A mentrasto (Ageratum conyzoides) é uma planta medicinal popular em regiões tropicais e amplamente usada na medicina tradicional. Seu uso terapêutico inclui o tratamento de feridas, inflamações, dores e distúrbios digestivos.
- Ação anti-inflamatória e analgésica
- Propriedade cicatrizante e antimicrobiana
- Atuação em distúrbios digestivos (como cólicas e dispepsia)
Ação anti-inflamatória e analgésica
Estudos demonstram que extratos aquosos de mentrasto reduzem processos inflamatórios e aliviam a dor. Esse efeito está relacionado à modulação de citocinas e mediadores químicos inflamatórios. De acordo com o farmacêutico e pesquisador L. A. Yamamoto, o extrato de A. conyzoides apresenta efeito significativo em modelos experimentais de inflamação.

“Os extratos aquosos de Ageratum conyzoides apresentaram atividade anti-inflamatória e analgésica em diferentes modelos experimentais, confirmando seu uso tradicional como planta medicinal.” (YAMAMOTO et al., 1991)
Propriedade cicatrizante e antimicrobiana
O mentrasto estimula a regeneração de tecidos e combate microrganismos que dificultam a cicatrização. Esses efeitos são atribuídos à presença de flavonoides, taninos e cromenos. De acordo com o biólogo H. G. Castro, esses compostos promovem a formação de tecido novo e reduzem a contaminação microbiana em feridas.
“Os extratos de Ageratum conyzoides demonstraram atividade antimicrobiana e favorecem o fechamento mais rápido de feridas cutâneas em modelos laboratoriais.” (CASTRO et al., 2008)
Efeito digestivo e espasmolítico
O mentrasto exerce efeito relaxante sobre os músculos do trato digestivo, ajudando em cólicas, gases e desconfortos abdominais. Segundo o farmacêutico da equipe editorial do Tua Saúde, os flavonoides e óleos essenciais presentes na planta são responsáveis por esse efeito benéfico.
“O mentrasto é tradicionalmente utilizado no tratamento de cólicas menstruais e intestinais, gases e distúrbios digestivos leves, apresentando efeito calmante sobre o sistema gastrointestinal.” (EQUIPE EDITORIAL, 2024)
Potencial antioxidante
Os compostos fenólicos e flavonoides do mentrasto neutralizam radicais livres e protegem as células contra o estresse oxidativo. Essa propriedade contribui para a prevenção de doenças inflamatórias e degenerativas. De acordo com a equipe editorial da Westwing, esse potencial antioxidante é amplamente reconhecido em análises fitoquímicas da planta.
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“O mentrasto apresenta compostos naturais com efeito antioxidante, capazes de reduzir o impacto do estresse oxidativo sobre o organismo.” (EQUIPE WESTWING, 2023)
Atenção à toxicidade e contraindicações
O mentrasto contém alcaloides pirrolizidínicos, substâncias potencialmente tóxicas ao fígado quando ingeridas em excesso ou por longos períodos. De acordo com o pesquisador G. Silva, o uso interno deve ser cauteloso e limitado, especialmente em pessoas com doenças hepáticas.
“O consumo prolongado de Ageratum conyzoides pode causar danos hepáticos devido à presença de alcaloides pirrolizidínicos como a licopsamina e a equinatina.” (SILVA, 2019)
Uso prudente e aplicações seguras do mentrasto
O uso mais seguro do mentrasto é em aplicações tópicas ou infusões leves de curta duração, sempre com orientação profissional. Mulheres grávidas, lactantes e pessoas com histórico de problemas hepáticos devem evitar o uso dessa planta sem acompanhamento médico.

Benefícios e considerações importantes
- Possui efeito anti-inflamatório e analgésico comprovado por estudos farmacológicos (Yamamoto et al., 1991).
- Estimula a cicatrização e apresenta atividade antimicrobiana relevante (Castro et al., 2008).
- Auxilia na digestão e no alívio de cólicas, mas requer cautela devido ao potencial hepatotóxico (Silva, 2019).
Referências bibliográficas
- CASTRO, H. G. et al. Estudo sobre Ageratum conyzoides como planta medicinal. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 10, n. 2, p. 45-50, 2008.
- EQUIPE EDITORIAL DO TUA SAÚDE. Mentrasto: para que serve, como usar e contraindicações. Disponível em: www.tuasaude.com. Acesso em: 2024.
- SILVA, G. Plantas contendo alcaloides pirrolizidínicos: toxicidade e implicações. Revista de Fitoterapia e Toxicologia, v. 15, n. 3, p. 200-210, 2019.
- YAMAMOTO, L. A. et al. Atividade anti-inflamatória de extratos aquosos de Ageratum conyzoides. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 86, n. 2, p. 37-42, 1991.






