As ervas medicinais são amplamente utilizadas na fitoterapia para aliviar desconfortos gastrointestinais, incluindo digestão lenta e formação excessiva de gases. Espécies como hortelã-pimenta (Mentha piperita), erva-doce (Foeniculum vulgare) e gengibre (Zingiber officinale) destacam-se por seus efeitos carminativos, antiespasmódicos e digestivos comprovados cientificamente.
- Melhora da digestão e estímulo enzimático
- Redução da produção de gases e distensão abdominal
- Alívio de cólicas e desconfortos intestinais
Ação digestiva da hortelã-pimenta
O óleo essencial da hortelã-pimenta contém mentol e mentona, compostos que relaxam a musculatura lisa do trato gastrointestinal e estimulam a secreção biliar. Essa ação favorece a digestão e reduz a sensação de estufamento. De acordo com o farmacêutico Rodrigo Menezes, a hortelã-pimenta tem sido amplamente estudada por seu potencial digestivo e analgésico intestinal.
“O extrato de Mentha piperita mostrou-se eficaz no tratamento da dispepsia funcional, promovendo relaxamento do esfíncter esofágico inferior e alívio de sintomas de má digestão” (MENEZES, 2019).

Propriedades carminativas da erva-doce
A erva-doce é tradicionalmente usada como agente carminativo, atuando na redução da fermentação intestinal e na expulsão de gases acumulados. Seus compostos anetol e fenchona exercem ação antiespasmódica, prevenindo cólicas e desconfortos abdominais. Segundo a fitoterapeuta Maria Lúcia Andrade, o uso da erva-doce é seguro e eficaz para aliviar sintomas digestivos leves.
“O óleo essencial de Foeniculum vulgare apresenta efeito antiespasmódico significativo sobre o trato gastrointestinal, diminuindo a flatulência e as dores abdominais associadas” (ANDRADE, 2017).
Efeito estimulante do gengibre na digestão
O gengibre contém gingerol e shogaol, compostos bioativos que aumentam a motilidade gástrica e estimulam a secreção de enzimas digestivas. Esses efeitos melhoram a digestão e reduzem náuseas. Conforme o médico gastroenterologista Paulo Tavares, o gengibre tem se mostrado um coadjuvante importante no manejo de sintomas dispépticos e gases intestinais.
“Estudos clínicos apontam que o Zingiber officinale acelera o esvaziamento gástrico e reduz a sensação de empachamento pós-prandial” (TAVARES, 2020).
Benefícios sinérgicos das ervas digestivas
O uso combinado de hortelã-pimenta, erva-doce e gengibre potencializa os efeitos carminativos e digestivos, proporcionando maior conforto abdominal e melhor absorção dos nutrientes. De acordo com o professor de fitoterapia clínica Renato Souza, a associação dessas plantas é respaldada por estudos e amplamente recomendada em protocolos naturais de tratamento digestivo.
“A sinergia entre óleos essenciais e compostos fenólicos dessas ervas contribui para uma melhora significativa na função gastrointestinal e redução de gases” (SOUZA, 2018).
Importância das ervas digestivas para o bem-estar gastrointestinal
- Estudos comprovam a eficácia da hortelã-pimenta, erva-doce e gengibre no alívio de gases e digestão lenta
- Uso tradicional e respaldo científico consolidam sua segurança em infusões e extratos
- A fitoterapia digestiva melhora o conforto abdominal e contribui para o equilíbrio do sistema digestivo
Referências bibliográficas
- ANDRADE, Maria Lúcia. Efeitos antiespasmódicos de Foeniculum vulgare em distúrbios gastrointestinais. Revista Brasileira de Fitomedicina, v. 15, n. 3, p. 210-217, 2017.
- MENEZES, Rodrigo. Propriedades farmacológicas da Mentha piperita e seu uso em distúrbios digestivos. Journal of Phytotherapy Research, v. 33, n. 9, p. 1456-1463, 2019.
- SOUZA, Renato. Fitoterapia Clínica e Digestiva: evidências e aplicações. São Paulo: Editora Atheneu, 2018.
- TAVARES, Paulo. Ginger e saúde digestiva: revisão de evidências clínicas. Gastroenterology & Natural Medicine, v. 7, n. 2, p. 55-63, 2020.






