Em 2025, um novo golpe utilizando o sistema de transferências Pix tem preocupado clientes de instituições financeiras no Brasil. Os criminosos, valendo-se de estratégias bastante sofisticadas, conseguem acessar aplicativos bancários em dispositivos móveis e realizar movimentações de grandes quantias. Essa modalidade de fraude atua a partir do uso de programas que permitem o controle remoto do aparelho da vítima, afetando principalmente usuários desatentos diante de contatos suspeitos.
A abordagem inicial frequentemente ocorre por meio de uma ligação telefônica. O interlocutor, fingindo ser um atendente do banco, alerta para supostos problemas na conta, como invasões ou movimentações irregulares. Com discurso convincente, o criminoso orienta o usuário a instalar um aplicativo em seu celular, prometendo uma solução imediata para o problema inventado. No entanto, a instalação desse aplicativo proporciona ao golpista acesso irrestrito a todas as funções do telefone, incluindo as aplicações financeiras.
Quais são os principais métodos usados no golpe da mão fantasma?

Uma vez obtido o controle do aparelho, o fraudador passa a monitorar e manipular o dispositivo à distância. É comum que o criminoso induza a vítima a acessar o aplicativo do banco e inserir informações confidenciais, especialmente senhas. Em alguns casos, dados salvos previamente no aparelho, como em blocos de notas ou gerenciadores, também são explorados. Assim que obtém acesso, o golpista realiza transferências via Pix para contas de terceiros, tornando a recuperação dos valores um grande desafio.
Como acontece a execução do golpe?
O ataque, apelidado de “golpe da mão fantasma”, envolve etapas meticulosamente planejadas. Abaixo estão os principais passos observados nos boletins de ocorrência:
- Contato inicial por telefone, com abordagem personalizada e persuasiva.
- Pedido para instalação de um aplicativo de controle remoto, alegando questão de segurança.
- Criminal se apodera do dispositivo, passando a observar todas as ações executadas no aparelho.
- Vítima é orientada a abrir o aplicativo do banco e digitar a senha, dando ao fraudador o acesso ao sistema bancário.
- Transações financeiras são realizadas rapidamente para dificultar o rastreamento e a recuperação dos valores desviados.
De acordo com dados levantados por empresas de cibersegurança em 2025, foram registradas mais de dez mil tentativas desse tipo de golpe em território nacional. O número expressivo revela a importância de disseminar formas de prevenção.
Como se proteger de golpes envolvendo Pix e aplicativos bancários?
Medidas simples podem dificultar a ação dos criminosos e preservar as finanças pessoais. Entre as principais recomendações de especialistas em segurança digital, destacam-se:
- Desconfiança em contatos não solicitados: Bancos não agridem o cliente com pedidos para instalar aplicativos por meio de links enviados.
- Não instale aplicativos por indicações recebidas em ligações: O correto é buscar o suporte nos canais oficiais da instituição financeira.
- Interrompa a ligação e verifique a situação: Utilize outro número ou aparelho para fazer contato diretamente com o banco.
- Não forneça senhas ou códigos fora do ambiente do app oficial: Nem mesmo funcionários do banco estão autorizados a pedir tais informações por telefone ou mensagem.
- Em caso de suspeita, acione imediatamente o banco e registre ocorrência policial: O contato pode ser feito presencialmente em delegacias ou por plataformas digitais como a Delegacia Online.
A tecnologia evolui constantemente, assim como as estratégias de golpes e fraudes digitais. Manter-se atento, adotar práticas de segurança e conhecer as formas de atuação dos criminosos ajudam a dificultar ataques e minimizar prejuízos financeiros. A informação ainda é uma das armas mais eficazes contra tentativas de fraudes, tornando essencial a orientação constante de usuários de aplicativos bancários e do sistema Pix. Além disso, é importante manter aplicativos e o sistema operacional sempre atualizados, habilitar autenticação em duas etapas sempre que possível e jamais compartilhar o celular com terceiros, mesmo que por poucos minutos.
Quais são os sinais de que um aplicativo pode ser malicioso?

Alguns sinais podem indicar que um aplicativo recém-solicitado para instalação pode ser perigoso para o usuário. Entre os indícios, estão solicitações de permissões excessivas, como acesso irrestrito a outras aplicações, câmera, microfone, mensagens e arquivos pessoais. Além disso, aplicativos com poucos downloads, avaliações negativas ou que não estejam disponíveis em lojas oficiais, como Google Play Store ou Apple App Store, têm mais chances de representar riscos. Ficar atento a esses detalhes pode evitar o acesso indevido ao aparelho e a informações sensíveis.
O que fazer caso tenha instalado um aplicativo suspeito?
Se o usuário perceber que instalou um aplicativo por orientação suspeita, especialistas recomendam desconectar o aparelho da internet imediatamente, desinstalar o aplicativo e alterar todas as senhas bancárias e de e-mails por meio de outro dispositivo seguro. Outro passo importante é realizar uma varredura com um antivírus confiável para identificar se mais malwares foram instalados. Notificar o banco e registrar boletim de ocorrência contribui para garantir proteção e possibilitar eventuais investigações sobre a fraude. Caso o aparelho apresente comportamento incomum, como abertura de aplicativos sozinha ou consumo repentino de bateria, procure um serviço técnico especializado para análise completa.