murphy interpreta policial transformado em supermáquina na versão de José Padilha (foto: Sony Pictures/Divulgação)
O diretor José Padilha, aclamado com o filme 'Tropa de Elite', explora no remake do cult dos anos 80 'Robocop' preocupações existenciais e políticas próprias da atualidade, como o lugar dos drones na sociedade civil. O filme, que já estreou em algumas regiões do mercado asiático com arrecadação de 5,5 milhões de dólares, chega aos cinemas dos Estados Unidos em 12 de fevereiro e estreia no Brasil no dia 21.

A ação começa em Detroit no ano de 2028, com um programa de televisão do apresentador de ultradireita Pat Novak (Samuel L. Jackson), um aliado da OmniCorp, a megacorporação comandada por Raymond Sellars (Michael Keaton) que fabrica robôs-soldados.

Ao contrário do filme original de Paul Verhoeven, de 1987, nesta versão o exército americano já utiliza os robôs da OmniCorp nos combates no Oriente Médio - apesar dos resultados colaterais às vezes indesejáveis -, mas o uso civil das máquinas está proibido nos "robofóbicos" Estados Unidos, em uma referência evidente à discussão atual sobre os drones.

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''Estamos perto do momento em que os robôs substituirão os soldados. Já observamos drones no exterior'', opinou o brasileiro José Padilha no lançamento de 'Robocop' (foto: Sony Pictures/Divulgação)
Para satisfazer as inquietações do povo americano, Sellars encomenda a Dennett Norton (Gary Oldman), um cientista eticamente ambíguo, a produção de um policial com a precisão de um robô e as emoções de um ser humano: o resultado é o oficial Alex Murphy (Joel Kinnaman), gravemente ferido e que tem a cabeça amputada e transplantada a um androide.

Robôs na vida real: uma decisão em breve
"Estamos perto do momento em que os robôs substituirão os soldados. Já observamos drones no exterior", disse Padilha à imprensa em Beverly Hills. "Em breve, todos os países terão que decidir se permitirão o uso de robôs nas agências de segurança. Será necessário legislar sobre o que será permitido e o que não será. Vai acontecer", completou o cineasta carioca de 46 anos, que dirige o primeiro filme nos Estados Unidos.

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Samuel L. Jackson dá vida a Pat Novak, um dos vilões de 'Robocop' (foto: Sony Pictures/Divulgação)
"Ambientamos o filme em um momento no qual os Estados Unidos já decidiram que não permitirão robôs policiais. E como a corporação quer vender seus robôs deve buscar uma maneira de evitar a lei (...) e colocar um homem dentro da máquina". Em contraste com a versão de Verhoeven, o novo "Robocop" desperta com as memórias e emoções intactas. O objetivo é lutar para proteger a pouca humanidade que lhe resta e que esbarra no caminho de seu "dono", o imoral CEO da OmniCorp.

Kinnaman, um ator sueco de 34 anos e conhecido pelo papel do policial Stephen Holder na série 'The killing', afirmou que atuar com o asfixiante traje de Robocop possibilitou ferramentas para encontrar o personagem. "Era extremamente incômodo. Me fazia suar como um porco. Depois de 20 minutos queria retirar o traje", disse. "Mas virou a semente que levou minha imaginação a entender a vulnerabilidade de Alex Murphy", completou o ator.

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Murphy revela detalhes do figurino: ''Era extremamente incômodo. Me fazia suar como um porco'' (foto: Sony Pictures/Divulgação)
"O corpo dele é poderoso, mas ele fica muito incomodado. O traje que deveria ter feito com que me sentisse poderoso, no fim me deixava vulnerável". A vulnerabilidade termina despertando a simpatia de seu criador, o doutor Norton, que tem com Robocop "uma relação similar a de Frankenstein e seu monstro", afirmou Oldman. "O monstro e o cientista desenvolvem um vínculo de pai e filho", disse o ator britânico, responsável por grande parte da carga emocional do filme.

Com menos cenas de ação do que os fãs do gênero estão acostumados, 'Robocop' já começou a receber elogios. O crítico Guy Lodge, da revista Variety, destacou: "Este remake é mais inteligente do que se esperava e repara boa parte do dano que o justiceiro de punho de aços sofreu por das estúpidas sequências e spin-offs".

 

Confira o trailer do novo 'Robocop':

 

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