As plataformas digitais tornaram-se ferramentas convenientes para diversos tipos de transações, mas também um campo fértil para atividades fraudulentas. Recentemente, consumidores brasileiros que realizaram compras na Amazon passaram a receber mensagens suspeitas no WhatsApp, atribuídas a uma empresa de transporte denominada “Total Expresso”. Este tipo de comunicação tem alertado os usuários devido à cobrança de uma suposta taxa para liberação de pedidos, algo que difere dos procedimentos padrão destas empresas.
O golpe se apresenta inicialmente como uma mensagem aparentemente oficial, afirmando que o produto adquirido está retido em um centro de distribuição, necessitando de um pagamento adicional para sua liberação. Isso tem despertado a inquietação dos compradores, dado que a Total Express é de fato uma transportadora parceira da Amazon. No entanto, mensagens dessa natureza geralmente contêm erros de gramática e um link para uma plataforma de rastreamento que, à primeira vista, pode parecer legítima.
Qual é o método utilizado pelos golpistas na Amazon?

Os golpistas criaram um sistema que emprega informações reais de pedidos feitos na Amazon, como nomes e endereços dos compradores, para aumentar a credibilidade da fraude. Isso é particularmente preocupante, pois sugere que há uma possível violação de dados, seja na plataforma da Amazon ou por meio da transportadora envolvida. Utilizando o nome “Total Expresso” que soa similar à empresa legítima Total Express, os golpistas promovem confusão e induzem inúmeros consumidores a acreditarem na veracidade da cobrança exigida. Recentemente, especialistas em segurança digital têm alertado que técnicas como phishing e engenharia social estão sendo empregadas para captar essas informações sensíveis, facilitando ainda mais a atuação dos golpistas.
Quais são as medidas recomendadas pelas empresas envolvidas?
A Amazon e a Total Express estão conscientes dessas atividades fraudulentas e emitiram alertas para seus clientes. A Amazon informou através de sua conta oficial no WhatsApp que não solicita taxas adicionais fora dos parâmetros previamente estabelecidos no site da empresa. A empresa recomenda fortemente que os usuários evitem clicar em links não verificados ou fornecer qualquer tipo de dado pessoal. Similarmente, a Total Express enfatiza que não realiza cobranças extras ou solicitações de pagamento por canais não reconhecidos. As companhias também orientam que dúvidas sobre o status de entregas sejam sempre sanadas diretamente pelos canais oficiais, como o site ou app da empresa parceira. Tornou-se comum, inclusive, novas campanhas de conscientização sobre segurança virtual promovidas pelas próprias marcas.
Como os usuários podem se proteger de fraudes online?
A proteção contra esse tipo de golpe começa com a conscientização. Usuários são incentivados a verificar a autenticidade das comunicações recebidas via WhatsApp e outros meios similares. É aconselhável verificar sempre a fonte das mensagens e transações suspeitas. Comportamentos de segurança incluem:
- Consultar diretamente o site oficial da empresa para esclarecimentos.
- Evitar o compartilhamento de dados pessoais em plataformas não seguras.
- Desconfiar de comunicações que solicitem pagamentos inesperados.
- Relatar tentativas de fraude às autoridades competentes.
Em um cenário onde as compras digitais estão em ascensão, a vigilância contínua dos consumidores pode desempenhar um papel crucial na prevenção de fraudes. A educação sobre práticas seguras e a conscientização sobre golpes são essenciais para proteger transações e informações pessoais. Empresas como a Amazon e Total Express continuam a trabalhar para garantir a segurança de seus usuários e tomar ações legais contra práticas fraudulentas. Além dessas ações, recomenda-se o uso de autenticação em dois fatores e atualização periódica de senhas como práticas adicionais de proteção.
Quais são os principais sinais de uma tentativa de golpe através de mensagens?

Alguns indícios comuns que podem ajudar os usuários a identificar possíveis golpes incluem mensagens enviadas fora do horário comercial, solicitações de pagamentos urgentes, utilização de linguagem alarmista e links encurtados ou suspeitos. Além disso, o uso incorreto do nome da empresa ou logotipos distorcidos também são sinais de alerta. Atenção especial deve ser dada a mensagens que contenham erros ortográficos ou detalhes inconsistentes em relação ao pedido original, especialmente quando solicitarem dados pessoais ou financeiros. Existem ainda recursos, como ferramentas de análise de links suspeitos e plataformas que verificam a reputação de remetentes, que podem ser usadas no auxílio à identificação dessas tentativas de fraude.
Como proceder caso tenha fornecido dados pessoais ao golpista?
Se o usuário compartilhou informações pessoais ou realizou pagamentos para golpistas, é fundamental agir rapidamente. O recomendado é contatar imediatamente a instituição financeira utilizada para tentar bloquear transações e informar o ocorrido. A recomendação inclui também o registro de um boletim de ocorrência, o monitoramento frequente das contas bancárias e a alteração de senhas de acesso nas plataformas digitais. Além disso, é aconselhável reportar o caso ao Procon e aos canais de atendimento das empresas envolvidas, para que tomem providências e conscientizem outros consumidores sobre o golpe. Em casos mais graves, pode ser necessário também buscar o auxílio de órgãos especializados em crimes cibernéticos e realizar acompanhamento periódico do CPF nos órgãos de proteção ao crédito.