“Um Filme Minecraft” estreou no Brasil em 3 de abril de 2025 e desde então vem fazendo um sucesso estrondoso. A produção da Warner Bros. trouxe para as telas uma das adaptações de jogos mais esperadas dos últimos tempos. Com direção de Jared Hess, conhecido por “Napoleon Dynamite”, o filme conseguiu capturar parte da magia do jogo que conquistou gerações.
O filme arrecadou mais de US$ 300 milhões mundialmente em sua estreia, sendo US$ 167 milhões só nos Estados Unidos, superando todas as expectativas. No Brasil, que é o segundo país com maior acesso ao minecraft.net, atrás apenas dos Estados Unidos, a recepção foi igualmente calorosa. A história segue quatro pessoas comuns que acabam presas no mundo cúbico do Minecraft e precisam aprender a sobreviver.
Por que o filme chamou tanta atenção?
O elenco principal conta com Jason Momoa como Garrett “The Garbage Man” Garrison e Jack Black como Steve, o construtor icônico do jogo. A química entre os dois atores funciona muito bem na tela, com Momoa fazendo um de seus papéis mais comédia até hoje e Black sendo basicamente ele mesmo, o que de certa forma funciona perfeitamente para o personagem.
A produção investiu pesado nos efeitos visuais para recriar o mundo blocado característico do jogo. Embora alguns críticos tenham apontado problemas na integração entre os atores reais e o mundo digital, lembrando filmes como “Spy Kids”, a maioria do público parece ter aceitado bem essa escolha estética. As criaturas do jogo, como Piglins e Zumbis, ganharam vida com texturas impressionantes.
O que funciona e o que não funciona no filme?
A grande força do filme está em não se levar muito a sério. Jared Hess trouxe seu estilo de humor absurdo que funcionou muito bem com o universo maluco do Minecraft. O filme abraça completamente sua própria loucura, o que o torna divertido para quem vai ao cinema sem grandes expectativas dramáticas.
Por outro lado, alguns personagens ficaram meio perdidos na história. Emma Myers, Sebastian Hansen e Danielle Brooks fazem parte do grupo principal, mas seus arcos narrativos não são tão desenvolvidos quanto poderiam ser. Jennifer Coolidge também aparece no elenco, mas com participação limitada que não aproveita todo seu potencial cômico.
Como o público brasileiro recebeu a adaptação?

O Brasil tem uma relação especial com Minecraft. Dados de 2023 mostram que o jogo mantinha 141 milhões de jogadores ativos mensalmente, e uma boa parte desse público está no país. Por isso, não é surpresa que o filme tenha encontrado aqui uma audiência receptiva e entusiasmada.
As sessões nos cinemas brasileiros têm registrado cenas de euforia, com crianças e jovens reagindo com entusiasmo às referências do jogo. É o tipo de experiência comunitária que o cinema proporciona e que as redes sociais, por mais populares que sejam, não conseguem replicar. Ver Steve construindo ou enfrentando um Creeper na tela grande gera uma empolgação que só quem joga entende completamente.
Qual o futuro das adaptações de jogos no cinema?
“Um Filme Minecraft” se junta ao sucesso de outras adaptações recentes como “Super Mario Bros.: O Filme” e os filmes do “Sonic”, mostrando que Hollywood finalmente descobriu a fórmula para adaptar jogos sem desapontar completamente os fãs. O segredo parece estar em respeitar o material original sem tentar ser mais sério do que precisa.
A geração que cresceu jogando videogames agora é adulta e tem poder de compra, além de levar seus filhos ao cinema. Isso cria um público potencial gigantesco para esse tipo de produção. “Um Filme Minecraft” prova que quando você faz um filme pensando no público atual, e não no que os executivos acham que o público quer, o resultado pode ser surpreendente.