“DNA do Crime” retorna à Netflix como a aposta mais arriscada da plataforma no conteúdo policial brasileiro. A segunda temporada custou 45 milhões de reais – orçamento que supera muitas produções americanas de streaming. Para uma série que estreou sem marketing massivo, esse investimento representa uma guinada estratégica da Netflix no mercado nacional.
A primeira temporada acumulou 78 milhões de horas assistidas globalmente, número que surpreendeu executivos da Netflix que esperavam audiência puramente nacional. França, Alemanha e México estiveram entre os países com maior engajamento, provando que crime brasileiro tem apelo universal quando bem executado.
Heitor Dhalia convenceu a Netflix a triplicar o orçamento da segunda temporada após apresentar dados sobre o crescimento de 340% no interesse por conteúdo policial brasileiro. A plataforma descobriu que “Cidade de Deus”, “Tropa de Elite” e “Impuros” criaram uma audiência global faminta por narrativas criminais brasileiras autênticas.
O que esperar da segunda temporada?
A segunda temporada de DNA do Crime aprofunda-se ainda mais no universo das megaoperações federais. Desta vez, os episódios focam na perseguição a um novo grupo criminoso especializado em grandes roubos transnacionais. Essa nova facção possui conexões com milícias urbanas e redes de corrupção envolvendo figuras do poder público. Além disso, a trama explora novas localizações, proporcionando um panorama mais amplo da atuação criminal e da resposta das forças da lei.
Os novos episódios prometem ser ainda mais intensos, com cenas que transitam entre o Rio de Janeiro, o interior do Mato Grosso do Sul e a fronteira com o Paraguai. O elenco traz de volta Thomás Aquino como o agente federal Benício e Maeve Jinkings no papel de Larissa, uma policial civil determinada. Novos rostos também se juntam ao elenco, incluindo Alli Willow e Felipe Kannenberg, cujas performances prometem agregar mais profundidade à narrativa complexa e às relações interpessoais dos personagens.
Quais são as inspirações reais por trás da série?
Um dos principais atrativos de DNA do Crime é sua capacidade de mesclar ficção com eventos reais. A série se inspira em uma operação da Polícia Federal brasileira que utilizou material genético para identificar suspeitos de um assalto milionário a banco na região de fronteira. Esse uso inovador da ciência forense no Brasil marcou um divisor de águas na época. A abordagem da série torna a experiência de assistir tanto educativa quanto emocionante, mantendo o público envolvido.
Essa aproximação com a realidade é uma característica que remete a outras produções nacionais, como Impuros e Arcanjo Renegado, que também exploram o universo do crime no Brasil. Essas séries têm em comum a habilidade de trazer à tona questões sociais e políticas através de narrativas envolventes e realistas. Com isso, DNA do Crime se firma como uma produção relevante não apenas para o entretenimento, mas também para o entendimento das complexas dinâmicas sociais brasileiras.
Existirá uma terceira temporada de “DNA do Crime”?
Com o sucesso da segunda temporada, muitos fãs se perguntam se DNA do Crime será renovada para uma terceira temporada. Embora ainda não haja confirmação oficial da Netflix, entrevistas com o elenco e a produção sugerem que há planos para expandir ainda mais o universo da série. Possíveis novos episódios podem incluir investigações internacionais e um aprofundamento dos arcos individuais dos personagens centrais. A expectativa é que, com a renovação, novas tramas possam explorar novas facetas do crime organizado e da atuação policial.
As duas temporadas de DNA do Crime estão disponíveis exclusivamente na Netflix, com classificação indicativa de 16 anos. A série é um exemplo de como a produção nacional pode alcançar sucesso global, combinando elementos de ação, suspense e realismo em uma narrativa envolvente. O potencial para uma terceira temporada alimenta a curiosidade dos fãs, que aguardam ansiosamente por mais desenvolvimentos nesta intrigante história.

Que rumos futuros a série pode tomar?
Futuras temporadas de DNA do Crime podem explorar territórios ainda não mapeados. A série poderia focar em crimes cibernéticos, que são uma preocupação crescente no mundo todo. Também há espaço para mostrar colaborações entre diferentes agências internacionais para desmantelar redes criminosas globais.
A introdução de novos personagens com origens e perspectivas diferentes pode enriquecer ainda mais o universo já complexo da série. Com novas tecnologias e tipos de crime surgindo o tempo todo, DNA do Crime tem material de sobra para continuar surpreendendo e educando os espectadores. A série tem tudo para se manter relevante e inovadora, servindo não apenas como entretenimento, mas como uma ferramenta de reflexão social.
Qual o verdadeiro legado de “DNA do Crime” para audiovisual brasileiro?
A série provou que conteúdo nacional pode ter orçamento hollywoodiano sem perder identidade cultural. 45 milhões de reais por temporada estabelece novo patamar de investimento em dramaturgia brasileira.
Técnicos brasileiros treinados na produção agora trabalham em séries internacionais. Brain drain tradicional do audiovisual se inverteu: talentos estrangeiros vêm para Brasil aprender técnicas de produção eficiente.
Cidades onde a série filma relatam aumento de 15% no turismo. Bonito, Pantanal e fronteira paraguaia se beneficiam do location placement natural da narrativa.
“DNA do Crime” inspirou governo federal a criar lei de incentivo específica para streaming nacional. Marco regulatório de 2025 oferece benefícios fiscais para plataformas que investem em conteúdo brasileiro, usando a série como case de sucesso.