Raças como Bulldog Inglês, Pug, Shih Tzu, Pastor Alemão e Labrador Retriever estão entre as mais afetadas por doenças hereditárias. Isso ocorre principalmente por conta de cruzamentos seletivos que priorizam características estéticas, como o focinho achatado ou porte robusto, mas comprometem funções essenciais à saúde. O resultado são cães mais propensos a problemas respiratórios, ortopédicos e metabólicos.
Essas raças têm particularidades que exigem atenção redobrada. Bulldogs e Pugs, por exemplo, enfrentam sérias dificuldades respiratórias, especialmente em dias quentes. Já o Pastor Alemão costuma apresentar displasia coxofemoral, que compromete a mobilidade. O Labrador Retriever frequentemente sofre com excesso de peso e complicações articulares, enquanto o Shih Tzu lida com doenças oculares recorrentes.
Quais doenças são mais comuns nessas raças de cães?
A genética desempenha um papel central no surgimento de diversas doenças em cães de raça. Uma das mais conhecidas é a síndrome braquicefálica, que afeta cães de focinho curto, como o Pug e o Bulldog. Esse quadro dificulta a respiração e pode levar à necessidade de cirurgias corretivas. Labradores, por sua vez, são frequentemente acometidos por displasia de quadril e obesidade, exigindo cuidados específicos.
Outro problema recorrente é o de ordem ocular. O Shih Tzu, por ter olhos proeminentes, sofre com úlceras de córnea e infecções frequentes. Esses casos mostram como é fundamental buscar criadores responsáveis que façam o controle de doenças hereditárias e forneçam informações claras sobre o histórico genético dos filhotes.
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Como adotar cuidados especiais com raças mais sensíveis?
A prevenção é uma aliada poderosa para quem convive com cães de raças predispostas a doenças. Além das visitas regulares ao veterinário, a rotina do animal deve incluir práticas adaptadas às suas limitações. Isso inclui tanto os cuidados com a alimentação quanto a maneira como os exercícios físicos são realizados.
Veja algumas medidas importantes para aplicar no dia a dia:
- Mantenha a vacinação atualizada e realize check-ups periódicos.
- Evite caminhadas em horários de sol forte, especialmente com cães braquicefálicos.
- Ofereça ração balanceada, de acordo com o porte e a idade do cão.
- Observe mudanças no comportamento, como apatia ou dificuldade de locomoção.
Adotar um cão de raça exige mais atenção desde o início?
Sim, adotar um cão de raça requer um compromisso com cuidados contínuos e informação de qualidade. Antes de trazer o pet para casa, é importante pesquisar sobre as particularidades da raça, consultar profissionais de confiança e se preparar para eventuais gastos com saúde. Quanto mais o tutor souber sobre os riscos, maiores as chances de evitar problemas futuros.


Algumas orientações úteis para quem está pensando em adotar incluem:
- Conversar com veterinários antes da adoção.
- Escolher criadores éticos e transparentes.
- Estudar o comportamento típico e os riscos de saúde da raça.
- Preparar o ambiente doméstico para o conforto do animal.
É possível oferecer qualidade de vida mesmo diante das limitações?
Sim, com os cuidados certos, cães de raças vulneráveis podem viver com saúde e alegria. A chave está no equilíbrio entre acompanhamento profissional, rotina adaptada e carinho no dia a dia. Muitos desses animais, mesmo com predisposições genéticas, podem alcançar longevidade e bem-estar.
A atenção aos primeiros sinais clínicos, aliada à alimentação adequada e estímulos físicos moderados, fazem toda a diferença. Acompanhar de perto o desenvolvimento do pet, respeitar suas limitações e investir em conhecimento são atitudes que tornam a experiência da tutoria mais segura e recompensadora.
Como a escolha do criador influencia a saúde do cão?
Escolher bem o criador é uma das decisões mais importantes para evitar problemas de saúde futuros. Criadores responsáveis se preocupam com o controle genético, fazem exames nos reprodutores e evitam cruzamentos entre animais com histórico de doenças hereditárias. Esse cuidado reflete diretamente na saúde do filhote.
Busque por criadores que:
- Apresentem documentação e laudos de saúde dos pais.
- Permitam visitas às instalações para conhecer os animais.
- Forneçam suporte após a adoção.
- Mostrem compromisso com o bem-estar animal, não apenas com a estética da raça.