As motos elétricas que não precisam de CNH viraram uma das maiores descobertas para quem quer liberdade sobre duas rodas sem burocracia. Com o trânsito caótico das cidades e os preços da gasolina nas alturas, essa categoria de veículos tem conquistado cada vez mais brasileiros. A legislação permite que alguns modelos circulem livremente, mas é preciso entender as regras para não cair numa roubada. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, o veículo precisa se equiparar a uma bicicleta convencional – ter potência máxima de 350W e velocidade limitada a 25 km/h. Nessas condições, você não precisa de habilitação, registro nem licenciamento para circular.
Quais são os modelos mais procurados do mercado?
A Caloi Mobylette lidera as vendas como uma releitura elétrica de um clássico brasileiro. Com design retrô aliado à tecnologia moderna, ela tem motor de 350W e bateria de íon-lítio de 36V, chegando até 30 km de autonomia e velocidade máxima de 25 km/h. É aquela nostalgia boa que funciona de verdade. O nome já traz memórias afetivas para quem viveu os anos 80 e 90, mas agora com zero emissão e economia total.
A Bee S1 chega com visual de scooter moderno, equipada com motor de 350 watts, alcança 32 km/h, mas pode ser limitada para se enquadrar na lei, oferecendo autonomia de até 60 km. É perfeita para quem precisa de mais alcance no dia a dia. A Zero Luna possui design moderno voltado para o público jovem, com motor de 350W e autonomia de até 40 km por carga. Ela combina estilo despojado com praticidade urbana que os jovens adoram.

Como funciona a legislação para esses veículos?
Para que a moto não precise de CNH, ela deve ser classificada como equipamento de mobilidade individual autopropelido, com motor de propulsão com potência máxima de até 1000W, velocidade não superior a 32 km/h, largura não superior a 70 cm e distância entre eixos de até 130 cm. Parece complicado, mas basicamente são regras para manter o veículo na categoria de “bicicleta turbinada”. Nessas condições, o condutor não precisa de habilitação, registro nem licenciamento para circular.
Existe um porém importante: os proprietários de ciclomotores que ainda não estão registrados têm até o final de 2025 para regularizar a situação. Após esse prazo, será necessário habilitação categoria A ou Autorização para Conduzir Ciclomotores. É bom ficar ligado nessa mudança que vem por aí. A festa pode acabar para quem não se organizar a tempo.
Quais modelos oferecem melhor custo-benefício?
A Tailg Dyfly se inspira na clássica Honda Dream, trazendo um ar sofisticado com motor de 350 watts, autonomia média de 45 km e velocidade limitada a 25 km/h. Tem aquele charme retrô que atrai olhares por onde passa. A X1 oferece um preço inicial de R$ 6.000, sendo leve e fácil de manusear, com autonomia de até 60 km por carga. É uma das opções mais em conta do mercado.
A Loop K1 é ideal para quem precisa de mobilidade sem ocupar espaço. Dobrável e leve, suporta até 120 kg, tem motor de 350 watts, alcança 25 km/h e bateria com cerca de 40 km de autonomia. Perfeita para guardar no apartamento ou levar no elevador. A EcoRide 200 custa R$ 7.500 e combina desempenho com economia, oferecendo autonomia de 80 km e velocidade máxima de 60 km/h.
Onde posso usar essas motos sem problemas?
Embora não exijam CNH, esses veículos devem seguir regras de segurança e não estão liberados para circulação em rodovias. Pode esquecer aquela viagem para o litoral no fim de semana. São veículos feitos para o uso urbano, trajetos curtos e mobilidade no dia a dia. As bicicletas elétricas podem usar ciclovias e ciclofaixas, ampliando as possibilidades de mobilidade urbana sem necessidade de habilitação.
É fundamental usar equipamentos de segurança adequados, mesmo que a lei não obrigue tanto quanto para motos convencionais. Capacete, joelheiras e cotovelos protegidos podem fazer toda a diferença numa queda. Lembre-se de que você vai dividir espaço com carros, motos e pedestres, então a prudência nunca é demais.
Vale a pena investir nessa tecnologia?
As motos elétricas que dispensam CNH estão se tornando cada vez mais populares no Brasil, refletindo o desejo por mobilidade mais prática e econômica, sendo vistas como solução eficiente para driblar o trânsito intenso e os altos preços dos combustíveis. A matemática é simples: zero gasto com combustível, manutenção mínima e liberdade total para ir e vir.
É importante verificar se o modelo realmente atende às exigências legais, pois algumas versões podem parecer com motos tradicionais, mas ultrapassam os limites de potência e velocidade, exigindo documentação e habilitação. Antes de comprar, confirme todas as especificações técnicas. A economia pode virar dor de cabeça se você escolher o modelo errado e descobrir que precisa de CNH depois de já ter comprado.