A casca de maçã (Malus domestica) é uma parte muitas vezes descartada do fruto, mas que concentra compostos bioativos de grande interesse para a saúde. Rica em antioxidantes, fibras e polifenóis, ela tem ganhado destaque em pesquisas científicas pela sua ação preventiva em várias doenças.
- Efeito antioxidante com quercetina e flavonoides
- Atividade anti-inflamatória com impacto positivo no organismo
- Benefícios digestivos devido à alta concentração de fibras
Ação antioxidante
A casca de maçã é fonte de quercetina, catequinas e outros flavonoides que combatem radicais livres e reduzem o estresse oxidativo. Esses compostos ajudam a proteger as células contra danos, prevenindo o envelhecimento precoce e o desenvolvimento de doenças crônicas. Segundo estudos de Hyson,
“A casca da maçã contém uma elevada concentração de antioxidantes, responsáveis por reduzir significativamente a oxidação lipídica e proteger contra o estresse oxidativo” (HYSON, 2011).
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Propriedade anti-inflamatória
Os polifenóis presentes na casca de maçã atuam como agentes anti-inflamatórios naturais, modulando respostas celulares e reduzindo a produção de mediadores pró-inflamatórios. Esse efeito tem sido associado à prevenção de doenças cardiovasculares e metabólicas. De acordo com Boyer e Liu,
“Extratos obtidos da casca de maçã mostraram inibição significativa de processos inflamatórios, graças à presença de triterpenos e flavonoides” (BOYER; LIU, 2004).
Benefícios para a digestão
A casca de maçã é rica em fibras solúveis e insolúveis, como a pectina, que auxiliam no trânsito intestinal e favorecem a saúde da microbiota. Além de contribuir para a digestão, as fibras ajudam a controlar níveis de glicose e colesterol no sangue. Segundo estudos de Lattanzio,
“A pectina presente na casca da maçã melhora a função digestiva, regula o trânsito intestinal e exerce efeito prebiótico sobre a microbiota” (LATTANZIO, 2012).
Propriedade hepatoprotetora
Pesquisas apontam que os compostos da casca de maçã, especialmente os triterpenos, exercem proteção sobre o fígado, auxiliando na redução de danos causados por toxinas e excesso de gorduras. Essa ação hepatoprotetora está relacionada à modulação de enzimas antioxidantes. Conforme aponta a pesquisa de He e Liu,
“Os triterpenoides encontrados na casca de maçã exibem potente efeito hepatoprotetor, reduzindo a peroxidação lipídica e promovendo defesa antioxidante hepática” (HE; LIU, 2007).

A casca de maçã como aliada terapêutica natural
As evidências científicas confirmam que a casca de maçã é muito mais do que um resíduo do fruto. Ela reúne compostos bioativos com ação antioxidante, anti-inflamatória, digestiva e hepatoprotetora, tornando-se um recurso valioso para a promoção da saúde.
- A casca concentra compostos como quercetina, pectina e triterpenos, responsáveis por benefícios comprovados.
- Estudos apontam efeitos protetores contra inflamação, estresse oxidativo e desequilíbrios metabólicos.
- Seu consumo regular pode contribuir para saúde digestiva, cardiovascular e hepática, respaldado por literatura científica.
Referências Bibliográficas
- BOYER, Jeanelle; LIU, Rui Hai. Apple phytochemicals and their health benefits. Nutrition Journal, v. 3, n. 5, p. 1-15, 2004.
- HE, Xianzhong; LIU, Rui Hai. Triterpenoids isolated from apple peels have potent antiproliferative activity and may be partially responsible for apple’s anticancer activity. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 55, n. 11, p. 4366-4370, 2007.
- HYSON, Dianne A. A comprehensive review of apples and apple components and their relationship to human health. Advances in Nutrition, v. 2, n. 5, p. 408-420, 2011.
- LATTANZIO, Vincenzo. Phenolic compounds: introduction. In: RAMAWAT, K.G.; MÉRILLON, J.M. (Eds.). Natural products: phytochemistry, botany and metabolism of alkaloids, phenolics and terpenes. Berlin: Springer, 2012. p. 1543-1580.
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