Porque quando estamos nervosos “dá branco” é uma questão frequente, principalmente em situações de pressão como provas, entrevistas ou apresentações. A psicologia explica que esse fenômeno está ligado ao funcionamento do cérebro diante do estresse. Quando o corpo percebe uma ameaça, ativa respostas automáticas que podem prejudicar a memória e a concentração momentaneamente.
Esse bloqueio mental não é apenas desconfortável, mas também um desafio comum para muitas pessoas. A seguir estão três pontos-chave que ajudam a compreender melhor esse fenômeno:
- Reação fisiológica ao estresse afeta a memória de curto prazo.
- Processos cerebrais automáticos podem limitar o acesso a informações previamente estudadas.
- Estrategias práticas auxiliam na prevenção do “branco” em situações de nervosismo.
O que acontece no cérebro quando “dá branco” em situações de nervosismo?
Em momentos de estresse, como durante uma avaliação importante, o organismo ativa o sistema de luta ou fuga. Esse processo libera hormônios, como o cortisol e a adrenalina, que alteram o funcionamento cerebral para priorizar respostas rápidas ao perigo percebido.
O córtex pré-frontal, área responsável pela tomada de decisão e pelo acesso à memória recente, pode sofrer uma redução temporária de atividade nesse contexto. Essa resposta automática dificulta a recuperação de informações e pode causar o famoso “branco”.
Nessa hora, a mente direciona energia para reações instintivas e reduz o foco em tarefas intelectuais, limitando o acesso ao conteúdo armazenado na memória.

Por que a ansiedade aumenta a chance de bloqueio mental?
Ansiedade amplifica o estado de alerta e dificulta a concentração exigida para lembrar de fatos específicos. O receio do erro tende a intensificar a tensão, gerando um ciclo no qual o nervosismo e o esquecimento se alimentam mutuamente.
Em situações avaliativas, pensamentos negativos e cobranças internas interrompem a fluidez do pensamento, dificultando acessar a memória de longo prazo. Esse bloqueio não indica falta de conhecimento, mas um mecanismo natural do organismo diante de ameaças percebidas.
Pessoas que já enfrentaram episódios de “dar branco” podem desenvolver ainda mais ansiedade, aumentando a probabilidade de novas ocorrências, criando um círculo vicioso.
Como evitar o “dar branco” e lidar com a pressão?
Algumas estratégias psicológicas ajudam a reduzir o risco do bloqueio mental. A preparação antecipada e a repetição dos conteúdos fortalecem as conexões neurais, facilitando o resgate da informação sob pressão.
O uso de técnicas de respiração profunda e de relaxamento contribui para reduzir o impacto do estresse sobre o cérebro. Praticar visualização positiva e simular situações de pressão treinam a mente para respostas mais controladas.
- Organizar o material de estudo em tópicos facilita o acesso à informação.
- Adotar pausas estratégicas durante o estudo otimiza o aprendizado e minimiza o cansaço mental.
- Buscar apoio profissional pode ser útil quando episódios de bloqueio mental se tornam frequentes.

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Entenda a importância de normalizar o bloqueio mental ao estar nervoso
É fundamental compreender que o “dar branco” em situações de nervosismo não define a capacidade intelectual de ninguém. Trata-se de uma reação temporária e reversível, comum a muitos indivíduos em cenários desafiadores.
Adotar uma postura acolhedora consigo mesmo reduz a ansiedade e contribui para melhores desempenhos futuros. Normalizar o bloqueio mental promove bem-estar e auxilia a superar o medo dessas situações.
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Bloqueio mental é uma resposta natural da mente
- O “dar branco” resulta de mecanismos automáticos de proteção ativados pelo estresse e ansiedade.
- A memória de curto prazo sofre o maior impacto nessas situações, mas pode ser fortalecida com treino e técnicas adequadas.
- A normalização desse fenômeno contribui para reduzir o sofrimento psicológico e possibilita um enfrentamento mais saudável dos desafios.






