O prazo para pedir o ressarcimento de descontos indevidos do INSS termina em 14 de novembro. Mais de 3,5 milhões de beneficiários já recuperaram valores.
Se você é aposentado ou pensionista, ainda dá tempo de solicitar o valor que pode ter sido retirado indevidamente do seu benefício.
Prazo do INSS termina em 14 de novembro: o que isso significa
O ressarcimento do INSS está disponível para quem teve descontos indevidos em seus benefícios. Esse valor é fruto de acordos judiciais já homologados e conta com verba garantida para atender a todos os que tiveram esse direito reconhecido. Segundo o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, o prazo de 14 de novembro vale apenas para dar entrada no processo — ou seja, o pedido deve ser iniciado até essa data, mas o andamento do processo continuará normalmente depois disso.
Até o momento, R$ 2,44 bilhões já foram devolvidos a mais de 3,5 milhões de aposentados e pensionistas. Os recursos para o pagamento vêm de uma medida provisória assinada pelo presidente Lula, que liberou R$ 3,31 bilhões para esse fim. O governo afirma que o dinheiro já está em caixa e que ninguém ficará sem receber. O ministro reforçou que o foco é garantir que nenhum beneficiário sofra prejuízo por algo que não autorizou.
Como saber se você tem direito ao ressarcimento do INSS?
A verificação dos descontos indevidos pode ser feita no aplicativo ou site Meu INSS, procurando pelo extrato de descontos de entidades associativas, ou solicitando orientação diretamente a um atendente.
Esse extrato permite visualizar todos os descontos feitos por associações, sindicatos e entidades diversas no benefício. Caso o aposentado encontre algum valor que não reconhece, pode abrir o pedido de ressarcimento pelo próprio sistema digital, via Central 135 (ligação gratuita), ou nas agências dos Correios.
Para quem tem dificuldade com meios digitais, o atendimento presencial está disponível. Graças a uma parceria com os Correios, cerca de 34% dos atendimentos estão sendo feitos presencialmente, o que amplia o alcance da campanha e garante que mesmo os beneficiários com pouca familiaridade com tecnologia possam ter acesso ao processo.

Por que tantos aposentados foram descontados de forma errada?
O INSS identificou descontos indevidos causados por falhas na autorização de cobranças feitas por associações, sindicatos e entidades diversas, principalmente entre 2019 e 2024. O ressarcimento cobre especificamente descontos indevidos realizados entre março de 2020 e março de 2025, conforme prevê a lei com base na prescrição quinquenal. Muitas dessas cobranças foram lançadas sem o consentimento claro do beneficiário, o que gerou uma série de ações judiciais e reclamações formais. Em alguns casos, o aposentado sequer sabia que estava sendo cobrado por contribuições mensais a instituições que nunca teve contato.
Além disso, alguns contratos considerados válidos foram firmados com base em autorizações genéricas, o que gerou um vácuo jurídico. Para resolver essas distorções, o governo decidiu devolver os valores por meio de um mutirão de ressarcimento, com processo simplificado e rápido. Essa iniciativa visa reparar os prejuízos causados e reforçar a transparência nas relações entre os beneficiários e o INSS.
Qual o valor médio devolvido aos beneficiários?
O valor do ressarcimento depende de quanto foi descontado ao longo do tempo. A média por beneficiário fica em torno de R$ 600 a R$ 800, considerando o valor global já devolvido. Alguns casos excepcionais resultam em devoluções acima de R$ 2 mil — especialmente quando os descontos indevidos ocorreram por longos períodos. Na maioria dos casos, os valores devolvidos variam entre R$ 300 e R$ 800, especialmente quando o erro foi identificado e corrigido mais rapidamente.
- A devolução é corrigida pelo IPCA (indicador oficial da inflação do período de desconto).
- O pagamento é feito diretamente na conta usada para o benefício.
Importante lembrar que o valor é depositado diretamente na conta bancária onde o benefício é creditado, sem necessidade de nova solicitação após a aprovação. Por isso, vale a pena conferir com calma o histórico de pagamentos e buscar seu direito, mesmo que o valor pareça pequeno.
Reembolso do INSS: o que acontece após o pedido ser feito
Depois de iniciar o pedido de ressarcimento, o INSS analisa a documentação e verifica a procedência da solicitação. Se for comprovado que o desconto ocorreu sem autorização válida, o valor é liberado. O governo garantiu que não haverá fila represada, já que os recursos foram reservados exclusivamente para esse fim. Assim, a tramitação tende a ser mais rápida que o normal, principalmente para os pedidos realizados de forma digital e com documentação completa.
De acordo com o ministro Wolney Queiroz, a orientação do presidente Lula é para que ninguém fique para trás. Isso significa que todas as pessoas que iniciarem o processo dentro do prazo serão acompanhadas até a conclusão. O ressarcimento é um direito e o governo está comprometido em garantir o retorno desses valores a quem foi prejudicado, sem burocracia excessiva.
Vale a pena pedir o reembolso mesmo em valores baixos?
Sim. Mesmo que o valor do desconto pareça pequeno, ele é seu por direito e deve ser devolvido. Muitas vezes, o prejuízo mensal não chama atenção no extrato, mas ao longo do tempo representa perdas significativas. Além disso, pedir o ressarcimento ajuda o governo a mapear instituições que aplicaram cobranças abusivas, ajudando a evitar novos casos no futuro.
Essa é uma forma de exercer sua cidadania e proteger sua renda. Se você conhece alguém que é aposentado ou pensionista, avise sobre o prazo e incentive a fazer a verificação. A mobilização da sociedade é fundamental para que todos os direitos sejam respeitados e o sistema previdenciário se torne mais transparente e justo.
⚠️ Atenção: O INSS não envia mensagens por WhatsApp, e-mail, SMS ou links! Se receber mensagens do tipo dizendo para clicar em links ou informando valores a receber, ignore. Os únicos canais oficiais são o aplicativo/site Meu INSS, a Central 135 e as agências dos Correios. Não pague intermediários ou advogados particulares – o processo é gratuito.






