A Receita Federal chamou atenção para um novo golpe que envolve pedidos falsos de pagamento via PIX e QR Code, utilizando documentos de arrecadação (DARF ou DAS). Criminosos estão se passando por servidores públicos para induzir contribuintes a transferir dinheiro para contas de terceiros, causando prejuízo financeiro imediato.
O esquema utiliza documentos de arrecadação (DARF ou DAS) verdadeiros, mas emitidos para terceiros, gerando prejuízo imediato para quem realiza a operação sem verificar se o documento está vinculado ao seu próprio CPF ou CNPJ.
Como funciona o golpe que usa cobranças falsas
O golpe financeiro começa com uma ligação ou mensagem em que o criminoso afirma representar um órgão oficial, frequentemente a Receita Federal. Ele solicita pagamentos “urgentes” usando justificativas técnicas para ganhar confiança.
Em muitas situações, o QR Code direciona ao pagamento de um DARF ou DAS real vinculado a outro contribuinte, o que faz a vítima acreditar que o processo é legítimo. Este é o ponto crítico do golpe: a documentação é verdadeira, mas o beneficiário não é a Receita Federal e sim um terceiro.
Atenção: nenhum órgão público, especialmente a Receita Federal, solicita pagamentos por telefone, SMS, WhatsApp ou redes sociais. A Receita Federal nunca solicita pagamentos via PIX ou QR Code. Qualquer cobrança precisa ser gerada exclusivamente pela plataforma oficial do governo no endereço www.gov.br/receitafederal, e você deve consultá-la manualmente sem clicar em links enviados.
Quais sinais ajudam a identificar esse tipo de fraude?
Identificar um golpe por PIX é mais fácil quando você observa padrões usados repetidamente pelos criminosos. Confira na lista abaixo pistas comuns que indicam tentativa de fraude:
- Pedidos de pagamento imediato via PIX ou QR Code, sem que você tenha acessado o portal oficial para gerar ou consultar a cobrança.
- Ligações que pressionam a vítima a agir “antes do sistema expirar.
- QR Codes enviados por mensagem, sem explicação técnica válida.
- Nomes de órgãos públicos citados sem qualquer comprovação ou protocolo.

Como se proteger e evitar prejuízos nas transações?
A melhor defesa contra fraudes eletrônicas é desconfiar sempre que alguém diz que o procedimento é urgente e só pode ser finalizado após um pagamento via PIX ou QR Code.
Uma boa prática é interromper o contato imediatamente, buscar os canais oficiais pelos meios tradicionais (ligando ou acessando o site diretamente), e não utilizar links ou dados fornecidos pelo contato suspeito. Garantir que a informação não veio de alguém tentando obter vantagem financeira deve ser sua prioridade.
Dica rápida: se o número não aparece no site oficial do órgão, trate a solicitação como suspeita até que seja confirmada.
Por que conferir a autenticidade de DARF e DAS é essencial?
A emissão correta de um documento de arrecadação deve sempre ocorrer pelo portal oficial do governo. Gerar o documento fora desses meios abre brecha para golpes.
Mesmo quando o QR Code leva a um documento verdadeiro, ele pode estar vinculado ao CPF de terceiros, tornando a operação completamente irregular.
Veja abaixo ações simples que ajudam a garantir autenticidade antes do pagamento:
- Conferir se o código do documento corresponde ao seu CPF ou CNPJ.
- Usar apenas plataformas oficiais para emissão de cobranças.
- Validar qualquer orientação em canais reconhecidos do governo.
- Evitar pagar documentos que chegaram por mensagem sem solicitação prévia.
Para evitar prejuízos, sempre confirme a origem das cobranças e desconfie de qualquer contato não solicitado.





