O filme animado que poucos lembram que é da Pixar ocupa um lugar curioso na história do estúdio mais famoso de animação digital. Lançado há quase dez anos, “O Bom Dinossauro” raramente aparece nas conversas sobre os maiores sucessos da Pixar, mesmo tendo a assinatura da companhia que revolucionou o cinema com obras como “Toy Story” e “Procurando Nemo”.
Apesar desse relativo esquecimento, o longa traz peculiaridades e méritos que merecem destaque no cenário da animação. O tema central, o contexto de lançamento e a recepção ao filme ajudam a entender sua baixa lembrança entre os espectadores, ainda que muitos fãs atuais da Pixar venham descobrindo ou revisitando o título nos serviços de streaming.
- O Bom Dinossauro apresenta uma abordagem única, pois difere do padrão Pixar tradicional.
- Os bastidores de sua produção envolvem desafios e mudanças no roteiro, o que alterou sua trajetória.
- O impacto, a bilheteria e a recepção do filme explicam seu discreto lugar no catálogo da Pixar, enquanto os filmes mais famosos seguem em destaque na cultura pop.
O que diferencia “O Bom Dinossauro” dos demais filmes da Pixar?
“O Bom Dinossauro” se destaca por apostar em uma narrativa sensível e em um universo alternativo, onde os dinossauros não foram extintos e interagem com humanos “selvagens”. Em vez de sustentar humor constante ou investir em situações familiares comuns, o longa explora amadurecimento, perda e companheirismo em um ritmo mais contemplativo. Por isso, muitos espectadores sentem que o filme aposta mais em emoções simples e paisagens exuberantes, e menos em cenas de ação frenética tão comuns nas grandes animações recentes.

Além disso, a direção de arte inova ao apostar em cenários hiper-realistas e personagens estilizados. Os dinossauros aparecem com traços arredondados e expressivos, enquanto os ambientes impressionam pelo detalhamento da água, das montanhas e da vegetação, trazendo uma experiência visual próxima de um documentário. Inclusive, especialistas em animação destacam que esse realismo técnico foi um laboratório para avanços em filmes lançados depois, demonstrando como “O Bom Dinossauro” contribuiu para o desenvolvimento tecnológico da Pixar. Muitos artistas visuais citam o filme como um marco para a evolução do realismo em animação, além de destacar seu pioneirismo no uso de simulações de ambientes naturais.
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Por que muitas pessoas esquecem que este filme é da Pixar?
Muitos fãs da Pixar não associam rapidamente “O Bom Dinossauro” ao estúdio devido principalmente à sua baixa repercussão pública quando comparado a lançamentos como “Divertida Mente” ou “Carros”. Afinal, o filme estreou em 2015, quase ao mesmo tempo que outro sucesso da própria Pixar, o que dificultou seu protagonismo nas bilheterias e na mídia especializada.
Além do mais, a campanha de divulgação foi bem mais discreta que o habitual, reflexo de mudanças significativas na equipe criativa e refilmagens durante a produção. Assim, todas essas alterações influenciaram o lançamento, tornando-o menos celebrado, especialmente em relação ao padrão Pixar de divulgação mundial, que geralmente mobiliza o público global com meses de antecedência.

O filme também não conquistou grande presença em premiações ou relançamentos posteriores. Portanto, seu esquecimento progrediu com o tempo. Nas discussões entre fãs e críticos, permanece mais como uma curiosidade ou um título “alternativo” no vasto catálogo de animações do estúdio. Curiosamente, nos últimos anos, o longa vem ganhando certo culto em plataformas digitais, conquistando pessoas que não o assistiram na época do lançamento.
Impacto e curiosidades sobre “O Bom Dinossauro”, o que é importante saber?
Mesmo com baixa lembrança, “O Bom Dinossauro” carrega aspectos valiosos para quem acompanha o universo Pixar. Por exemplo, a produção enfrentou desafios significativos: durante o processo, o roteiro passou por alterações de última hora, a equipe principal mudou e o lançamento acabou adiado por meses. Essa jornada se reflete nos detalhes do filme, tanto na simplicidade do enredo quanto na ousadia estética apresentada na direção de arte e na trilha sonora.
Em relação à bilheteria, o filme ficou aquém das expectativas, especialmente se comparado à média dos grandes sucessos da Pixar. Entretanto, conquistou uma base fiel de fãs que valorizam sua abordagem “fora da curva”. A narrativa destaca relações familiares e processos de superação, funcionando como uma fábula moderna que independe das tendências de mercado. Além disso, graças à qualidade de suas imagens, “O Bom Dinossauro” é frequentemente indicado para quem aprecia animação por suas inovações técnicas, especialmente no realismo de efeitos como chuva e água corrente. Curiosamente, a trilha sonora composta por Mychael Danna e Jeff Danna também recebeu elogios pela sensibilidade e por acentuar a atmosfera emotiva da história.
- A trama gira em torno de Arlo, um jovem apatossauro medroso, e Spot, um garoto humano selvagem.
- O foco está no desenvolvimento emocional do protagonista e nas paisagens exuberantes do universo alternativo criado pelo estúdio.
- O filme também serviu de laboratório para aprimorar técnicas de animação de água e luz, o que influenciou projetos posteriores, como “Viva: A Vida É uma Festa”.
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