Desde o início de 2025, o sistema de pagamentos instantâneos Pix passou a operar sob novas diretrizes de segurança. As mudanças, implementadas em 1º de julho, exigem que bancos e instituições financeiras realizem uma verificação rigorosa das informações vinculadas às chaves Pix junto à Receita Federal. O objetivo central dessas atualizações é aumentar a proteção dos usuários e dificultar a atuação de golpistas no ambiente digital.
Com as novas regras, o processo de cadastro e alteração de chaves Pix tornou-se mais criterioso. Agora, qualquer divergência entre o nome registrado na chave e o que consta na base de dados da Receita Federal pode resultar na exclusão da chave. A medida vale tanto para pessoas físicas quanto jurídicas, ampliando o alcance da fiscalização e contribuindo para a integridade do sistema.
Como funcionam as novas regras de segurança do Pix?

As instituições financeiras passaram a ser obrigadas a consultar a Receita Federal sempre que um usuário tenta registrar ou modificar uma chave Pix. Essa verificação garante que o nome associado à chave esteja em perfeita conformidade com o CPF ou CNPJ do titular. Caso sejam identificadas inconsistências, como erros de grafia ou chaves vinculadas a pessoas falecidas, a instituição deve tomar providências imediatas, podendo excluir a chave do sistema.
Além disso, a exclusividade das chaves de e-mail foi reforçada. Agora, apenas as chaves vinculadas a números de celular podem ter sua titularidade alterada ou ser “reivindicadas” por outro usuário. As chaves de e-mail, por sua vez, permanecem atreladas ao titular original, sem possibilidade de transferência, o que aumenta a segurança e reduz o risco de fraudes envolvendo troca de titularidade.
O que acontece se houver irregularidade na chave Pix?
Quando uma chave Pix apresenta alguma irregularidade, como divergência de dados ou vínculo com um documento irregular, ela pode ser submetida a dois procedimentos principais:
- Exclusão da chave: Caso a instituição identifique que o nome cadastrado não corresponde ao da Receita Federal, a chave pode ser removida do sistema.
- Solicitação de regularização: O usuário será orientado a regularizar sua situação junto à Receita Federal, seja atualizando o CPF ou CNPJ, para que a chave possa ser reativada ou recadastrada.
Para evitar transtornos, recomenda-se que os titulares verifiquem previamente a situação cadastral de seus documentos nos portais oficiais da Receita Federal ou Redesim, no caso de empresas. Recentemente, também foi criado um canal direto de comunicação para usuários reportarem inconformidades nas suas chaves Pix, facilitando a resolução de problemas cadastrais.
Por que as medidas de segurança do Pix são importantes?
O reforço na verificação de dados tem como principal finalidade proteger os usuários do Pix contra fraudes e golpes. Golpistas costumam explorar inconsistências cadastrais para criar chaves falsas ou se apropriar de dados de terceiros. Com a integração direta entre bancos e Receita Federal, a margem para esse tipo de fraude é significativamente reduzida.
- Redução de fraudes envolvendo chaves Pix irregulares.
- Maior confiança dos usuários no sistema de pagamentos instantâneos.
- Agilidade na identificação de inconsistências cadastrais.
- Prevenção de golpes relacionados a titularidade de chaves.
Essas ações contribuem para a consolidação do Pix como uma ferramenta segura e eficiente no cenário financeiro brasileiro. A orientação para os usuários é manter os dados sempre atualizados e acompanhar possíveis notificações das instituições financeiras, garantindo o pleno funcionamento das transações.
Como as instituições financeiras são monitoradas para garantir o cumprimento das novas normas?

O Banco Central do Brasil implementou mecanismos de supervisão rigorosa para acompanhar o cumprimento das novas diretrizes do Pix pelas instituições financeiras. Auditorias periódicas e monitoramento em tempo real das transferências instantâneas foram intensificados para identificar práticas inadequadas ou falhas na verificação cadastral. Caso seja detectado o descumprimento das normas, as instituições estão sujeitas a sanções administrativas e multas, reforçando a necessidade de atenção plena ao processo de validação dos dados dos usuários. Segundo especialistas, o uso de inteligência artificial no monitoramento dessas transações também tem sido ampliado, tornando o controle ainda mais eficiente.
Quais orientações adicionais o Banco Central oferece aos usuários para a segurança do Pix?
O Banco Central orienta que os usuários nunca compartilhem suas senhas ou códigos de autenticação, mesmo que recebam solicitações via e-mail ou mensagens. Recomenda-se ainda manter aplicativos bancários atualizados, ativar autenticação em duas etapas e desconfiar de links recebidos por meios não oficiais. Em caso de suspeita de golpe ou irregularidade na chave Pix, o usuário deve entrar imediatamente em contato com sua instituição financeira e, se necessário, registrar boletim de ocorrência para evitar maiores prejuízos. O Banco Central também reforça a importância de monitorar constantemente os extratos e movimentações financeiras para rápida identificação de operações suspeitas.