Halston, minissérie lançada pela Netflix em 2025, tem chamado atenção ao retratar a trajetória de um dos nomes mais marcantes da moda internacional. A produção mergulha na vida de Roy Halston Frowick, estilista norte-americano que redefiniu o conceito de elegância e sofisticação nos anos 1970 e 1980. Interpretado por Ewan McGregor, o personagem principal ganha vida em uma narrativa que mistura glamour, desafios e transformações do universo fashion.
O enredo da série acompanha desde os primeiros passos do designer, ainda como criador de chapéus, até o auge de sua carreira, quando suas criações passaram a ser símbolo de status entre celebridades e personalidades influentes. A ambientação detalhada e a reconstrução de momentos históricos da moda tornam a minissérie uma fonte de informações sobre o impacto de Halston na cultura pop e na indústria têxtil.
A minissérie Halston é baseada em fatos reais?
Halston, da Netflix, tem como base o livro “Simply Halston: The Untold Story”, e grande parte dos eventos apresentados na tela realmente ocorreu. Roy Halston Frowick existiu e foi um dos estilistas mais inovadores de sua geração, sendo reconhecido por transformar o design de moda nos Estados Unidos.
Halston ganhou notoriedade ao criar o chapéu usado por Jacqueline Kennedy na posse presidencial de John F. Kennedy, em 1961. Esse momento foi decisivo para consolidar seu nome entre os grandes da moda. Ao longo das décadas seguintes, o estilista expandiu seu repertório, investindo em roupas femininas com cortes minimalistas e tecidos luxuosos, conquistando um público fiel e sofisticado.
Quais foram os principais marcos da carreira de Halston?
O percurso profissional de Halston foi marcado por conquistas expressivas e escolhas ousadas. Entre os principais marcos, destacam-se:
- Início como chapeleiro: Antes de se tornar referência em vestuário, Halston era conhecido por seus chapéus elegantes, que rapidamente ganharam destaque entre figuras públicas.
- Estilo inovador: Suas peças eram reconhecidas pelo design limpo, cortes precisos e uso de materiais de alta qualidade, características que definiram a moda urbana-chique da época.
- Ascensão internacional: Nos anos 1970, Halston consolidou sua marca, vestindo celebridades e participando de eventos badalados, especialmente em Nova York.
- Expansão para perfumes e acessórios: O estilista diversificou sua atuação, lançando fragrâncias e produtos que ampliaram o alcance de sua marca.
Além disso, Halston era figura constante em festas e ambientes sofisticados, tornando-se símbolo do estilo de vida luxuoso e da efervescência cultural da época.
O que levou à queda do império Halston?
A partir dos anos 1980, uma série de decisões comerciais impactou negativamente o controle do estilista sobre sua própria marca. Contratos mal estruturados e parcerias arriscadas acabaram por afastá-lo da direção criativa de sua empresa, o que contribuiu para a decadência do império que havia construído.
Outro fator relevante foi o contexto social e econômico da época, que exigia adaptações rápidas e respostas inovadoras às mudanças do mercado. Halston, apesar de visionário, enfrentou dificuldades para manter a relevância diante de novos concorrentes e tendências emergentes.
Como Halston é lembrado atualmente?
Mesmo após sua morte em 1990, devido a complicações relacionadas à AIDS, o legado de Halston permanece vivo no universo da moda. Seu nome é frequentemente citado como referência de criatividade, ousadia e elegância. A minissérie da Netflix contribui para reacender o interesse por sua história, apresentando ao público contemporâneo os altos e baixos de uma carreira marcada por conquistas e desafios.
Halston é reconhecido como um dos pioneiros do design de moda americano, sendo lembrado por sua capacidade de transformar tendências e influenciar gerações. Seu impacto vai além das passarelas, alcançando diferentes áreas da cultura e do entretenimento, consolidando sua posição como ícone do século XX.
Qual foi a relação de Halston com o Studio 54?

Halston mantinha uma forte ligação com o Studio 54, a mítica casa noturna de Nova York, que se tornou um símbolo da cultura e extravagância dos anos 1970. O estilista era frequentador habitual do local e levou muitas de suas musas, como Liza Minnelli e Bianca Jagger, para o clube. O ambiente hedonista e glamouroso do Studio 54 serviu de inspiração para várias de suas coleções e também contribuiu para consolidar sua imagem como sinônimo de sofisticação, liberdade criativa e irreverência. A relação entre Halston e o Studio 54 foi tão marcante que muitos dos looks criados por ele passaram a ser identificados com o estilo “disco”, eternizando sua influência sobre essa época.
Quem foram as “Halstonettes” e qual o papel delas na trajetória do estilista?
As “Halstonettes” eram um grupo seleto de modelos e musas selecionadas pessoalmente por Halston para representarem sua marca e seus valores estéticos. Entre os nomes mais conhecidos estavam Pat Cleveland, Karen Bjornson e Anjelica Huston. Mais do que simples modelos, elas eram símbolo de diversidade e modernidade, escolhidas por representarem diferentes personalidades, etnias e estilos. As Halstonettes desempenharam um papel fundamental nas apresentações de suas coleções, ajudando a definirem a identidade visual e a notoriedade da grife, tanto nas passarelas quanto nas festas exclusivas frequentadas pelo estilista. Sua presença reforçou o conceito de Halston de que moda deveria ser inclusiva, livre e inovadora.