O Pix se consolidou como o principal meio de pagamento no Brasil, sendo utilizado diariamente por milhões de pessoas para transferências e compras. Com a praticidade e rapidez, o sistema revolucionou a forma como brasileiros lidam com o dinheiro, mas também trouxe desafios relacionados à segurança digital. Em 2025, o aumento dos golpes envolvendo o Pix exige atenção redobrada de quem utiliza a ferramenta.
Estudos recentes apontam que o prejuízo médio causado por fraudes com o Pix ultrapassa o valor do salário mínimo nacional, demonstrando o impacto significativo dessas ações criminosas. Diversos tipos de golpes surgiram desde a popularização do sistema, desde esquemas simples até ataques mais sofisticados que envolvem engenharia social e falsificação de identidade.
Quais são os golpes mais comuns envolvendo o Pix?

Entre as fraudes mais recorrentes, destaca-se o uso de QR Codes falsos. Criminosos criam códigos que direcionam o pagamento para contas próprias, enganando consumidores em lojas físicas e virtuais. Outro golpe frequente é a clonagem de contas no WhatsApp, onde golpistas se passam por amigos ou familiares para solicitar transferências urgentes via Pix.
Além disso, há o surgimento de sites falsos que simulam lojas conhecidas e oferecem produtos com descontos exagerados, aceitando apenas Pix como forma de pagamento. Essas páginas dificultam o ressarcimento do valor perdido, já que o sistema de transferências instantâneas não permite o cancelamento imediato da operação.
Como funcionam os golpes de phishing e cobranças falsas?
O phishing é uma técnica em que o criminoso envia mensagens, geralmente por SMS ou e-mail, informando sobre supostas pendências, encomendas retidas ou regularização de documentos. O objetivo é induzir a vítima a acessar um link malicioso e realizar um pagamento via Pix para liberar o serviço ou produto.
- Mensagens com links suspeitos direcionam para páginas que imitam órgãos oficiais.
- O pagamento é solicitado exclusivamente por Pix, dificultando a recuperação do valor.
- O dinheiro é transferido para contas de terceiros, conhecidas como “contas laranja”.
Outro golpe em alta envolve a geração de comprovantes falsos de pagamento. O golpista utiliza aplicativos que simulam a interface de bancos e apresenta um comprovante falso ao vendedor, que entrega o produto sem verificar se o valor realmente entrou na conta.
Como se proteger dos golpes no Pix em 2025?
Para minimizar riscos, é fundamental adotar algumas práticas de segurança ao utilizar o Pix. Confira algumas recomendações importantes:
- Verifique sempre a chave Pix antes de confirmar qualquer transferência, especialmente em compras online.
- Prefira digitar a chave manualmente em vez de escanear QR Codes fixos, principalmente em locais desconhecidos.
- Desconfie de ofertas com preços muito abaixo do mercado e de promoções que exigem pagamento imediato via Pix.
- Em caso de contato por aplicativos de mensagens, confirme a identidade da pessoa por outros meios antes de realizar qualquer transferência.
- Após realizar um pagamento, confira o saldo e o extrato na conta bancária para garantir que a transação foi concluída corretamente.
O Banco Central disponibiliza o Mecanismo Especial de Devolução (MED) para casos de fraude, mas o recurso também pode ser explorado por golpistas. Por isso, é importante analisar cuidadosamente qualquer solicitação de devolução de valores recebidos via Pix, conferindo os dados do remetente antes de tomar qualquer decisão.
O que muda com o Pix por aproximação?
Com a chegada do Pix por aproximação, prevista para fevereiro de 2025, novas possibilidades de fraude podem surgir. Assim como ocorre com cartões de crédito e débito, há o risco de tentativas de cobrança não autorizada por aproximação em ambientes movimentados. Também existe a possibilidade de uso de maquininhas falsas para capturar dados ou simular transações.
Especialistas recomendam que os usuários mantenham o dispositivo móvel protegido por senha ou biometria e fiquem atentos a qualquer tentativa de aproximação suspeita. Em caso de dúvida, o ideal é sempre conferir a transação diretamente no aplicativo do banco antes de liberar qualquer valor.
O avanço do Pix trouxe praticidade, mas exige atenção constante dos usuários. A adoção de medidas simples de verificação e a busca por informações atualizadas sobre os principais golpes são essenciais para garantir a segurança nas transações digitais em 2025.
Quais consequências legais enfrentam os autores de golpes com Pix?

Os autores de fraudes envolvendo o Pix estão sujeitos a sanções previstas tanto no Código Penal quanto em legislações específicas sobre crimes digitais. Dependendo da gravidade e do prejuízo causado, podem responder por delitos como estelionato, associação criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Além disso, a justiça pode determinar o bloqueio e a devolução dos valores indevidamente transferidos, bem como a responsabilização civil e criminal dos envolvidos. A atuação da Polícia Federal e das Polícias Civis tem se intensificado diante do crescimento desse tipo de crime, com investigações cada vez mais especializadas para rastrear transações e identificar os responsáveis.
O que fazer imediatamente após cair em um golpe pelo Pix?
Ao perceber que foi vítima de um golpe através do Pix, é fundamental agir rapidamente. O recomendado é registrar imediatamente um boletim de ocorrência e entrar em contato com a instituição financeira responsável para relatar a fraude. O Mecanismo Especial de Devolução (MED) pode ser solicitado em muitos casos de crime ou falha operacional, oferecendo a chance de reversão da transação se comprovada a fraude. É importante também guardar evidências, como prints de conversas, comprovantes e dados das transações. Adicionalmente, comunicar o ocorrido ao Banco Central pode proporcionar apoio para identificar padrões de golpes e fortalecer as políticas de segurança do sistema.