O Google Discovery se prepara para uma nova fase em 2025 com a introdução de resumos automáticos utilizando inteligência artificial diretamente na seção de notícias do aplicativo de buscas. Esse movimento representa um avanço significativo na experiência dos usuários, que passam a visualizar uma prévia do conteúdo presente nos artigos logo ao acessar o feed. A iniciativa, que já vem sendo liberada gradualmente nos Estados Unidos, concentra-se inicialmente em notícias sobre esportes e entretenimento, dois setores com grande demanda por informações rápidas e atualizadas.
O funcionamento da novidade é simples: cada notícia passa a exibir, acima do título e da imagem principal, um resumo feito por IA com aproximadamente três linhas. Ao clicar na opção “Leia mais”, o resumo se expande, chegando a cerca de seis linhas, permitindo uma compreensão mais ampla dos fatos antes que o usuário decida acessar o conteúdo completo no site de origem. Essa abordagem contribui para tornar o acesso à informação mais eficiente, fornecendo rapidamente os principais pontos de cada matéria jornalística.
Quais diferenciais a inteligência artificial oferece ao Google Discover?

A presença da inteligência artificial no Google Discover resulta em novas possibilidades para a seleção e apresentação das notícias. O algoritmo é capaz de analisar diversos artigos sobre um mesmo assunto, identificar os tópicos mais relevantes e sintetizá-los de forma clara, levando em consideração a credibilidade das fontes incluídas no resumo. No canto superior esquerdo do card, os ícones dos websites utilizados na apuração são indicados, possibilitando transparência sobre quais portais colaboraram com a criação daquele conteúdo resumido.
Outro destaque da solução é a implementação de listas com marcadores, conhecidas como bullet points, que facilitam ainda mais a leitura das informações principais. Esse formato já foi testado por alguns usuários, tornando a navegação mais dinâmica e o entendimento do cenário noticioso mais imediato. Além disso, artigos de temática semelhante são agrupados, permitindo comparar diferentes abordagens e ampliar o repertório de conhecimento do usuário.
Google Discover: como funcionam os resumos de notícias gerados por IA?
O processo de resumo aproveita técnicas avançadas para condensar o conteúdo sem perder informações essenciais. Quando o usuário encontra um artigo no feed, visualiza um breve texto com os pontos-chave daquele tema, acompanhando a notícia principal e sua respectiva imagem. Ao selecionar o link, há a possibilidade de expandir para um trecho um pouco maior, mantendo a objetividade e reduzindo o tempo usualmente gasto para processar informações relevantes.
- Resumos instantâneos: principais fatos sintetizados em poucas linhas.
- Acesso facilitado: permite ao usuário decidir rapidamente quais notícias acessar na íntegra.
- Fontes visíveis: identificação dos sites utilizados para a elaboração do resumo.
- Possibilidade de erros: como todo sistema automatizado, pode haver informações imprecisas, o que é informado ao leitor.
O Google já destaca que as sínteses podem apresentar equívocos ocasionais, alertando sobre cuidados na leitura. A big tech reforça a necessidade de verificação, uma vez que o processo depende essencialmente de algoritmos e grandes volumes de dados.
O que muda para sites jornalísticos e criadores de conteúdo?
Uma preocupação crescente entre portais de notícia é a redução no tráfego vindo do Google Discover, devido ao novo formato de resumos automáticos. O temor é que usuários passem a consumir apenas as informações condensadas pela IA, deixando de acessar o link original dos sites. Essa mudança pode afetar a audiência e o modelo de negócios dessas plataformas, impactando a geração de receita por meio de anúncios e assinaturas digitais, fenômeno já apelidado de “Google Zero”.
Apesar do receio no setor jornalístico, há debates sobre possíveis benefícios, como o aumento da transparência e do destaque às fontes de informação, além de oportunidades para a inovação na maneira como as notícias são distribuídas e consumidas no ambiente digital. Grandes plataformas também estão investindo em novos formatos, como respostas geradas por IA para buscas complexas e até transformações do conteúdo resumido em áudio, promovendo acessibilidade e adaptação às novas demandas dos usuários.
Quais tendências a inteligência artificial pode trazer para o consumo de notícias?
Com a expansão do uso da IA em mecanismos de busca e agregadores de notícias, o cenário aponta para uma personalização cada vez maior do acesso à informação. Usuários terão à disposição recursos como o AI Mode, que promete compreensão de pedidos mais elaborados e respostas em tempo real, além do agrupamento de artigos por tema e transformações do texto jornalístico em diversos formatos. Essas tendências refletem a busca por agilidade, praticidade e diversidade de fontes no universo digital.
Em 2025, o Google consolida mais um passo na integração da inteligência artificial ao cotidiano, redefinindo a relação entre portais de notícia, plataformas de tecnologia e leitores do mundo todo. À medida que essas inovações se popularizam, o desafio do setor será equilibrar eficiência, diversidade informativa e sustentabilidade dos veículos responsáveis pela produção do conteúdo original.
Como a implementação dos resumos por IA pode afetar a confiança dos usuários nas informações apresentadas?

Com o uso crescente de inteligência artificial para sintetizar notícias, há preocupações sobre a possíveis distorções ou simplificações excessivas dos fatos. Embora o Google destaque a transparência com a indicação de fontes, especialistas sugerem que os usuários permaneçam críticos quanto à qualidade dos resumos gerados automaticamente. O risco de imprecisões, principalmente em assuntos sensíveis ou complexos, reforça a importância de sempre verificar múltiplas fontes antes de formar uma opinião definitiva sobre determinado acontecimento.
Quais medidas de adaptação os veículos de mídia podem adotar diante da mudança no consumo de notícias?
Diante do avanço de resumos automatizados, muitos veículos jornalísticos estudam estratégias para engajar o público além dos agregadores, como a oferta de newsletters exclusivas, conteúdos multimídia interativos e maior foco em análises aprofundadas. Há também iniciativas de destacar conteúdos originais ou investigações exclusivas, diferenciando-se do material facilmente resumido por algoritmos. Algumas redações investem ainda em parcerias para assegurar visibilidade e participação nos sistemas de inteligência artificial, visando garantir relevância e sustentabilidade a longo prazo.