Zanzibar, localizada ao largo da costa da Tanzânia, é conhecida mundialmente por suas praias de areia branca, mar cristalino e rica herança histórica. O arquipélago atuou como importante entreposto comercial por séculos, mesclando culturas africanas, árabes e indianas. Em 2025, a região segue sendo referência no turismo do leste africano, além de manter tradições que atraem viajantes em busca de experiências culturais autênticas.
A Ilha de Unguja, popularmente chamada de Zanzibar, é a principal do arquipélago. Sua capital, Stone Town, destaca-se pela arquitetura de influência árabe e pelos mercados vibrantes. O turismo representa um dos principais motores da economia local, compartilhando espaço com a produção de especiarias como o cravo e a canela, o que fortalece o apelido de “Ilha das Especiarias”.
Quantas pessoas visitam e vão morar em Zanzibar anualmente?

Zanzibar recebe, ao longo do ano, uma média de 500 mil turistas internacionais, segundo dados de 2024. O número de visitantes tem crescido gradualmente, impulsionado pela popularização dos voos diretos e por promoções de pacotes turísticos. Em relação à migração, estima-se que entre 3 mil e 5 mil estrangeiros se mudam para a ilha a cada ano, provenientes sobretudo da Europa, América do Norte e países africanos vizinhos. Este movimento inclui tanto expatriados que buscam trabalho nos setores hoteleiros e de serviços quanto aposentados que procuram qualidade de vida sob clima tropical. De acordo com relatos recentes, há também um pequeno aumento no número de estudantes estrangeiros e empreendedores digitais escolhendo Zanzibar como residência, acrescentando diversidade ao perfil dos novos moradores.
Como é a moradia das pessoas em Zanzibar?
A moradia dos habitantes de Zanzibar reflete diferentes realidades sociais e históricas. Em áreas centrais como Stone Town, muitas das residências são construções antigas de pedra, com detalhes ornamentados e pátios internos. Já nas regiões rurais e nas periferias, predominam moradias simples, muitas vezes feitas de blocos de cimento ou coral, cobertas por telhas ou materiais naturais, como folhas de palmeira.
- Casas tradicionais: Projetadas para aproveitar a ventilação natural e proteger contra o calor intenso.
- Modernização: Em áreas turísticas e bairros nobres da cidade, há expansão de condomínios e apartamentos, voltados para estrangeiros e a classe média local.
- Infraestrutura: O acesso a água encanada e energia elétrica nem sempre é amplo, principalmente nas aldeias mais afastadas do centro.
Por que tantas pessoas escolhem viver ou visitar Zanzibar?
Atraídos pelo mar quente, clima ameno e custo de vida mais acessível, muitos visitantes se tornam moradores de Zanzibar. Além das praias, destaca-se a hospitalidade local e a culinária repleta de especiarias. Para empreendedores do setor turístico e jovens em busca de oportunidades profissionais, a ilha se apresenta como ambiente propício para novos negócios, especialmente em hotelaria, gastronomia e serviços de lazer.
O charme histórico de Stone Town é um dos fatores que mais encanta tanto turistas quanto futuros moradores. Caminhar pelas ruas estreitas, admirar a diversidade arquitetônica e vivenciar festas tradicionais são experiências valorizadas. Para quem busca tranquilidade, pequenas vilas de pescadores, como Nungwi e Jambiani, oferecem ritmo de vida desacelerado, contato intenso com natureza e possibilidade de integração com a comunidade local. Recentemente, Zanzibar também tem atraído pessoas em busca de experiências de trabalho remoto, graças a opções de coworkings e internet de maior qualidade em algumas áreas.
O crescimento sustentável e desafios para quem vive na ilha
O aumento populacional, impulsionado pelo turismo e pela chegada de estrangeiros, traz benefícios econômicos, mas também gera desafios. O equilíbrio entre expansão urbana, conservação ambiental e manutenção da cultura local exige políticas públicas constantes. Organizações comunitárias atuam para garantir acesso à moradia digna, educação e infraestrutura, especialmente em áreas menos desenvolvidas.
Apesar do forte apelo turístico, a vida cotidiana dos residentes em Zanzibar envolve superação de obstáculos, como limitações no sistema de saúde e oscilações no fornecimento de recursos básicos. Ainda assim, a resiliência e a capacidade de adaptação dos zanzibarenses são notadas, evidenciando uma população que preserva tradições seculares enquanto abraça as mudanças trazidas pela globalização.
Dessa forma, Zanzibar permanece um destino multifacetado: turístico, histórico e residencial. O crescimento de visitantes e novos moradores transforma continuamente a cidade, mantendo vivas as raízes culturais e naturais que fazem da ilha um dos lugares mais marcantes do leste africano.
Como funciona o sistema educacional em Zanzibar?

O sistema educacional de Zanzibar é composto por escolas públicas e privadas, abrangendo desde o ensino primário até o ensino superior. A educação básica é obrigatória, mas desafios persistem, como acesso desigual em áreas rurais e falta de recursos nas escolas públicas. Universidades como a State University of Zanzibar oferecem cursos em diferentes áreas, e há iniciativas do governo e de ONGs visando melhorar a qualidade do ensino e ampliar oportunidades para jovens locais. Nos últimos anos, têm surgido mais programas de intercâmbio e colaborações internacionais que visam aumentar a inclusão digital e a formação profissional de estudantes locais.
Quais são os principais impactos ambientais do turismo na ilha?
O turismo em Zanzibar tem gerado preocupações ambientais, principalmente relacionadas à pressão sobre os recursos naturais, como água e energia, e ao aumento do lixo, especialmente plástico. Além disso, o crescimento não planejado de hotéis e resorts próximos às praias pode comprometer habitats de manguezais e recifes de corais. Iniciativas comunitárias e governamentais vêm trabalhando para promover práticas mais sustentáveis, como a educação ambiental, o incentivo ao turismo responsável e projetos de conservação marinha. Recentemente, projetos ambientais apoiados por ONGs internacionais têm promovido atividades de limpeza de praias e programas de reciclagem, engajando a comunidade local e visitantes na conservação dos ecossistemas da ilha.






