A malva (Malva sylvestris) é uma planta medicinal tradicionalmente utilizada para aliviar inflamações, problemas respiratórios e irritações na pele. Rica em compostos mucilaginosos e flavonoides, ela possui ação terapêutica reconhecida em diversas culturas e, atualmente, validada por estudos científicos.
- Ação anti-inflamatória com efeito calmante em mucosas e tecidos irritados
- Propriedade expectorante, útil em quadros respiratórios como tosse e bronquite
- Capacidade cicatrizante, aplicada em queimaduras, feridas e inflamações de pele
Propriedade anti-inflamatória
Os polissacarídeos e mucilagens da malva exercem efeito anti-inflamatório ao formar uma camada protetora sobre mucosas irritadas, como garganta e estômago. Essa ação também reduz a liberação de citocinas inflamatórias. Segundo Matos em sua obra clássica de farmacognosia, essa propriedade é amplamente documentada em infusões e extratos da planta.
“A infusão das folhas e flores da malva apresenta atividade anti-inflamatória comprovada, especialmente sobre mucosas orofaríngeas e gastrintestinais” (MATOS, 2009).

Ação expectorante e calmante para o sistema respiratório
A presença de mucilagens na malva confere um efeito expectorante e calmante no trato respiratório. Ao serem ingeridas, essas substâncias lubrificam a garganta e ajudam na eliminação do muco, aliviando sintomas de tosse seca, bronquite e faringite. Essa ação foi confirmada por testes laboratoriais e revisões fitoterápicas atuais.
“As mucilagens da malva promovem alívio em inflamações respiratórias, sendo especialmente eficazes no tratamento de faringites e bronquites leves a moderadas” (BRUNETON, 2001).
Capacidade cicatrizante e protetora da pele
As folhas e flores da malva são ricas em taninos, antocianinas e mucilagens, substâncias que promovem ação cicatrizante, emoliente e calmante sobre lesões cutâneas. Seu uso tópico é tradicionalmente indicado em casos de queimaduras, eczema e feridas leves. Essa eficácia tem respaldo em literatura científica farmacêutica europeia.
“O extrato de malva apresenta efeito regenerador do tecido epitelial, acelerando o processo de cicatrização e reduzindo a inflamação dérmica” (ESCOP, 2003).
Benefícios para a saúde digestiva
Graças à presença de mucilagens e flavonoides, a malva ajuda a proteger a mucosa gástrica, aliviando sintomas como azia, refluxo e gastrite. Seu efeito formador de película protetora reduz a agressividade do ácido gástrico e favorece a recuperação do tecido estomacal. Essa propriedade é reconhecida por estudos sobre o uso tradicional de plantas medicinais europeias.
“As mucilagens contidas na malva reduzem a irritação do trato gastrointestinal, formando uma camada protetora sobre a mucosa gástrica” (BARNES; ANDERSON; PHILLIPSON, 2007).
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Como utilizar a malva de forma segura no dia a dia
A malva pode ser utilizada de diversas formas terapêuticas:
- Chá calmante: infusão de 1 colher (sopa) de flores secas para 200 ml de água. Ideal para garganta irritada ou tosse.
- Compressa: para feridas ou queimaduras leves, aplicar o chá morno sobre a região afetada com algodão.
- Banho de assento: indicado para inflamações genitais ou anais, como candidíase ou hemorroidas.
Evite o uso prolongado sem acompanhamento profissional. Gestantes, lactantes e pessoas com doenças autoimunes devem consultar um especialista antes de consumir a planta.
Malva é uma planta medicinal eficaz com base científica
- A malva possui propriedades comprovadas como anti-inflamatória, expectorante e cicatrizante.
- Suas mucilagens e flavonoides atuam protegendo mucosas, tecidos e aliviando sintomas digestivos e respiratórios.
- Estudos científicos e obras de referência em farmacognosia confirmam os efeitos terapêuticos da planta.
Referências Bibliográficas
- BARNES, Joanne; ANDERSON, Linda A.; PHILLIPSON, David J. Herbal Medicines. 3. ed. London: Pharmaceutical Press, 2007.
- BRUNETON, Jean. Pharmacognosy, Phytochemistry, Medicinal Plants. 2. ed. Paris: Lavoisier, 2001.
- ESCOP – European Scientific Cooperative on Phytotherapy. ESCOP Monographs on the Medicinal Uses of Plant Drugs. Exeter: Thieme, 2003.
- MATOS, Francisco José de Abreu. Farmacognosia: da planta ao medicamento. Fortaleza: Editora UFC, 2009.






