Pesquisadores do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet) realizaram um estudo que levanta preocupações significativas sobre os efeitos das lâmpadas de secagem de esmalte na pele. A pesquisa destaca que a radiação ultravioleta (UV) emanada por essas lâmpadas é capaz de modificar moléculas na pele, incluindo a enzima responsável pela produção de melanina. As descobertas foram publicadas na renomada revista científica Chemical Research in Toxicology, chamando a atenção para a necessidade de cuidados ao utilizar essas lâmpadas.
A popularidade crescente dos esmaltes semipermanentes, especialmente entre jovens, motivou a condução deste estudo suíto. Cientistas do Conicet investigaram como a radiação UV emitida por lâmpadas de secagem afeta a pele. Os resultados mostram que essas lâmpadas podem alterar a função de moléculas essenciais, como a tirosinase, a enzima crucial na produção de melanina. Publicado na Chemical Research in Toxicology, o estudo levanta preocupações sobre o uso frequente dessas lâmpadas e a intensidade da radiação, motivando um alerta quanto aos possíveis danos causados por suas luzes LED.
Como a radiação das lâmpadas afeta a pele?
As lâmpadas de secagem de esmalte evoluíram de dispositivos que usavam radiação UVA para aqueles que utilizam luz LED UVA visível. Embora menos prejudiciais que as versões anteriores, as lâmpadas modernas ainda causam alterações químicas nas moléculas da pele. Essas mudanças podem resultar em moléculas que absorvem luz e causam danos a lipídios e proteínas.
Os pesquisadores realizaram testes para avaliar os danos causados pela exposição à radiação dessas lâmpadas. Após apenas quatro minutos de exposição, tempo típico de um ciclo de manicure, todas as moléculas estudadas apresentaram modificações que comprometem suas funções biológicas. Isso pode levar a problemas médicos como fotoalergia, fototoxicidade e até diferentes tipos de câncer de pele.
Quais são os riscos da exposição prolongada?
Os processos fotossensibilizados, como os descritos no estudo, são responsáveis por danos causados pela radiação eletromagnética em organismos vivos. A exposição prolongada pode resultar em morte celular, especialmente em enzimas como a tirosinase, que participa da síntese de melanina. A perda dessa função pode deixar o corpo desprotegido contra os efeitos da radiação solar.
Os pesquisadores destacam que as alterações químicas observadas são comparáveis aos danos causados pela radiação solar em um dia de primavera ao meio-dia. Isso ressalta a importância de informar os usuários sobre os riscos potenciais e recomendar medidas preventivas, como o uso de protetor solar ou luvas durante a aplicação do esmalte.
Como minimizar os riscos?
Para minimizar os riscos associados ao uso de lâmpadas de secagem de esmalte, é essencial que os fabricantes informem claramente sobre os possíveis efeitos prejudiciais. Recomenda-se a implementação de medidas preventivas, como a aplicação de protetor solar nas mãos ou o uso de luvas que evitem a exposição direta à radiação.
Com informações adequadas, os usuários podem tomar decisões informadas sobre o uso desses dispositivos. A conscientização sobre os riscos e a adoção de práticas seguras podem ajudar a mitigar os efeitos adversos à saúde.