O guaco (Mikania glomerata) é uma planta medicinal nativa da América do Sul, amplamente utilizada na medicina popular brasileira devido às suas propriedades terapêuticas reconhecidas pela ciência. Rico em compostos bioativos como a cumarina, o guaco tem ganhado destaque em estudos que confirmam seus efeitos benéficos à saúde.
- Alivia sintomas respiratórios como tosse e bronquite
- Atua como anti-inflamatório natural
- Possui ação expectorante e broncodilatadora
Efeito expectorante e broncodilatador
O guaco é amplamente conhecido por sua ação expectorante, ajudando a eliminar o muco das vias respiratórias. Isso se deve à presença da cumarina, um fitoquímico com efeito broncodilatador, que facilita a respiração e auxilia no tratamento de doenças como bronquite e asma. Segundo estudos da Fiocruz, essa ação tem base científica sólida.
“A cumarina isolada do guaco promove relaxamento da musculatura lisa brônquica, demonstrando atividade broncodilatadora significativa em modelos experimentais” (PINTO et al., 2009).
@julioluchmann Conheça o poder do guaco. #AgoraVocêSabe #foryou #fitoterapia #julioluchmann #saude ♬ som original – Júlio luchmann
Propriedade anti-inflamatória
Pesquisas demonstram que o guaco possui atividade anti-inflamatória relevante, especialmente em processos respiratórios e reações alérgicas. Isso ocorre devido à ação da cumarina associada a flavonoides, que modulam a produção de citocinas inflamatórias no organismo. De acordo com Francisco José de Abreu Matos, em sua obra sobre farmacognosia, os efeitos são cientificamente documentados.
“Extratos de guaco mostraram significativa redução de edema em modelos de inflamação aguda, reforçando seu uso popular como anti-inflamatório respiratório” (MATOS, 2007).
Atividade antialérgica e antiasmática
Além da broncodilatação, o guaco apresenta efeitos antialérgicos, o que o torna útil em crises de asma e alergias respiratórias. A cumarina age como moduladora de histamina e outras substâncias inflamatórias liberadas durante respostas alérgicas. Essa propriedade é reconhecida por pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá.
“O extrato de Mikania glomerata inibiu a contração da traqueia induzida por histamina, indicando potencial terapêutico em quadros asmáticos e alérgicos” (FAVERO et al., 2010).
Ação antimicrobiana natural
Outro destaque do guaco é sua atividade antimicrobiana, eficaz contra bactérias respiratórias comuns. Estudos in vitro revelam que os extratos da planta podem inibir o crescimento de cepas de Staphylococcus aureus e Streptococcus pneumoniae. Segundo pesquisa publicada na Revista Brasileira de Farmacognosia, o uso tradicional do guaco encontra respaldo laboratorial.
“Os extratos etanólicos de guaco apresentaram ação antibacteriana contra patógenos respiratórios, sugerindo aplicação complementar em infecções do trato respiratório” (MIRANDA et al., 2008).
Formas de uso e preparo seguro
O guaco pode ser consumido em forma de chá, xarope ou tintura, sendo especialmente indicado em casos de tosse, gripe ou bronquite. Uma dica de preparo tradicional consiste em ferver 1 colher de sopa das folhas frescas em 250 ml de água por 10 minutos. Deve-se evitar o uso prolongado sem orientação médica, especialmente por pessoas com problemas hepáticos.

Por que o guaco é considerado um aliado natural da saúde respiratória
- Alívio da tosse e descongestionamento por meio da ação expectorante comprovada
- Redução da inflamação em doenças respiratórias, validada por estudos farmacológicos
- Uso tradicional respaldado por evidências científicas e universidades brasileiras
Referências Bibliográficas
- FAVERO, Guilherme M. et al. Atividade antialérgica de Mikania glomerata em modelo experimental de contração de traqueia isolada. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 20, n. 1, p. 45-50, 2010.
- MATOS, Francisco J. A. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 6. ed. Fortaleza: Editora UFC, 2007.
- MIRANDA, Simone C. et al. Avaliação da atividade antimicrobiana de extratos de Mikania glomerata. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 18, n. 2, p. 247-251, 2008.
- PINTO, A. C. de Q. et al. Cumarina e suas aplicações terapêuticas. Pesquisa e Ensino em Ciências Exatas e da Natureza, v. 3, n. 1, p. 61-67, 2009.
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