O mororó (Bauhinia cheilantha) é uma planta típica da Caatinga, amplamente utilizada na medicina popular para tratar inflamações, problemas respiratórios e distúrbios metabólicos. Suas propriedades terapêuticas estão associadas a compostos bioativos como flavonoides, taninos e saponinas, que apresentam atividades farmacológicas comprovadas por estudos científicos.
- Atividade anti-inflamatória e analgésica
- Ação antioxidante que combate radicais livres
- Potencial hipoglicemiante no controle da glicose
Propriedade anti-inflamatória e analgésica
O mororó apresenta alta concentração de flavonoides e taninos que modulam a produção de citocinas inflamatórias, ajudando a reduzir processos dolorosos e inflamatórios. Essa atividade é evidenciada em pesquisas com extratos da planta, que mostram efeito semelhante a anti-inflamatórios de uso comum.
“Extratos de Bauhinia cheilantha demonstraram efeito anti-inflamatório significativo em modelos experimentais, reduzindo edema e dor induzidos por agentes inflamatórios” (ALMEIDA et al., 2012).
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Ação antioxidante
Graças à presença de compostos fenólicos e flavonoides como quercetina e kaempferol, o mororó ajuda a neutralizar radicais livres, prevenindo danos celulares e envelhecimento precoce. Essa ação antioxidante contribui para a proteção de tecidos contra o estresse oxidativo.
“A atividade antioxidante dos extratos de Bauhinia cheilantha foi confirmada por testes in vitro, mostrando elevada capacidade de eliminação de radicais livres” (SILVA et al., 2011).
Potencial hipoglicemiante
O uso tradicional do mororó no controle da glicose sanguínea está relacionado à presença de saponinas e flavonoides que estimulam a captação de glicose pelos tecidos e melhoram a sensibilidade à insulina. Estudos indicam que essa propriedade pode ser útil como apoio no manejo do diabetes tipo 2.
“Bauhinia cheilantha apresentou efeito hipoglicemiante significativo em modelos animais, reduzindo os níveis de glicose pós-prandial” (FERREIRA et al., 2008).
Formas de uso e cuidados
Na medicina popular, o mororó é consumido principalmente em forma de chá ou decocção das folhas e cascas. O uso deve ser moderado e orientado por profissional de saúde, especialmente em pessoas que fazem uso de medicamentos para diabetes ou hipertensão, para evitar interações medicamentosas.

Mororó é um recurso fitoterápico promissor para saúde metabólica e inflamatória
- Combina efeito anti-inflamatório e analgésico respaldado por evidências científicas
- Oferece potente ação antioxidante que protege contra danos celulares
- Apresenta potencial no auxílio ao controle da glicemia em casos de diabetes tipo 2
⚠️ Importante: apesar do uso popular e das evidências laboratoriais, ele não substitui tratamento médico. O ideal é utilizá-lo com orientação profissional, especialmente em casos crônicos.
Referências bibliográficas
- ALMEIDA, R. N. et al. Efeito anti-inflamatório de Bauhinia cheilantha em modelos experimentais. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 22, n. 1, p. 35-41, 2012.
- FERREIRA, E. A. et al. Atividade hipoglicemiante de Bauhinia cheilantha em ratos diabéticos. Planta Medica, v. 74, n. 12, p. 1402-1407, 2008.
- SILVA, M. G. et al. Potencial antioxidante de extratos de Bauhinia cheilantha. Journal of Medicinal Food, v. 14, n. 6, p. 653-659, 2011.
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