A Valeriana é uma planta tradicionalmente conhecida por seu uso no alívio do estresse e no auxílio ao sono. Suas raízes, utilizadas há séculos em diferentes culturas, contém substâncias capazes de atuar de maneira significativa no sistema nervoso. Bastante conhecida pelo nome científico Valeriana officinalis, trata-se de uma erva medicinal facilmente encontrada em farmácias de manipulação e lojas de produtos naturais.
Ao longo do tempo, muitos estudos investigaram suas propriedades relaxantes, ajudando a estabelecer a reputação da valeriana na fitoterapia moderna. O consumo dessa planta se dá principalmente por meio de chás, cápsulas ou tinturas, e ela já foi tema de pesquisas sobre insônia, ansiedade e até mesmo tensão muscular leve.
Como funciona a Valeriana?

O principal interesse da ciência na valeriana está em suas substâncias, especialmente os valerenos e os ácidos valerênicos. Essas substâncias têm efeito sobre o sistema nervoso central, promovendo uma sensação de relaxamento e tranquilidade. Acredita-se que a valeriana potencialize a ação do ácido gama-aminobutírico (GABA), um neurotransmissor essencial na regulação da ansiedade e do sono.
É importante ressaltar que o uso da valeriana deve ser acompanhado de responsabilidade. Embora seja considerada segura na maioria dos casos, pode apresentar efeitos colaterais, especialmente se combinada a outros medicamentos sedativos. Entre os efeitos mais conhecidos estão a sonolência durante o dia e eventuais alterações gastrointestinais.
Valeriana: para que serve e como utilizá-la?
A valeriana é amplamente utilizada para promover o relaxamento e melhorar a qualidade do sono em adultos. Isso ocorre devido à ação dos princípios ativos que agem diretamente nos mecanismos cerebrais do repouso. Além disso, estudos já apontam benefícios em situações de ansiedade leve, inquietação e até sintomas de tensão pré-menstrual.
- Insônia moderada: O consumo regular da infusão de valeriana pode facilitar o início e a manutenção do sono.
- Alívio da ansiedade: Em situações de estresse cotidiano, o preparo do chá com raízes secas auxilia no relaxamento do corpo.
- Dores musculares suaves: Os compostos naturais da raiz auxiliam na diminuição da tensão muscular leve.
Como cultivar valeriana em casa?
Muitas pessoas buscam plantar valeriana em casa para consumo próprio, aproveitando a facilidade de manejo desse vegetal. O cultivo caseiro possibilita o acesso às raízes frescas, que proporcionam maior potencial terapêutico.
- Escolher o local adequado: A planta precisa de solo úmido, fértil e bem drenado, além de preferência por áreas com luz solar indireta.
- Plantio das sementes: As sementes de valeriana devem ser plantadas na superfície do solo, com leve cobertura, mantendo a terra sempre úmida.
- Cuidados pós-plantio: O desenvolvimento saudável exige irrigação regular, especialmente no verão, e proteção contra pragas comuns de jardim.
- Tempo para colheita: As raízes estão prontas para colheita após, aproximadamente, 2 anos de crescimento. O momento ideal é o final do outono.
Vale lembrar que, para uso medicinal, a parte mais valorizada da valeriana é a raiz. Por isso, o manejo deve ser cuidadoso, evitando danos durante a extração para não prejudicar os compostos naturais.
Quais cuidados são necessários ao utilizar a valeriana?
Apesar de ser vista como uma planta segura, o uso contínuo ou em doses elevadas deve ser monitorado por profissionais da saúde. A valeriana pode interagir com outros medicamentos sedativos, potencializando seus efeitos. Gestantes, lactantes, crianças e pessoas com problemas hepáticos devem evitar o uso sem orientação adequada. Além dessas recomendações, especialistas também alertam para a importância de iniciar o consumo com doses pequenas para avaliar a tolerância individual e evitar reações adversas inesperadas.
- Evitar consumo em excesso para não causar efeitos colaterais, como sonolência intensa.
- Não associar a bebidas alcoólicas, pois pode aumentar a sedação.
- Consultar profissionais de saúde em caso de dúvidas ou uso prolongado.
Conhecida por suas propriedades calmantes, a valeriana está presente em muitos lares e jardins do Brasil, representando uma alternativa natural para quem busca bem-estar, desde que usada com responsabilidade e dentro das recomendações. O cultivo doméstico amplia o acesso e permite o preparo de chás e infusões no dia a dia, tornando possível experimentar os benefícios dessa tradicional erva medicinal.
A Valeriana pode causar dependência ou tolerância?

Segundo estudos científicos, a valeriana não apresenta risco significativo de causar dependência física nem tolerância, como ocorre com alguns medicamentos sedativos sintéticos. Sua ação não leva ao desenvolvimento de necessidade crescente das doses para obter o mesmo efeito. No entanto, é recomendado evitar uso prolongado e sem acompanhamento profissional, pois faltam estudos sobre efeitos no longo prazo, e a resposta pode variar de pessoa para pessoa.
Existem restrições ao uso de valeriana com outras plantas medicinais?
O uso simultâneo de valeriana com outras plantas de efeito sedativo, como passiflora (maracujá) ou camomila, pode potencializar a sonolência ou os efeitos sedativos. Portanto, é importante informar profissionais de saúde sobre o uso combinado de fitoterápicos. Além disso, há relatos de que a valeriana pode interferir em tratamentos com ervas que afetam o sistema nervoso central, sendo necessário cautela diante de qualquer combinação.






