A nova regra do Pix passou a rastrear múltiplas contas envolvidas em golpes e promete ampliar as devoluções. A mudança reforça a segurança e facilita recuperar valores desviados.
Com o MED 2.0, o BC amplia o monitoramento e permite seguir o trajeto do dinheiro por até cinco níveis de transferência.
Como funciona o novo rastreamento do Pix e por que ele muda tudo?
O MED 2.0 permite que o Banco Central abra mais de uma solicitação de devolução e siga o dinheiro por diversas contas. Antes, o rastreio parava na primeira movimentação e limitava a recuperação.
A atualização corrige uma falha usada por quadrilhas, que pulverizavam valores rapidamente. Agora, a análise acompanha todos os caminhos dentro do limite técnico definido pelo BC.
Atenção: o retorno do dinheiro pode ocorrer em até 11 dias após a contestação, um prazo considerado curto diante da complexidade das investigações.
O que muda para o usuário do Pix com as novas etapas de análise?
A atualização cria mais camadas de segurança para quem sofreu fraude e quer tentar recuperar valores. As instituições passam a monitorar os níveis de transferência de forma contínua, trazendo maior rastreabilidade.
A seguir, você vê os pontos que representam a maior diferença para o usuário no dia a dia:
- Rastreamento por múltiplos níveis de transferência, com profundidade parametrizável conforme definido pelo prestador de serviço de pagamento (PSP).
- Possibilidade de múltiplos pedidos de devolução em uma mesma fraude.
- Processo totalmente digital, sem contato com a central de atendimento.
- Prazo máximo de 11 dias para retorno do pedido após a contestação.
Quais golpes ficam mais fáceis de detectar com o MED 2.0?
O novo sistema ajuda a identificar rapidamente golpes que envolvem divisão de valores, algo comum em fraudes digitais. Essa pulverização será acompanhada em cadeia, reduzindo brechas.
Logo abaixo você encontra os tipos de golpes em que o monitoramento ampliado faz mais diferença:
- Golpe da falsa central bancária.
- Golpe do investimento rápido e seguro.
- Fraudes com invasão de conta e desvio instantâneo.
- Transferências em cadeia para confundir o rastreio.
Quando a nova regra passa a ser obrigatória para todos os bancos?
O MED 2.0 iniciou como opcional em 23 de novembro de 2025 e o Banco Central determinou que se torne obrigatório a partir de 2 de fevereiro de 2026. Até lá, as instituições continuam na adaptação técnica.
Observe a seguir os pontos mais importantes sobre a obrigatoriedade:
- Regra já disponível, mas ainda opcional para as instituições (desde 23 de novembro de 2025).
- Obrigatoriedade total a partir de 2 de fevereiro de 2026.
- Botão de contestação digital (autoatendimento do MED) disponível desde 1º de outubro de 2025. Rastreamento ampliado do MED 2.0 (processamento com múltiplos níveis) iniciado em 23 de novembro de 2025.
- Aplicativos passam a concentrar toda a contestação de forma autônoma.
O MED 2.0 vale para qualquer problema ou só para golpes?
O MED continua restrito a fraudes comprovadas ou erros operacionais produzidos pela instituição financeira, preservando seu objetivo original. Não serve para disputas comerciais ou erros do usuário ao digitar uma chave.
A lista abaixo mostra quando o mecanismo realmente pode ser usado:
- Fraudes em que o dinheiro é desviado sem autorização.
- Erros técnicos causados pelo banco durante uma operação.
- Golpes com falsas solicitações de transferência.
- Casos com evidência documental enviada pelo cliente.





