O tecladista e cofundador da banda Blancmange, Stephen Luscombe, faleceu aos 70 anos, em 14 de setembro de 2025.
Neil Arthur, seu parceiro de longa data, confirmou a perda em uma emocionante publicação nas redes sociais.
O som experimental que virou sucesso internacional
A trajetória da banda Blancmange começou em 1979, com Stephen Luscombe, Neil Arthur e Laurence Stevens, que criaram um projeto ousado e experimental com sintetizadores e performances inusitadas.
Chegaram a ligar máquinas de lavar no palco, buscando sons fora do convencional. Esse espírito inventivo levou à inclusão da faixa “Sad Day” na coletânea Some Bizarre Album (1981), ao lado de nomes como Depeche Mode e Soft Cell.
Em seguida, vieram contratos e álbuns marcantes como Happy Families (1982) e Mange Tout (1984), com sucessos como “Living on the Ceiling”, “Feel Me”, “Blind Vision” e “Don’t Tell Me”, considerados hinos do synthpop.
Blancmange também encontrou eco no Brasil
Ainda que nunca tenha feito turnês por aqui, o Blancmange conquistou ouvintes brasileiros, especialmente nas cenas alternativas de São Paulo e Rio de Janeiro nos anos 80.
- Suas músicas tocavam em rádios independentes e pistas de boates voltadas à cultura underground
- Fitas cassete e vinis importados eram vendidos em espaços como a Galeria do Rock
- Jornalistas e colecionadores relatam o fascínio do público alternativo pela sonoridade inovadora da banda
- O grupo passou a figurar em playlists nostálgicas dedicadas ao synthpop europeu
Ainda que não haja evidências formais de influência direta em bandas nacionais, o experimentalismo do Blancmange encontrou sintonia com o espírito criativo da música brasileira da época.
Separação amigável e retorno interrompido
Em 1986, no auge do sucesso, os integrantes decidiram encerrar a parceria para preservar a amizade. O desgaste do mercado musical e a rotina intensa pesaram na decisão.
A banda só voltou em 2011, com o álbum Blanc Burn. Porém, logo após o lançamento, Stephen sofreu um aneurisma da aorta abdominal e afastou-se definitivamente dos palcos e da banda. Desde então, Neil Arthur tem mantido o nome Blancmange ativo com novos discos e apresentações.
Homenagens nas redes e na mídia musical
A confirmação da morte de Stephen Luscombe foi feita por Neil Arthur em um post no Facebook: “Heartbroken. RIP Stephen. Love you forever”. A homenagem comovente foi repercutida por publicações especializadas como Blitzed Magazine e artistas como Boy George.
- Fãs escreveram mensagens de gratidão e reconhecimento pela obra do tecladista
- Redes sociais reuniram relatos emocionados de pessoas que acompanharam a banda desde os anos 80
- O nome de Luscombe voltou a figurar em fóruns internacionais de música alternativa
- A causa da morte não foi divulgada oficialmente
Mesmo afastado há anos, Stephen ainda era lembrado por sua contribuição singular ao synthpop britânico.
O legado musical permanece vivo e relevante
A identidade sonora do Blancmange foi construída com influências eletrônicas, orientais e experimentais. Músicas como “God’s Kitchen” e “Waves” traziam elementos pouco usuais na época, conquistando admiradores pela originalidade.
Luscombe transformou o simples em extraordinário, provando que a música podia ser expressiva sem perder o lado dançante. Seu legado vai além da discografia — inspira novas gerações a ousar criativamente.




