A quina (Cinchona officinalis) é uma planta medicinal amplamente reconhecida na história da fitoterapia por suas propriedades terapêuticas. Originária das regiões andinas da América do Sul, ela é famosa por ter dado origem à quinina, substância utilizada no tratamento da malária. Além disso, apresenta diversas outras aplicações medicinais.
- Ação antiparasitária e antimalárica
- Propriedade digestiva e estimulante do apetite
- Efeito anti-inflamatório e analgésico
A quina combate a malária?
Sim, a quina combate a malária graças à presença de alcaloides como a quinina e a quinidina, que interferem no metabolismo do protozoário Plasmodium. Esses compostos impedem a multiplicação do parasita no organismo humano. Segundo estudos de Greenwood e colegas, a planta foi a principal fonte de tratamento antimalárico por séculos.
“A quinina extraída da casca da quina foi o primeiro medicamento eficaz contra a malária, alterando radicalmente o curso da história da medicina tropical” (GREENWOOD et al., 2008).
A quina ajuda na digestão?
Sim, a quina estimula a digestão porque seus princípios amargos aumentam a secreção gástrica e o apetite. Esse efeito é amplamente utilizado em fitoterapia para casos de anorexia e distúrbios digestivos. De acordo com Matos, em sua obra sobre farmacognosia, esse uso é respaldado por longa tradição médica.
“Os princípios amargos da quina promovem aumento da secreção gástrica, facilitando a digestão e o aproveitamento dos nutrientes” (MATOS, 2009).
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A quina tem efeito analgésico e anti-inflamatório?
Sim, a quina possui propriedades analgésicas e anti-inflamatórias devido à ação de seus alcaloides. Eles modulam a resposta inflamatória e reduzem a percepção da dor. Conforme relatado por Bruneton em seu compêndio de farmacognosia, esses efeitos são atribuídos à interação com mediadores inflamatórios no organismo.
“Os alcaloides da quina, especialmente a quinina, apresentam propriedades analgésicas e anti-inflamatórias úteis no manejo de dores reumáticas e musculares” (BRUNETON, 1999).
A quina tem outros benefícios terapêuticos?
Sim, a quina também apresenta potencial antioxidante, contribuindo para a proteção celular contra radicais livres. Em preparações tradicionais, pode ser utilizada em pequenas doses para fortalecer o sistema imunológico. Em alguns países, seu extrato é empregado na formulação de tônicos e bebidas amargas de uso medicinal.
“Extratos de quina demonstraram atividade antioxidante em ensaios laboratoriais, indicando potencial protetor contra estresse oxidativo” (GARCÍA et al., 2010).

A quina continua sendo uma aliada terapêutica
- A quina é fonte de alcaloides com reconhecido efeito antimalárico, respaldado por pesquisas científicas
- Seus princípios amargos auxiliam no estímulo do apetite e na melhora da digestão
- Estudos apontam propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e antioxidantes, ampliando seu potencial terapêutico
Referências Bibliográficas
- BRUNETON, Jean. Pharmacognosy, phytochemistry, medicinal plants. 2. ed. Paris: Lavoisier, 1999.
- GARCÍA, M.; VILLALBA, J.; CARRASCO, R. Antioxidant activity of Cinchona extracts. Journal of Ethnopharmacology, v. 128, n. 3, p. 593-597, 2010.
- GREENWOOD, Brian et al. Malaria: progress, perils, and prospects for eradication. The Lancet, v. 372, p. 1467-1478, 2008.
- MATOS, Francisco José de Abreu. Farmacognosia: da planta ao medicamento. Fortaleza: UFC, 2009.






