Os vícios de linguagem fazem parte do nosso dia a dia e muitas vezes passam despercebidos. Eles podem surgir da repetição, do hábito ou até da insegurança ao falar.
Compreender por que usamos essas expressões e como corrigi-las é o primeiro passo para melhorar a comunicação e transmitir mensagens com mais clareza. Segundo especialistas, os hábitos linguísticos são, em sua maioria, causadas pelo contexto social.
“Grande parte dos hábitos linguísticos é formada por repetição inconsciente em contextos sociais previsíveis” — afirma Wendy Wood, professora de psicologia e autora de Good Habits, Bad Habits.
Por que repetimos expressões sem perceber?
Repetir expressões como “tipo assim” ou “entendeu?” é comum quando falamos rápido ou pensamos enquanto falamos. Esses vícios servem como pausas inconscientes para organizar o raciocínio.
Além disso, eles podem refletir o ambiente linguístico — ouvimos e reproduzimos padrões de fala sem notar. Esse comportamento é automático e reforçado pela convivência social.

Ambiente comunicativo e a influência dos grupos
O modo como falamos é moldado pelo meio em que vivemos. A convivência com familiares, colegas e redes sociais influencia o tipo de linguagem que adotamos.
- Expressões populares se espalham rapidamente entre grupos
- A repetição constante cria familiaridade e aceitação
- Ambientes informais reforçam o uso de vícios de linguagem
Entender essa influência é essencial para reconhecer quando estamos apenas imitando o grupo e quando estamos realmente nos expressando.
Autoconfiança e clareza: o papel da segurança ao falar
Insegurança e falta de preparo ao se comunicar também geram vícios. Palavras como “né” ou “então” preenchem silêncios que muitas vezes poderiam ser usados para pensar.
- A insegurança leva à busca por validação constante
- Pausas são substituídas por expressões repetitivas
- Falar devagar e com intenção reduz o uso desses vícios
Trabalhar a autoconfiança é uma das estratégias mais eficazes para evitar repetições desnecessárias e transmitir autoridade na fala.
Educação linguística e prática consciente aprimoram a fala
Treinar o ouvido e a atenção ajuda a identificar vícios de linguagem e substituí-los por expressões mais precisas. A prática consciente é um processo gradual.
- Gravar e ouvir a própria fala ajuda a perceber padrões
- Ler em voz alta amplia o vocabulário e reduz repetições
- Buscar feedback de outras pessoas aprimora a percepção
A educação linguística promove a consciência sobre o que é dito, tornando a comunicação mais clara e eficaz. Especialistas explicam que reconhecer os próprios erros linguísticos é o primeiro passo para evitá-los.
“A consciência sobre os próprios padrões é o primeiro passo para transformá-los em escolhas intencionais” — explica Charles Duhigg, jornalista e autor de The Power of Habit.
Como desenvolver uma comunicação mais limpa e objetiva?
Evitar vícios de linguagem requer atenção contínua e prática deliberada. Pequenas mudanças diárias geram grandes resultados a longo prazo.
- Pratique pausas naturais em vez de preencher o silêncio
- Use sinônimos para variar o vocabulário
- Leia e ouça boas referências de comunicação
Com o tempo, o cérebro aprende a reconhecer e eliminar padrões automáticos, tornando a fala mais fluida e confiante.
Perguntas Frequentes
O que são vícios de linguagem?
São repetições ou expressões desnecessárias que comprometem a clareza da fala ou da escrita. Exemplos comuns incluem “tipo”, “né” e “entendeu?”.
Por que é tão difícil eliminar esses vícios?
Porque eles se tornam hábitos automáticos, reforçados pelo ambiente e pelo uso constante em conversas informais.
Como posso perceber meus próprios vícios de linguagem?
Grave sua fala ou peça para alguém observá-la. Identificar os padrões é o primeiro passo para substituí-los conscientemente por pausas ou palavras adequadas.
Melhorar a forma de se expressar é um processo contínuo. Quanto mais consciente for o uso das palavras, mais natural e eficaz será a comunicação.






