O mercado de motocicletas no Brasil segue apresentando movimentações relevantes em 2025, especialmente quando se observa o ranking das motos mais vendidas em junho. Os dados, atualizados até o dia 10 do mês, revelam uma preferência consolidada por modelos de marcas tradicionais, além de indicar tendências de consumo e mudanças no comportamento dos consumidores.
Entre as principais fabricantes, a Honda mantém sua presença dominante nas primeiras posições, enquanto outras marcas, como Yamaha e Shineray, também aparecem entre os modelos mais comercializados. A variação nas vendas em relação ao mês anterior chama atenção, mostrando que fatores econômicos e novidades do setor impactam diretamente o desempenho de cada motocicleta.
Quais são as motos mais vendidas em junho de 2025?

De acordo com o levantamento do setor, a Honda CG 160 lidera o ranking de vendas em junho de 2025, com 13.801 unidades comercializadas. Mesmo com uma queda de 7,2% em relação ao mês anterior, o modelo se mantém como referência entre os consumidores brasileiros. Na sequência, a Honda Biz ocupa a segunda posição, com 8.018 unidades vendidas, apresentando uma leve redução de 1,2% nas vendas.
O terceiro lugar ficou com a Honda POP 110i, que atingiu 6.948 unidades, registrando uma diminuição de 4,8% em comparação ao mesmo período de maio. A Honda NXR 160 aparece em quarto, com 5.939 motos vendidas, enquanto a Mottu Sport 110i fecha o top 5, somando 2.419 unidades e apresentando a maior queda percentual entre os cinco primeiros colocados, com retração de 36,6%.
Principais tendências do mercado de motocicletas em 2025
O desempenho das motocicletas mais vendidas revela algumas tendências importantes para o setor em 2025. Uma delas é a preferência por modelos de baixa e média cilindrada, que costumam oferecer melhor custo-benefício e economia de combustível. Além disso, a presença de motos utilitárias, como a Honda CG 160 e a Biz, indica que muitos consumidores buscam veículos práticos para o dia a dia, seja para deslocamento urbano ou para atividades profissionais.
Outro ponto relevante é a participação crescente de marcas como Yamaha e Shineray, que aparecem com modelos como a Yamaha YBR 150, Fazer 250 e Shineray XY 125. Essas motocicletas conquistam espaço principalmente pelo preço competitivo e pela oferta de opções diversificadas para diferentes perfis de usuários. Nesse sentido, cresce também o interesse por motos elétricas ou híbridas, ainda que estejam em fase inicial de adoção no Brasil, principalmente em grandes cidades.
- Honda CG 160: liderança nas vendas e tradição no mercado.
- Honda Biz: destaque pelo baixo consumo e facilidade de pilotagem.
- Honda POP 110i: popularidade entre entregadores e uso urbano.
- Yamaha YBR 150: alternativa para quem busca desempenho e economia.
- Shineray XY 125: opção acessível para quem procura custo baixo.
Como a variação nas vendas impacta o setor?
A oscilação nas vendas de motocicletas em junho de 2025 reflete diferentes fatores, como mudanças econômicas, lançamentos de novos modelos e políticas de financiamento. Modelos como a Mottu Sport 110i apresentaram queda significativa, o que pode estar relacionado à concorrência acirrada ou à redução de incentivos para compras corporativas, especialmente no segmento de motos voltadas para entregas.
Além disso, a queda nas vendas de algumas motocicletas pode indicar uma transição no perfil do consumidor, que passa a buscar mais tecnologia, conforto e eficiência. Por outro lado, modelos tradicionais continuam sendo preferência, mostrando que a confiança na marca e a experiência de uso ainda são fatores decisivos na escolha.
- Monitoramento constante das tendências de consumo.
- Adaptação das fabricantes às demandas do mercado.
- Investimento em tecnologia e inovação nos modelos.
- Oferta de condições facilitadas de compra e financiamento.
O que esperar do mercado de motos para os próximos meses?
Com base nos dados de junho de 2025, o setor de motocicletas deve continuar apresentando movimentações expressivas, principalmente entre os modelos de baixa cilindrada. A expectativa é que as fabricantes mantenham o foco em inovação e adaptação às necessidades dos consumidores, além de investir em tecnologias que promovam mais segurança e economia. As marcas podem surpreender com lançamento de novos modelos ainda até o fim de 2025.
O acompanhamento do ranking de vendas segue sendo uma ferramenta importante para entender o comportamento do mercado e antecipar possíveis mudanças nas preferências dos consumidores. O cenário indica que a disputa entre as principais marcas deve se intensificar, com lançamentos e atualizações de modelos que buscam atender a um público cada vez mais exigente e diversificado.
Como a sustentabilidade influencia o mercado de motocicletas?

O tema da sustentabilidade tem ganhado espaço entre as fabricantes, influenciando o desenvolvimento de novos modelos e a introdução de tecnologias mais limpas. Em 2025, observa-se o surgimento de motocicletas elétricas e híbridas, ainda em fase de adoção inicial, mas já apontadas como uma alternativa para o futuro próximo. As exigências ambientais, tanto em relação à emissão de poluentes quanto ao consumo eficiente de combustível, têm levado algumas marcas a explorar soluções inovadoras. Esse movimento acompanha legislações mais rígidas e o próprio interesse do consumidor por veículos mais sustentáveis. Além disso, algumas montadoras começam a oferecer incentivos fiscais ou benefícios na compra de modelos elétricos em algumas regiões do país.
Quais são os desafios logísticos enfrentados pelo setor atualmente?
No contexto brasileiro, o setor de motocicletas enfrenta desafios logísticos importantes, como atrasos em cadeias de suprimentos, encarecimento do frete e oscilações no fornecimento de componentes eletrônicos. Esses fatores podem impactar desde a fabricação até a entrega dos modelos nos pontos de venda, afetando o tempo de espera dos consumidores e a competitividade das marcas. As fabricantes têm buscado soluções como nacionalização de peças e investimentos em tecnologia para mitigar esses efeitos, visando mais agilidade e eficiência operacional em meio às incertezas globais. A expectativa é que o investimento em logística e automação contribua para reduzir eventuais gargalos em anos seguintes.