O Brasil está vivendo uma revolução silenciosa nas ruas. Os carros elétricos deixaram de ser novidade para se tornar realidade no dia a dia de muita gente. O que mais chama atenção não é só o fato de não poluírem, mas a economia que proporcionam no bolso dos donos.
O aumento dos preços dos combustíveis fez muita gente repensar a forma de se locomover. Junto com a preocupação ambiental que cresce a cada dia, os carros elétricos ganharam espaço como nunca antes. Os incentivos do governo e a expansão dos pontos de recarga também ajudaram muito nessa mudança. Um detalhe interessante é que a economia desses carros é medida de forma diferente. Em vez de quilômetros por litro, eles usam megajoules por quilômetro (MJ/km). Quanto menor esse número, mais econômico é o carro. É uma matemática simples que faz toda a diferença no final do mês.
Quais são os carros elétricos mais econômicos do Brasil?

De acordo com um estudo recente do Inmetro e da Conpet, o BYD Dolphin Mini GS é atualmente o carro elétrico mais econômico do Brasil, com um consumo energético de apenas 0,41 MJ/km. Em seguida, vem o BYD Dolphin GS, com 0,42 MJ/km. Outro modelo que se destaca é o NETA AYA, com um consumo de 0,43 MJ/km. Esses veículos representam o que há de mais avançado em termos de eficiência energética no mercado brasileiro.
O estudo analisou 141 modelos, incluindo veículos elétricos, híbridos e plug-in, mas o foco aqui está nos totalmente elétricos. A eficiência desses modelos não só contribui para a economia dos consumidores, mas também para a redução da pegada de carbono, um fator cada vez mais importante para muitos compradores.
Quem são os campeões de economia no Brasil?
O BYD Dolphin Mini assumiu a liderança como o carro elétrico mais econômico do país. Com apenas 0,41 MJ/km, ele consegue um desempenho impressionante: até 58,6 km por litro equivalente na cidade. É um número que deixa qualquer dono de carro a combustão com inveja.
Logo atrás vem o BYD Dolphin tradicional, com 0,42 MJ/km. Ambos os modelos da marca chinesa dominam o ranking de eficiência. Mas a disputa não para por aí. O Hyundai Kona EV também aparece forte na lista, oferecendo 0,44 MJ/km e uma autonomia de 252 km por carga.
O Renault Kwid E-Tech merece destaque especial por ser um dos mais acessíveis do mercado. Mesmo com 0,44 MJ/km – igual ao Hyundai -, sua autonomia de 185 km o torna uma opção interessante para quem quer entrar no mundo elétrico sem gastar muito.
Como a eficiência influencia na prática do dia a dia?
A eficiência energética e a autonomia andam juntas, mas não são a mesma coisa. Um carro pode ser muito eficiente e ter pouca autonomia se a bateria for pequena. É como ter um carro que bebe pouco, mas com tanque pequeno – você vai parar menos no posto, mas vai parar mais vezes.
O BYD Dolphin Mini, por exemplo, combina eficiência alta com autonomia de 280 km. Para a maioria das pessoas que fazem trajetos urbanos, isso é mais que suficiente. Já o Hyundai Kona EV compensa sua eficiência um pouco menor com 252 km de autonomia.
Outro fator que conta muito é o design aerodinâmico e o peso do carro. Veículos mais leves e com melhor aerodinâmica conseguem ir mais longe com a mesma carga. É por isso que muitos carros elétricos têm aquelas linhas futuristas – não é só por beleza.
Qual é a tendência para os próximos anos?
O mercado brasileiro de carros elétricos está apenas começando a mostrar seu potencial. Com mais fabricantes chegando e a competição aumentando, os preços tendem a ficar mais acessíveis. Isso é uma boa notícia para quem ainda está em dúvida.
A infraestrutura de recarga está se expandindo rapidamente. Cada vez mais shoppings, postos de gasolina e até prédios residenciais estão instalando pontos de recarga. Isso resolve um dos maiores medos de quem pensa em comprar um carro elétrico: ficar na mão.