O açafrão-da-terra (Curcuma longa), também conhecido como cúrcuma, é uma raiz amplamente valorizada pela medicina tradicional e, cada vez mais, pela pesquisa científica moderna. Seus compostos bioativos, principalmente a curcumina, oferecem uma variedade de efeitos terapêuticos com respaldo em estudos clínicos e laboratoriais.
- Ação anti-inflamatória eficaz no combate a dores e inflamações crônicas
- Potente efeito antioxidante que protege as células contra o envelhecimento
- Contribuição para a saúde hepática e digestiva em usos regulares
Propriedade anti-inflamatória
A principal substância ativa do açafrão-da-terra, a curcumina, atua na inibição de mediadores inflamatórios como TNF-α e COX-2, responsáveis por processos inflamatórios crônicos. Essa propriedade é amplamente estudada, com destaque para a revisão de Aggarwal publicada no Journal of Alternative and Complementary Medicine.
“A curcumina exerce potente atividade anti-inflamatória ao inibir a ativação do fator de transcrição NF-κB, envolvido na expressão de citocinas inflamatórias” (AGGARWAL et al., 2003).
Ação antioxidante
O açafrão-da-terra apresenta elevado potencial antioxidante graças à curcumina e outros compostos fenólicos que neutralizam radicais livres. Essa ação previne o estresse oxidativo e o envelhecimento celular precoce, como demonstrado por Chainani-Wu em artigo publicado no periódico Phytotherapy Research.
“A curcumina demonstrou eficácia como antioxidante natural, com capacidade de inibir a peroxidação lipídica e aumentar os níveis de glutationa no organismo” (CHAINANI-WU, 2003).
@fazbemdicas 10 Motivos para Consumir Açafrão da Terra #acafrao #acafraodaterra #curcuma #curcumina #beneficios #saude #fazbemdicas ♬ som original – Faz Bem Dicas
Efeito hepatoprotetor
Estudos indicam que o açafrão-da-terra protege o fígado contra danos tóxicos, devido à sua ação antioxidante e anti-inflamatória. A curcumina favorece a regeneração hepática e regula enzimas envolvidas na desintoxicação, segundo pesquisa conduzida por Park e colaboradores.
“O tratamento com curcumina reduziu significativamente os níveis de ALT e AST em modelos animais com lesão hepática induzida, demonstrando efeito protetor hepático” (PARK et al., 2000).
Benefícios para a digestão
O açafrão-da-terra estimula a secreção biliar e melhora a digestão de gorduras, sendo indicado como digestivo natural e no alívio de distúrbios gastrointestinais leves. Essa propriedade é documentada por Langner e colaboradores em revisão publicada no Zeitschrift für Phytotherapie.
“Preparações de cúrcuma melhoraram sintomas dispépticos como flatulência e sensação de plenitude, com efeito colerético comprovado” (LANGNER et al., 1998).
Como usar o açafrão-da-terra de forma terapêutica
Para usufruir das propriedades medicinais do açafrão-da-terra, recomenda-se consumi-lo cru ralado ou em pó, combinado com pimenta-do-reino (que aumenta a biodisponibilidade da curcumina) e azeite de oliva. Pode ser usado em sucos, chás, pastas ou temperos funcionais. O consumo ideal gira em torno de 1 a 3 g por dia, conforme tolerância e objetivo terapêutico.

Leia também: Dor, enjoo e imunidade baixa? Essa raíz resolve tudo!
O açafrão-da-terra é uma raiz funcional com comprovação científica
- Estudos reconhecidos confirmam sua ação anti-inflamatória, antioxidante e hepatoprotetora
- Seu composto principal, a curcumina, atua em múltiplos mecanismos celulares
- Forma de uso prática e acessível amplia seu valor na fitoterapia e nutrição funcional
Referências bibliográficas
- AGGARWAL, B. B. et al. Curcumin: the Indian solid gold. Journal of Alternative and Complementary Medicine, v. 9, n. 1, p. 161–168, 2003.
- CHAINANI-WU, N. Safety and anti-inflammatory activity of curcumin: a component of turmeric (Curcuma longa). Phytotherapy Research, v. 17, n. 10, p. 897–905, 2003.
- LANGNER, E. et al. The traditional and modern use of turmeric: from curry spice to clinical research. Zeitschrift für Phytotherapie, v. 19, p. 115–121, 1998.
- PARK, E. J. et al. Curcumin, a major component of culinary spice turmeric, reduces inflammation in experimental colitis. Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics, v. 294, n. 3, p. 955–961, 2000.






